cro

sexta-feira, 31 de julho de 2015

[Filme] Home, de Tim Johnson


Título Original: Home
Título em Português: Home: A Minha Casa
Realização: Tim Johnson
Argumento: Tom J. Astle & Matt Ember (screenplay), Adam Rex (book "The True Meaning of Smekday")
Elenco Principal: Jim Parsons, Rihanna, Steve Martin
Ano: 2015 | Duração: 94 mins

Sinopse:
Quando a Terra é invadida pelos excessivamente confiantes Boov, uma raça alienígena em busca de um novo local ao qual chamar Lar, todos os humanos são prontamente realocados enquanto os Boov se atarefam com a reorganização do planeta. Mas quando Tip, uma miuda cheia de recursos, consegue escapar escapar à captura, ela dá consigo como cúmplice acidental de um Boov banido chamado Oh. Os dois fugitivos apercebem-se que há muito mais em jogo do que do que o relacionamento intergalático e embarcam na viagem das suas vidas.

Opinião:
Esta vai ser uma crítica pequenina porque devido à preguicite da minha pessoa deixei passar demasiado tempo desde que vi o filme e este momento em que estou à frente do computador a escrever este post.

Confesso que uma das razões pela qual fiquei com interesse de ver este filme é o facto de Jim Parson dar voz a Oh, porque de outra forma acho que me teria passar ao lado.

Em Home seguimos as peripécias de Oh, um extraterrestre muito desastrado, divertido e um bocadinho doidinho. Os Boov – raça da qual pretence Oh – são uns aliens muito medrosos e a solução deles para qualquer problema é fugir. E é por essa razão que acabam por invadir a Terra. Deslocam os humanos todos para umas cidades improvisadas e ocupam as casas dos habitantes deste nosso querido planeta. Eles estão a fugir de uma outra raça alien que os persegue por algum motivo (que é revelado perto do final, mas não vou dizer nada em relação a isso – vejam o filme!)

Sem querer, Oh envia um convite por todo o Universo revelando que os Boov estão escondidos na Terra e por isso é banido da sua própria comunidade, e nessa altura que conhece Tip, uma miúda humana que quer encontrar a mãe.

O filme é visualmente muito cheio. Muita cor, muito pormenor na execução técnica, momentos divertidos, mas também tensos e com bastante significado. O pormenor incrível do cabelo de Tip, dos olhos, das sardas é do outro mundo. Um filme muito bonito que nos mostra o valor da amizade entre um Boov e uma Humana. É um filme que vale por isso. Há muita gargalhada, alguns momentos que puxam a lágrima, mas que entretém e nos deixa satisfeitos no final.

Home não é dos melhores filmes de animação que tenha visto nos últimos tempos – de longe – mas bom o suficiente para ocupar pouco mais de hora e meia do nosso dia e nos deixar com um sorriso nos lábios por um bom momento passado.


segunda-feira, 27 de julho de 2015

[Livro] Ligeiramente tentador, de Mary Balogh


Título Original: Slightly Tempted
Título em Português: Ligeiramente Tentador
Série: Bedwyn Saga #4
Autor(a): Mary Balogh
Editora: Asa
Páginas: 336
Data de Publicação: 7 de Julho de 2015

buy the book from The Book Depository, free delivery
Sinopse:
Vingança. É essa a palavra que paira na mente de Gervase Ashford, conde de Rosthorn, ao conhecer a bela Lady Morgan Bedwyn. Em circunstâncias normais, o jovem aristocrata não lhe teria dispensado mais do que um breve olhar de apreciação. Mas esta é uma situação em tudo excecional pois Morgan é irmã do seu pior inimigo. Na cabeça de Gervase começa a delinear-se um plano ligeiramente tentador… Liberdade. À boa maneira da família Bedwyn, é esse o desejo de Lady Morgan. Há muito que a jovem acalenta o sonho de casar por amor, e está tudo menos disposta a ser um peão no jogo do conde. Mais, ela está decidida a mostrar-lhe que se meteu com a pessoa errada. Mas quando dá por si perdida em plena batalha de Waterloo, é em Gervase que encontra o tão desejado ombro amigo. Para o conde, a situação revela-se perfeita. Entre ele e a realização do seu plano, existe apenas um obstáculo: a voluntariosa, obstinada e irresistível Morgan Bedwyn.

Opinião:
Estes romances históricos passados nos inícios do século XIX falam sempre superficialmente da guerra com Napoleão, do Duque de Wellington, alguns até mencionam as lutas aqui na Península Ibérica, mas eu sempre achei que a maior parte das autoras evita temas como estes. E eu sempre tive alguma pena disso, porque acho que pode trazer muito mais profundidade a uma história. E foi isso que aconteceu com Ligeiramente Tentador.

Como de certeza repararam, este é o quarto livro da saga Bedwyn, e este era provavelmente o livro que mais ansiosa estava por ler, porque apesar de vermos muito pouco da personagem principal nos outros livros, Morgan Bedwyn era sem dúvida a irmã cuja história mais queria ler.

Morgan é uma beleza típica, com um dote gigante, irmã de um Duque, e podia perfeitamente ser uma rapariga tolinha que só sabia dar risinhos e não fazer mais nada – não fosse a sua família ser os Bedwyn. Com uma educação algo irreverente e exemplos da irmã mais velha que não seriam considerados os melhores para uma jovem da sociedade inglesa, Morgan cresce entre os seus irmãos mas sentindo-se sempre um pouco distante por ser a mais nova de todos.

Pouco depois de ser apresentada à sociedade, chega a Londres Gervase Ashford, um homem que tinha sido exilado pelo próprio pai e que tem uma ligação com Wulfric Bedwyn, o duque de Bewcastle, irmão mais velho de Morgan. E quando a vê, primeiramente atraído pela sua beleza, Gervase pensa que ela seria uma rapariga tonta que poderia usar para se vingar de Bewcastle – mas veremos o quanto se engana.

