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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

[Livro] A Cruz de Morrigan, de Nora Roberts


Título Original: Morrigan's Cross
Título em Português: A Cruz de Morrigan
Série: Trilogia do Circulo
Autor(a): Nora Roberts
Editora: Saída de Emergência
Páginas: 352
Data de Publicação: 03 de Fevereiro de 2012

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Sinopse:
Uma batalha entre as forças do bem e do mal está prestes a começar. De um lado Lilith, a vampira mais poderosa do mundo. Do outro, a deusa Morrigan, que tudo fará para a travar com o seu círculo…

Irlanda, século XII. O feiticeiro Hoyt está destroçado pela perda do seu irmão gémeo, transformado num vampiro pela poderosa Lilith. A deusa Morrigan está determinada a enfrentar Lilith e avisa Hoyt de que chegará um dia em que se formará um círculo de seis, destinado a enfrentar Lilith e salvar a Humanidade. Hoyt usa os seus poderes para viajar à Nova Iorque dos dias de hoje onde descobre o seu irmão, um homem bem-sucedido mas frio e cínico, e pede-lhe auxílio na luta contra Lilith. Mas o círculo não está completo sem os poderes mágicos da artista Glenna Ward. Hoyt não confia na magia dela, mas ambos farão tudo para alcançar os seus objetivos. E ao enfrentarem legiões de inimigos, apercebem-se de que o amor que cresce entre ambos poderá aumentar as probabilidades de derrotarem Lilith…

Opinião:
Quem me conhece sabe que adoro Nora Roberts. É certo que ela faz uma coisa que eu não gosto muito – ela tem um esqueleto que usa como base para praticamente todos os livros que escreve –, mas funciona e eu gosto dos livros dela.

A Cruz de Morrigan apesar de ter esse tal esqueleto é um pouco diferente do costume. Primeiro é fantasia e, julgo eu, apenas tinha lido a Trilogia das Irmãs num formato “não real”, mas mesmo assim diferente deste. Neste livro, antes de mais nada – e uma das principais razões pelas quais queria ler – tem como fundo a mitologia celta, coisa que me fascina imenso. Segundo, tem feiticeiros, bruxas, metamorfos, guerreiros, vampiros e tudo o mais.

Infelizmente este livro sofreu um pouco com o meu reading slump que já dura há alguns meses. Podem ver pelo meu escasso contributo na área da literatura aqui no blog. Se forem ao Goodreads e virem o tempo que demorei a ler o livro vão achar que não gostei, mas não é verdade. Eu gostei e foi um prazer voltar a ler Nora Roberts depois de tanto tempo afastadas (por muito que goste dela, de tanto em tanto tempo, tenho que fazer uma pausa ou criamos uma relação de amor-odeio pela razão que anteriormente referi). A escrita é a que sempre foi, algo que esta autora já nos habituou: a fluidez do costume, a simplicidade sem cair no básico, a forma como ela consegue criar ligação entre leitor e personagem… tudo isso está lá.

A Cruz de Morrigan é o primeiro livro de uma trilogia, a Trilogia do Circulo, e isso nota-se bem no enredo, no passo da leitura e na forma como termina o livro. Gostei da Glenna, personagem principal deste livro: uma mulher do presente, determinada, decidida, independente e com “pêlo na venta” como se costuma dizer que tem poderes – ela é a bruxa do círculo de seis que Morrigan, a deusa da guerra, forma para combater Lilith, a Rainha dos Vampiros. Gostei que Lilith fosse, aqui, a Rainha dos Vampiros e tivesse precisamente este nome, uma vez que é o nome de uma deusa da Mesopotâmia, ligada às enfermidades e morte (há ainda a discussão de que Lilith foi a primeiríssima mulher criada por Deus, ainda antes de Adão e Eva, que mais tarde se tornou num demónio nocturno, mas não vou entrar por aí).

Com Hoyt, personagem masculino, em contraste, não consegui criar nenhum tipo de ligação com ele. Ele é o feiticeiro do círculo e vem do seculo XII para liderar este pequeno exército contra Lilith. Não o achei interessante e sinceramente pareceu-me, de algum modo, uma personagem pobre. O romance com Glenna é demasiado abrupto e isso é algo que me incomoda nestes livros de romence. No entanto, ele tem um irmão gémeo, Cian, que foi transformado em vampiro por Lilith, e que me agradou imenso, pela sua personalidade, o tom jocoso com que fala e a falsa indiferença. A sua relação com King, o gigante negro, é qualquer coisa de especial.

Em suma, gostei do livro, foi bom revisitar a escrita de Nora Roberts, apesar de não haver nada de novo. Pouco realmente se passa neste livro, sendo passado maioritariamente dentro de uma casa. É certo que estão em treinamento, a prepararem-se para o Apocalipse, mas senti a necessidade de algo mais. Irei continuar a seguir esta trilogia, ainda assim, pois quero saber mais e estou morta por chegar ao livro referente a Cian – que foi, sem duvida, a melhor personagem de todo o livro.


4 comentários:

  1. Tenho que investir mais em Nora Roberts porque ando muito parada.

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  2. De vez em quando é preciso fazer pausa à Nora Roberts ou o nosso amor pela escrita dela torna-se ódio x) mas sabe sempre bem voltar :P a escrita é agradável e lesse com muita facilidade

    - Carla

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  3. I've read a few Nora Roberts novels, and I've actually really enjoyed the way she creates her worlds and writes her characters. While I'm not sure I'd check out this particular novel, it still sounds like something she'd be able to tell really well. Glad it turned out to be an okay read!

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    Respostas
    1. I enjoy her books, but sometimes I need a pause, because she writes always the same way -- and I noticed that in this book. I wanted to read considering it had Celtic traditions. Overall, it was not as awesome as I thought since I didn't care much for the main characters.

      - Carla

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