Morgan mostra desde logo um espírito forte e aventureiro, e ao longo do livro vamos percebendo a sua história, aquilo por que passou quando um dos irmãos esteve na guerra e ela ansiosamente esperava que ele voltasse, todos os dias com medo de uma má notícia. É como quando um dos membros do casal é, por exemplo, bombeiro ou polícia e de cada vez que sai de casa pensamos: “será que voltarei a vê-lo/a?” Não estou de qualquer maneira a diminuir o risco de qualquer outra profissão ou da própria vida, mas que estes são medos frequentes, especialmente nestas profissões consideradas “de risco”, isso são.

Voltando ao tópico da guerra que referi no início, este livro passa-se durante a guerra, em que a maior parte da alta sociedade de Londres vai para Bruxelas, onde decorria “a acção”, mas onde inicialmente não havia qualquer perigo para as pessoas que lá estivessem. Vemos uma evolução dos bailes e das reacções das pessoas, especialmente da Morgan, à medida que a proximidade da guerra entra nos salões de baile. O que inicialmente era visto como algo distante e honroso, continua a ser honroso mas está presente na mente de quem, no dia a seguir vai para a guerra e as famílias pensam: voltarei a ver o meu filho/marido/neto/irmão/etc.? E Morgan, apesar de não ter dado demasiada atenção ao jovem, fez com que Gordon, o irmão de uma amiga sua, cuja família tinha concordado levá-la para Bruxelas com autorização de Wulfric, dedicasse a si a sua luta contra Napoleão. Foi tão interessante ver as reacções dos diferentes homens, como os que eram arrogantes e se achavam invencíveis se tornam quase seres mesquinhos mesmo sobrevivendo quando tantos outros morreram. Ver homens ingleses a elogiarem os esforços não só do seu exército mas do exército francês também. Ver que a guerra não é algo bonito para ninguém, que não é algo que se deva levar ao peito no sentido em que "fui, venci e fui melhor" – porque não há propriamente um “melhor” – quantas vezes as pessoas que estão a lutar de lados contrários têm as mesmas convicções? “Estou a lutar para proteger a minha família, as minhas crenças, o meu património, etc.”. Não quer de todo dizer que seja pelas razões certas – o ser humano parece que não consegue estar nunca em paz por muito tempo, não acham?

Sei que pela minha crítica, pode parecer que este livro é sobre guerra – mas não é, ainda que esta esteja muito presente. Para mim, este livro foi bastante sobre a natureza humana.

Voltando a Morgan e Gervase – este último não tendo ido para a guerra-, encontraram-se novamente em Bruxelas, e Gervase percebeu que Morgan, apesar de inicialmente estar ali por aquela excitação que se sentia no ar, estava lá por outras razões. Allen Bedwyn, um dos seus outros irmãos, estava a trabalhar para o governo inglês, entregando mensagens directas ao Duque de Wellington, e enquanto que Morgan estava com uma família amiga, acaba por ficar em Bruxelas porque, ao contrário da maioria das mulheres da sociedade inglesa que fugiam de Bruxelas para Londres ou simplesmente não saíram de casa no momento em que a guerra despoletou, Morgan juntou-se às mulheres e irmãos dos militares, pôs as mãos ao trabalho e cuidou de feridos, moribundos, fossem de que exército fossem. Porque como disse, todos têm família, todos têm alguém que os ame e merecem, independentemente do lado porque lutaram, uma mão que os segure no momento da morte.

Gervase fica com Morgan, e apesar do quão estranho isso fosse para a época, Morgan, irreverente como era, não pensou duas vezes e ele foi o seu amigo em todas as horas, ajudou como pode, e esqueceu a vingança ao ver que aquela jovem não era “a irmã” do homem que odiava mas sim “Morgan”.

Era com Gervase que ela passava as poucas horas que não estava rodeada de feridos, num passeio no jardim, ou simplesmente num banco ao pé de casa. Ele ajudava-a a sair do buraco em que a guerra a tinha posto. E quando Allen desaparece, é Gervase que faz tudo para o tentar encontrar.

Sei que já disse muito sobre o livro e não gosto de estar a fazer spoilers, mas acho sinceramente que uma crítica a este romance merece que se diga mais que o habitual.

A guerra acaba – não podem dizer que isto é spoiler que está nos vossos livros de história! – e Morgan e Gervase voltam para Londres, praticamente sozinhos, o que ajudou muito à especulação das bocas mesquinhas da alta sociedade. Mas estes amigos não ajudam quando partilham um beijo num dos salões de baile de Londres – onde são vistos por Wulfric e outros convidados.

Morgan percebe que houve ali qualquer coisa entre o irmão e Gervase e consegue que este lhe conte o passado entre os dois, que não vos vou contar. Resumindo, toda a gente teve razão de ser para a maneira como agiu e nós não podemos culpar qualquer uma das personagens porque no lugar delas talvez também tivéssemos ficado com o nosso julgamento toldado.

A inicial manipulação de Gervase é descoberta por Morgan e esta decide vingar-se deste, mas de uma maneira que provavelmente agrada à maioria dos leitores. Com um espicaçar entre os dois, contentas passadas a serem resolvidas, chegamos ao fim do livro.

Para mim, o que gostei menos foi exactamente esta parte, pois achei que foi um pouco apressado demais, a tentar por tudo numa caixa bonita com um grande laço. Mas não deixou de ser um final esperado neste tipo de livros.

Resumindo, o meu livro favorito destes irmãos. Aguardo ansiosamente o seguimento desta série.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

[Livro] Prophecies Awakening, de Peter Koevari


Título Original: Prophecies Awakening
Título em Português: --
Série: Legends of Marithia #1
Autor(a): Peter Koevari
Editora: Smashwords Inc.
Páginas: 277
Data de Publicação: 21 Maio de 2012

buy the book from The Book Depository, free delivery
Sinopse:
When her sorceress mother and vampire king father are brutally murdered, Kassina makes a pact with Shindar, the Demon of Darkness. In exchange for her soul, Kassina obtains power to become the most feared sorceress in all the lands, and vows to exact her revenge on the people for the deaths of her parents. Granted eternal life, Kassina and her evil are never far away.
For many years, the humans and elves of the mystical world of Marithia have lived in an age of peace. But that peace is shattered when King Arman is slain by his own son, a pawn of the vampire sorceress Kassina. Arman’s murder sparks the most brutal and bloody war ever seen between the Forces of Darkness and the peaceful Marithians.
In the midst of the conflict, Vartan, a young knight wrongfully outcast from King Arman’s court, reluctantly discovers he is the subject of a prophecy involving the fabled weapon, Talonsphere. In alliance with the legendary dragons, he finds himself with the opportunity to rid the world of Kassina and her dark armies forever, and finally return Marithia to an era of peace.
~ Recebemos este eARC directamente do autor. Obrigada! ~

Opinião:
Antes de mais nada tenho a dizer que este livro foi-me enviado pelo próprio autor em troca de uma opinião sincera. Por isso quero agradecer ao Peter pelo livro e pela gentileza com que trocamos mensagens.

Admito, sou grande fã de livros de fantasia. Agora há um boom gigante deste género de livros; há de tudo um pouco, no entanto, deixa de haver aquela sensação de novidade. Não me importa o conteúdo, se é sobre vampiros, zombies, demónios, etc; o que eu quero é que seja bem escrito, bem pensado e que seja “out of this world”. Quando li a sinopse de Prophecies Awakening fiquei curiosa porque me pareceu ser dark e misterioso. Quando o autor me enviou uma mensagem a oferecer um ebook em troca de uma opinião sincera disse logo que sim, obviamente.

Demorei exactamente um mês a ler este livro, mas, por favor, não vejam isto como uma coisa má. Este livro está longe de ser aborrecido ou difícil de ler, eu apenas tive imenso que fazer e estava sempre algo importante a acontecer na estória que eu tinha que ler tudo com muita atenção.

Prophecies Awakening é o primeiro livro da trilogia Legends of Marithia. Este é um daqueles livros que não pára um segundo. A estória salta imediatamente para a acção desde a primeira página até à última. No inicio, conhecemos Kassina e o que aconteceu aos seus pais e, depois, saltamos milhares de anos para o futuro, quando a nossa estória se passa. Existem duas profecias: a Blood Red Moon e outra sobre o homem nascido de dois dragões, e elas irão mudar tudo.

Eu não vou desenvolver mais em relação ao enredo do livro do que isto – terão que ler o livro! Como eu disse, em cada paragrafo algo impotante estava a acontecer. Se perdes a concentração, irás perder muito do que se está a passar.

Peter Koevari tem uma escrita incrível. Eu vi e senti cada palavra que li. Tudo era tão vívido, tão real, tão… fantástico. Manteve-me presa à sua estória desde a primeira página. Todas as personagens são tão bem escritas e desenvolvidas; têm histórias passadas interessantes; tudo o que fazem faz sentido, tendo em conta os seus passados e as suas personalidades. Este livro está tão bem escrito que maior parte do tempo, eu nem sabia bem quem eu queria que vencesse a guerra. Eu não sabia se torcia pelo Dark Army ou pelo Elven Army. Koevari criou um mundo incrível com várias criaturas diferentes: tínhamos dragões, humanos, elfos, fadas e tantas outras. Uma coisa que eu acho que está pouco explorada é a descrição das espécies e raças das criaturas: quem e como são, o que conseguem e o que não conseguem fazer, e por aí fora. Mas, tirando isso, eu acho que o autor dedicou-se bastante a este livro, criando uma estória muito boa – uma estória que é “the ending of anything, but the beginning of everything”, citando a Rainha Andrielle.

Prophecies Awakening é uma forma extraordinária de comçar uma série. É densa; muita coisa a acontecer; e é realmente bem escrita e tem personagens super badass; e o final... OMG! EU PRECISO DE LER O PRÓXIMO LIVRO!



• Prophecies Awakening (Legends of Marithia #1) (Carla)
• Darkness Rising (Legends of Marithia #2) (Carla)

terça-feira, 21 de julho de 2015

[Livro] O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, de C.S. Lewis


Título Original: The Lion, the Witch and the Wardrobe
Título em Português: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa
Série: The Chronicles of Narnia (Publication Order) #1
Autor(a): C.S. Lewis
Editora: Editorial Presença
Páginas: 135
Data de Publicação: 2003

buy the book from The Book Depository, free delivery
Sinopse:
Publicado em 1950, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa é o segundo volume das célebres crónicas, seguindo-se a O Sobrinho do Mágico, dado a conhecer ao público pela Presença em Abril de 2003. A aventura começa durante a Segunda Guerra Mundial, quando Peter, Lucy, Edmund e Susan são obrigados a sair de Londres e a instalar-se numa pequena cidade em Inglaterra, na casa de um professor solteirão. Enquanto exploram a mansão, Lucy descobre uma passagem secreta muito especial no guarda-fatos do velho professor, que dá acesso a um misterioso mundo...Uma obra mágica, vencedora do prémio Keith Barker para o Melhor Livro Infantil do Segundo Milénio. Superprodução da Walt Disney Pictures e Walden Media com estreia em Dezembro de 2005.

Opinião:
As Crónicas de Nárnia fazem parte da minha lista TBR (to be read) há muito tempo, desde que o primeiro filme saiu. Confesso que antes disso não tinha conhecimento dos livros. O primeiro debate interno veio em se deveria ler em português ou na língua original e, por isso, a leitura foi sendo adiada, adiada, adiada... Decidi-me pelo português porque é a minha língua (obviamente) e como tenho andado a ler tanto em inglês sinto que a minha escrita em português tem sentido as consequências. O segundo debate veio em relação à ordem de leitura: deveria ler pela ordem cronológica ou pela ordem de publicação? Pesquisei bastante em relação a este assunto, tentando perceber qual seria a melhor maneira de experienciar esta série. Como podem perceber, decidi pela ordem de publicação. Foi assim que C.S. Lewis escreveu e publicou os livros, portanto, será dessa forma que lerei os restantes livros.

Já vi o primeiro filme – a adaptação correspondente a este livro – várias vezes, tanto em inglês como dobrado em português e sempre fiquei fascinada pelo mundo de Nárnia, pela Feiticeira Branca e por Aslan. Os restantes filmes já os vi, mas nunca completos. Não vou fazer qualquer crítica ao filme, mas uma vez que já o tinha visto, ao ler este livro não consegui visualizar as personagens sem ser com as caras dos actores que lhes dão vida. É por esta razão que gosto de ler o livro antes de ver a sua adaptação cinematográfica. Perde-se a capacidade de imaginar, por nós, certas partes narradas e foi o que me aconteceu.

A escrita de C.S. Lewis é extraordinária. Ele consegue, neste livro (único que da sua autoria), dizer tanto com tão pouco. As suas descrições são quase cinematográficas, não havendo muita dificuldade em conseguir “ver” as cenas na nossa cabeça. Talvez tenha a ver com a altura em que foi escrito, mas achei as crianças muito “rígidas”, no sentido de serem demasiado formais. Sentia-se a sua juventude, mas dentro de uns limites que me pareceram estranhos, mas julgo que seja uma questão cultural de época.

O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa é um livro pequeno, mas em que está em constante movimento, há sempre algo novo a acontecer. No entanto, não me senti muita surpresa em relação aos acontecimentos, em parte devido ao filme, mas mesmo assim faltou um pouco mais de magia, que possivelmente teria sentido se tivesse lido isto quando era miúda. Ainda assim, é uma leitura muito agradável, e bonita até, para se fazer em qualquer idade. Julgo, no entanto, que não seja propriamente um livro acessível para as crianças do 4º ano de escolaridade, como o PNL (Plano Nacional de Leitura) o recomenda. Não que seja muito complicado, mas acho que menin@s desta idade ainda sentirão alguma dificuldade.

E não poderia terminar esta crítica sem falar das ilustrações por mão de Pauline Bayne. Adorei-as; são simples, sem muito recambulescos, mas que representam na perfeição as palavras de C.S. Lewis.



domingo, 19 de julho de 2015

[Filme] Inside Out, de Pete Docter e Ronaldo Del Carmen


Título Original: Inside Out
Título em Português: Divertida-mente
Realização: Pete Docter e Ronaldo Del Carmen
Argumento: Pete Docter (story and screeplay), Ronaldo Del Carmen (story), Meg LeFauve (screenplay) e Josh Cooley (screenplay)
Elenco Principal:Amy Poehler, Bill Hader, Lewis Black
Ano: 2015 | Duração: 94min

Sinopse:
Como todos nós, a Riley é guiada pelas emoções – a Alegria, o Medo, o Raiva, a Repulsa e a Tristeza. As emoções vivem no Quartel-General, o centro de controlo no interior da mente da Riley, onde lhe dão conselhos para a vida quotidiana. À medida que a Riley e as suas emoções lutam por se adaptarem à nova vida em São Francisco, gera-se a confusão no Headquarters. Apesar da Joy, a principal e mais importante emoção de Riley, tentar manter o pensamento positivo, as emoções entram em conflito sobre como melhor se deslocar pela nova cidade, casa e escola.

Opinião:
Devo começar por dizer que fui ver este filme com expectativas muito altas e isso influenciou bastante a minha classificação final.

Inside Out leva-nos à cabeça de Riley, uma jovem que vai mudar de casa e que se sente um bocado perdida com as mudanças. Foi muito interessante ver o que se passa dentro da nossa cabeça, o porquê de ficarmos com músicas irritantes tantas horas ou de ficarmos tristes de repente. Mostra o crescimento de Riley e como ela lida com tudo o que interfere na sua vida, mostra também como os pais se podem sentir perdidos, como temos de alimentar aquilo de bom que temos dentro de nós, a ilha da família, a ilha da amizade, a ilha da brincadeira, a ilha do hóquei (no caso da Riley), etc.

A Pixar, como sempre, trouxe-nos imagens fantásticas, levou-nos a momentos inesquecíveis da nossa infância, despertou em nós aquele carinho por alguém que se sente perdido – e não estou só a falar da Riley. As cores deste filme preenchem as nossas medidas, como um arco-íris que ilumina todo o filme e que mostra que precisamos de mais que uma ou duas cores para fazer este arco-íris.

Gostei de ver o interior de cada uma das personagens e a sua evolução, a maneira como o ser humano dá valor ao que tem, ainda que isso muitas vezes só aconteça quando o perdemos, mas o que mais gostei neste filme foi mesmo a mensagem que trouxe: todos temos um papel importante, todos temos valor, todos somos precisos, todos fazemos falta. Sem excepção.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

[Livro] An Almost Perfect World, de Carrie-Ann Barnes


Título Original: An Almost Perfect World
Título em Português: --
Série: Legend of East Series #1
Autor(a): Carrie-Ann Barnes
Editora: BookBaby
Páginas: 441
Data de Publicação: 27 de Abril de 2014
Sinopse:
Sixteen-year-old Miranda Greenburg knew she was different. Adopted at the age of two by her wonderful parents, she had never been given any clues as to who her real family were or where she came from. When her brother shows up in her life, he takes her away from everything and everyone she knows and loves to a completely different place, a completely different planet.

Utopia is supposed to be perfect, but Miranda comes to realize just how un-perfect it is. The planet is plagued by an ancient evil and Miranda discovers the secret her mother kept and why she had been hidden on Earth. Miranda is the chosen one, the third child of East.

Miranda must figure out how to manage her new life, her secret destiny and on top of all that, a fight for her love.
~ Recebemos este livro da autora através do grupo "We *heart* YA Books" do Goodreads. Obrigada ~

Opinião:
Esta deve ser uma das críticas que mais dificuldade tive em escrever. Eu não sei bem como pôr por palavras os meus pensamentos e explicar como foi a minha experiência a ler este livro, mas eu vou tentar. Primeiro que tudo, tenho que avisar que esta crítica terá alguns spoilers, no entanto, vou tentar não revelar nada muito importante. Por isso, sigam por vossa conta e risco.

Eu faço parte de um grupo chamado “We *heart* YA Books” no Goodreads e eles têm uma secção na qual os autores podem disponibilizar os seus livros de forma gratuita em troca de uma crítica honesta. Eu li a sinopse e inscrevi-me no livro An Almost Perfect World, o primeiro livro da série Legends of East, de Carrie-Ann Barnes – que é o seu livro de estreia.

A sinopse era bastante promissora e interessante. É a estória de Miranda, uma rapariga normal de 16 anos – ou assim parece – que foi adoptada por uma uma família cheia de amor para dar, que a amou e cuidou dela durante, pelo menos, 13/14 anos, desde que ela tinha 2 anos de idade. Ela é muito alta e um bocadinho diferente dos outros meninos e, por isso, quando era pequena, era gozada pelas outras crianças. Tudo estava a correr bem até dois rapazes aparecem e levam-na para Utopia, onde ela descobre que ela é a “escolhida” e tem que salvar o planeta.

Lendo a sinopse já sabem isto, dessa forma não será spoiler: ela é uma alien. Ela vive na Terra, mas é do planeta Utopia. É nesta altura que eu começo a ter algumas dificuldades com este livro. Muitas coisas não faziam sentido, ou eram demasiado exageradas ou simplesmente não eram realistas. Primeiro, se eu tivesse adoptado uma menina, que a tivesse amado, cuidado, e vê-la crescer, eu nunca a deixaria ir sem lutar por ela. Família não é sangue. Eles não eram os pais biológicos dela, mas ERAM os pais dela, mais do que ninguém. Para mim, ser pai ou mãe não é dar à luz, é criar, amar, cuidar. Por isso, não é um estranho que surge a dizer que é irmão de Miranda e que ela é de outro planeta que eu vou desistir dela – porque é isso que senti que estavam a fazer, nas costas dela. Eu iria falar com ela, explicar tudo e se ela quisesse ir e conhecer a família biológica dela – mesmo que fosse noutro planeta – eu iria aceitar a decisão dela, qualquer que ela fosse, e apoia-la. Não a iria deixar ser levada à força.

Miranda aceita tudo com muita facilidade - demasiada, até. Ela decide ficar em Utopia, e apenas em alguns momentos se lembra da família e dos amigos da Terra. Not cool! Ela passa a amar toda a gente em meros segundos. Ela conhece a família biológica em menos de uma semana e já anda a declarar o seu amor incondicional por eles – não sei se sou só eu: eles podem ser a família biológica dela, mas isso não significa que vá aceitar tudo e amar todos em meia dúzia de minutos (e amar pessoas que a raptaram e a afastaram da única família que conhecia, e a levaram para outro planeta), que é o que a Miranda faz. Para mim não está bem. Mas, se calhar, sou só eu.

Eu tenho mixed feelings em relação a Alex. Tenho curiosidade sobre ele, mas às vezes parecia-me demasiado stalker-ish e fez-me ficar de pé atrás em relação a ele. Ele parece ser uma personagem interessante e que tem algo mais para além do pouco que dá a conhecer, mas ao mesmo tempo maior parte das atitudes dele eram um pouco....hm... não aceitáveis.

Miranda está sempre a dizer que é adulta e que pode tomar as suas próprias decisões, mas maior parte do tempo comporta-se como uma criança e tem atitudes muito imaturas, principalmente em relação a Alex. A rivalidade entre eles é estupida e óbvia. Eles são o casal principal - apesar de que ainda não são sequer um casal neste livro - mas a relação entre eles é demasiado fucked up. Eles sentem uma atracção forte de um pelo o outro, mas passam a vida a insultarem-se, a serem maus um para o outro, a gritarem, stalking, a sentirem ciúmes. Eu sei que Utopia é suposto ser um planeta utópico, mas … COME ON! Todos os rapazes gostam da Miranda?

Parece que não gostei do livro, mas não é verdade. É por isso que eu disse logo no início que esta foi uma das críticas que mais me custou a escrever, porque sinto que não faço sentido e que me contradigo. Eu posso dizer que até gostei do livro. Eu gostei da maioria das personagens (mesmo aquelas que eu acho que fazem parte dos maus). Eu gostei da estória (apesar dos buracos no enredo e a fraca execução de algumas coisas), e no final eu quero ler o resto da série. Eu quero saber o que irá passar a seguir.

Percebem agora porque eu sinto que não sou capaz de escrever uma crítica justa a este livro? Eu gostei imenso, mas ao mesmo tempo encontrei demasiados pontos negativos, e não sei o que pensar. Eu sempre tive em mente que este é o primeiro livro da autora, mas isso não pode ser desculpa para as partes menos boas. A estória é interessante, não é original – muitos clichés e estereótipos – mas manteve-me envolvida maior parte do tempo e eu quero continuar a ler a série. Apesar que nada acontece neste livro com excepção dos últimos episódios. E basicamente a vida normal de Miranda em Utopia, e só mesmo no final temos um vislumbre de acção.

Para ser justa, se não tivesse gostado tanto deste livro como gostei, teria classificação de duas estrelas, mas por causa disso vou dar duas estrelas e meia, na esperança que melhore nos próximos livros: a média entre três estrelas, porque gostei da estória, e duas, devido à fraca execução dos pontos que referi.



quinta-feira, 16 de julho de 2015

[Livro] The Seduction of Madalyn, de Cynthia A. Clement


Título Original: The Seduction of Madalyn
Título em Português: --
Série: The Caldern #2
Autor(a): Cynthia A. Clement
Editora: --
Páginas: 273
Data de Publicação: 18 de Novembro de 2013
Sinopse:
‘A man, elegant in black, stood separate. Madalyn’s heart skipped a beat as she recognized Mr. Carter. He had entered the galley just as the auction began. He was leaning against the wall, his arms crossed. His eyes were indifferent as he stared at her. A shiver of dread ran up her spine. This was the man who had bought her.’
Madalyn stows away on The Folly to follow her kidnapped brother to the new world. When she is discovered, she is auctioned off, and forced to wed the highest bidder, Nathan Carter. She is determined to find her brother and return to England, but when passion flares between her and Nathan, all she desires is his touch.
Nathan’s plan to set Madalyn free is thwarted, and he finds himself compelled to wed at gunpoint. He agrees to help Madalyn find her brother, but the marriage is to be annulled at the earliest opportunity. Despite the growing attraction he feels towards Madalyn, he has loved and lost. He may want and need her, but he is determined never to love again.
~ Recebemos este livro via Nerdy Girl Book Reviews - obrigada! ~

Opinião:
Foi o meu primeiro livro desta autora e para o pôr em poucas palavras: gostei. Não foi um livro extraordinário, mas foi divertido de ler, tinha um desenvolver rápido, uma história cativante e personagens principais fortes.

Madalyn é forte, capaz de fazer tudo o que seja preciso para manter a sua palavra e proteger o seu irmão, e Nathan respeita a sua coragem e o seu espírito. O tio dela não era flor que se cheirasse mas ao menos ela podia contar com Nathan Carter para a ajudar. O vilão, cujo nome não vou referir, era asqueroso e merece tudo o que lhe aconteceu.

A escrita era boa, não houve buracos no continuum da história, e tudo fez sentido, na sua maior parte. Li-o em pouco tempo – manteve-me acordada durante a noite, o que só por si já é bastante. Recomendo-o para fãs de romances históricos ainda que, para ser completamente honesta, foi apenas mais do seu género. Mas não se enganem – eu gostei do livro.

Quando o acabei, não tinha certeza quanto deveria atribuir ao livro, estava na dúvida entre 3, 3.5 e 4. No fim, fiquei mais inclinada para as 3.5, mas depois de pensar melhor e em comparação com outros livros a que atribui esse valor, não acho que The Seduction of Madalyn tenha atingido esse patamar. Não foi um mau livro. Foi um bom livro mas nada mais. Foi bom para umas horas de leitura mas não ficou na memória.

terça-feira, 14 de julho de 2015

[TAG] The Eights Tag

Há já algum tempo fomos nomeadas pela Helena do blog Lena's Petals para responder à "The eights tag". Não nos esquecemos, apenas tivemos, ambas, cheias de trabalho e decidimos guardar a tag para tempos mais calmos. "Tardou, mas não falhou", como diz o ditado. E aqui estão as nossas respostas. :)


Carla D.

1. Oito coisas para fazer antes de morrer:
- Trabalhar em pós-produção audiovisual (e se pensar um bocadinho mais alto: fazer parte de uma produção cinematográfica marcante ou então numa série, let's say... Doctor Who)
- Ter um Mini Cooper Roxo
- Escrever um livro
- Ir ao Reino Unido (no País de Gales ir à Doctor Who Experience), Grécia e República Checa
- Ir ao Van Gogh Museum
- Fazer um interrail
- Fazer uma roadtrip ao desconhecido
- Ir à San Diego Comic Con

2. Oito coisas que adoro:
- A minha cadela
- Cinema
- Gerberas
- Livros
- Escrever
- O meu pequeno gang de amigos
- Estatuetas de bonecos mágicos (fadas, trolls, bruxas, gnomos)
- O perfume Davidoff Cool Water for Men

3. Oito coisas que odeio:
- Brócolos
- Polvo
- Demasiado calor (problemas circulatórios que fazem as mãos incharem com o calor ;_;)
- Sentir-me inútil
- Ver alguém que gosto triste ou a sofrer
- Combinar alguma coisa e não avisarem que afinal não vão
- Répteis
- Acabar de pintar as unhas e passado 5 minutos já estarem estragadas

4. Oito coisas que digo:
- OH MY GAWD!
- Oh ‘miga!
- Allons-y!
- Tenho sono.
- Tenho fome.
- Oh, mããããããe!
- Estou aborrecida, mas não sei o que fazer.
- Pft!

5. Oito coisas sem as quais não consigo viver:
- A minha família
- A minha cadela
- Livros/filmes
- O meu computador/iPad (para jogar e/ou ver filmes/séries)
- Telemóvel (grande parte porque é também o meu MP3)
- Amigos
- All Stars
- Os meus óculos de sol – porque sou pitosga e tenho os olhos incrivelmente claros e não se dão bem com luz.

6. Oito filmes/livros/séries que adoro:
- Doctor Who
- Sherlock
- Supernatural
- Merlin
- Requiem For a Dream
- Edward, Scissorhands
- The Fault in Our Stars
- Harry Potter


Joana V.

1. Oito coisas para fazer antes de morrer:
- Fazer pára-quedismo
- Conhecer pessoalmente algumas das minhas autoras favoritas, como a Eloisa James, a Emma Wildes, a Mary Balogh, entre muitas outras.
- Ter pelo menos um(a) filho(a) – biológico ou não.
- Ir à Nova Zelândia, Egipto e Grécia
- Ler todos livros cá de casa (it’s a long shot but, who knows)
- Trabalhar num museu: idealmente no British Museum ou no Petrie Museum of Egyptian Archaeology
- Escrever um romance histórico
- Ir à San Diego Comic Con

2. Oito coisas que adoro:
- Livros
- Filmes
- Séries
- Sherlock – seja com o Jeremy Brett ou com o Benedict Cumberbatch
- Os meus amigos e a minha família
- As minhas tartarugas
- A minha cama
- Estar deitada a imaginar todos os cenários possíveis e imaginários na minha cabeça – só é pena que não os consiga escrever logo a seguir, dariam óptimas histórias!

3. Oito coisas que odeio:
- Caldo Verde
- Discussões
- Violência
- Faltas de respeito
- Malas perdidas no aeroporto
- Aranhas e outros insectos – fazem falta mas metem medo!
- Aqueles telefonemas irritantes a fazer inquéritos e a quererem “dar” coisas – é sempre para mudar para pior e têm péssima pontaria com as horas!
- Que me desiludam.

4. Oito coisas que digo:
- Epaahh
- Pronto
- Hum…
- O que é o jantar?
- ‘Bora ao cinema
- Não sabes o que perdes
- Tenho sono
- Já sei as falas de cor

5. Oito coisas sem as quais não consigo viver:
- A minha família (que inclui as minhas tartarugas e os meus amigos)
- Livros
- Filmes
- Elásticos para o cabelo
- Água, no sentido em que adooorooo água e mesmo que me fosse dada outra opção de bebida para poder viver, escolheria água na mesma
- Papel e lápis
- Sol
- Música

6. Oito filmes/livros/séries que adoro:
- Bela e o Monstro
- Harry Potter
- Sherlock
- Supernatural
- As gémeas
- Predadores da Noite
- A Mediadora
- Dias de Ouro


Agora para terminar era suposto nomear oito blogs para responderem a esta TAG, mas visto que já fomos nomeadas há imenso tempo (sorry, Lena!) e já bastante gente respondeu, decidimos não fazer nenhuma lista. Quem quiser responder a esta TAG que se considere nomead@ ;)

domingo, 12 de julho de 2015

[Filme] V for Vendetta, de James McTeigue


Título Original: V for Vendetta
Título em Português: V de Vingança
Realização: James McTeigue
Argumento: Andy Wachowski & Lana Wachowski (screenplay), David Lloyd(graphic novel art)
Elenco Principal: Hugo Weaving, Natalie Portman, Rupert Graves
Ano: 2005 | Duração: 132 mins

Sinopse:
Na sequência da vitória da Alemanha nazi na 2ª Grande Guerra, o reino Undo tornou-se um estado fascista totalitário. Um lutador pela liberdade, que actua mascarado e lidera acções de terrorismo urbano contra o estado britânico. Ao salvar uma rapariga das mãos da polícia política, ele vai descobrir uma poderosa aliada na sua luta pela liberdade...

Opinião:
É imperdoável eu não ter visto V for Vendetta até há bem pouco tempo. Desde que esteve no cinema que dizia que queria ver e não sei bem por que razão acabava sempre por não o ver. Não sei o que andei a fazer este tempo todo porque o filme é incrível!


Baseado em comics da DC, V for Vendetta é sem dúvida um filme que todos deviam ver. Não só pela extrema qualidade técnica do filme como pela interpretação exímia, mas também pelo tema. Tendo em conta a época em que estamos, um filme nunca esteve tão actual e incrivelmente on the spot.

Apesar do destaque e importância de Evey, o filme centra-se em V, um homem mascarado que nunca tira a máscara num único segundo que seja do filme. Nunca lhe vemos a cara por baixo da máscara, mas nem é preciso. Porque, como a própria personagem refere no filme, não é o indivíduo de carne e osso por baixo da máscara que interessa, mas as suas atitudes e a ideia que promove. Uma ideia não pode ser parada. Uma ideia não pode ser morta. Uma ideia perdura para além da pessoa. V é a representação da luta contra a opressão. V é a representação da liberdade. V é a representação do idealismo político. V é aquilo a que todos aspiramos.


Vendo o filme, entende-se porque os Anonymous usam a máscara Guy Fawkes – não só pelo que ela representa no interior do filme, mas também a sua dimensão fora do mesmo. Este filme é uma lição, um “abre olhos” como se costuma dizer. Sem dúvida que esta crítica não faz jus ao seu potencial como filme e como marco da história, tanto do cinema como da humanidade e a forma como influenciou o mundo. Recolhi apenas alguns gifs que, de forma injusta, mostram um bocadinho do filme (para quem ainda não viu espero que sirva de mote para o verem), porque V for Vendetta é um filme que tem que ser visto e experienciado por cada um, deixar que a mensagem se entranhe em nós mesmos. Considero que este filme faz parte do grupo limitado de filmes que se deve ver antes de morrer, e que deveria estar no topo da lista.






quinta-feira, 9 de julho de 2015

[Entrevista] Kate Carson, autora da trilogia "The Ley Lines"



Olá a tod@s!
Hey everyone!

Hoje temos uma coisa nova aqui no blog. A nossa primeira entrevista e estamos as duas incrivelmente contentes e entusiasmadas com isto. Não só porque é a nossa primeira entrevista (e esperemos vir a ter muitas mais no futuro), mas porque a nossa entrevistada é uma pessoa incrível, super acessível e nós adoramos os livros dela! E estamos a falar de.... KATE CARSON, autora da série The Ley Lines.

Today we have something new for you! Our first interview and we are both happy and super excited! Not only because it’s our first interview (and we hope we’ll have more in the future), but also because our first interviewee is an incredible person, super approachable, and we both loved her books! And we are talking about… KATE CARSON, author of The Ley Lines series.


Antes de mais, nós queremos agradecer por ser a nossa primeira entrevistada. Não poderiamos começar de melhor forma. Temos que dizer que a série The Ley Lines foi uma fantástica surpresa para ambas.A Joana é uma aficcionada por Romances Históricos, mas ainda assim conseguiu superar as espectativas. Apesar de a Carla não gostar muito de Romances Históricos, ela foi seduzida pela parte das viagens do tempo e, no final, ela simplesmente adorou.

Mas agora, sem mais delongas, vamos às perguntas. :)

Beforehand, we want to thank you for being our first interviewee. We could not start this in a better way. We must say The Ley Lines books were a fantastic surprise for both of us. Joana is an Historical Romance hardcore lover and yet you have surpass her expectations. Although Carla doesn't dig much about Historical Romances, she was drawn to them by the time travelling part and, in the end, she simply loved it.

But now, without further ado, lets go to the questions. :)





1) For those who don't know you, tell us a bit about you.
1) Para aqueles que não a conhecem, fale-nos um pouco sobre si.
Sure thing! Well, I’m Kate! I’m a fiction writer living in the US, current author of “The Ley Lines Series” and a few other things forthcoming. I write historical romances primarily, but mixed with a side of science fiction and humor. I have four cats that like to constantly interrupt my writing for food. I love coffee (too much), traveling, nerdy TV shows, and peanut butter.

Claro que sim! Bem, eu sou a Kate! Sou uma escritora que vive nos EUA, actualmente autora da série “The Ley Lines” e outras coisas que estão por vir. Eu escrevo romances históricos, principalmente, mas com ficção cientifica e humor à mistura. Tenho quatro gatos que gostam de interromper a minha escrita para pedirem comida. Eu adoro café (demasiado), viajar, ver séries nerds e manteiga de amendoim.


**
2) Do you write on a typewriter, computer, dictate or longhand?
2) Escreve numa máquina de escrever, num computador, ditado ou à mão?
Computer - definitely! Like many, I have the nostalgic fantasy of sitting with a cup of tea and writing on a gorgeous typewriter, but it isn’t the most practical. You’d get very strange looks trying to haul that thing into a coffee shop.

Computador – definitivamente! Como muita gente, eu tenho aquela fantasia nostálgica de estar sentada com uma chávena de chá e uma deslumbrante máquina de escrever, mas não é muito prático. Receberíamos olhares muito estranhos ao tentar levar uma máquina dessas para um café.


**
3) Why did you decide to start writing?
3) Porque decidiu começar a escrever? 
I suppose that writing is something I’ve always done in some form. I hadn’t actually considered I might make a career of it until long after college where I was working in the corporate world, which can sometimes be very creatively unfulfilling. And that dissatisfaction ignited a spark in me to really work toward what I want to do. There is an amazing renaissance happening in publishing. So many more people are now reading on devices like Kindles, Ipads, mobile phones, etc. that it is a great time to jump into writing! The feedback from readers is what keeps me going though! It can be a bit daunting to pour your soul into a piece of work, but to hear that someone else relates to a character or an event is the best feeling ever! It’s a dream.

Eu acho que a escrita é algo que sempre fiz, de certa forma. Eu nunca tinha realmente considerado fazer carreira disto até algum tempo depois de terminar a faculdade, ao estar a trabalhar no mundo corporativo, o qual, às vezes, pode ser muito pouco desafiante criativamente. E essa dessatisfação fez despertar em mim a vontade de trabalhar naquilo que realmente quero fazer. Está a acontecer um renascimento fantástico no mundo da publicação. Cada vez mais pessoas estão a ler em aparelhos como Kindles, iPads, telemóveis, etc., é uma boa altura para começar a escrever! O feedback dos leitores é o que me faz seguir em frente. Pode ser um pouco assustador pôr um pouco da nossa alma num trabalho, mas ouvir que outras pessoas conseguem relacionar-se com uma personagem ou evento é o melhor sentimento de sempre! É um sonho.


**
4) Who are some of your favourite authors? And how do they inspire you? 
4) Quais os seus autores favoritos? E como é que eles a inspiram? 
You know, I am a bit of an eclectic reader. My favorite author growing up was Agatha Christie, and I think that “mystery” element transcends through a lot of my books. I like surprising an audience, giving them all of the pieces, but not quite telling how they fit together. It gives the work a great sticking power where you can go back and re-read and think “ohhhh, now I see how everything was leading to the end!” I just love those moments. That’s definitely from Agatha Christie. I absolutely love George RR Martin too, but I’m not quite as cruel to my characters as he is known to do! His courage and world-building is incredible. Surprisingly enough, I am actually really inspired by screenwriters as well. People like Steven Moffat and Joss Whedon are really incredible because they have this natural knack for dialogue and humor and heart. They can make you laugh one moment and cry the next, but definitely be entertained the whole time!

Sabem, eu sou uma leitora um pouco ecléctica. A minha autora favorita enquanto cresci foi a Agatha Christie, e penso que é daí que vem o elemento “mistério” que passa através dos meus livros. Gosto de surpreender a minha audiência, dando-lhes um pouco de tudo, mas sem contar como tudo de se enquadra. Dá ao nosso trabalho um grande poder o facto de podermos voltar atrás e reler o livro e pensar “ohhhh, agora vejo como tudo estava a culminar para este fim!”, adoro esses momentos. Isso é definitivamente da Agatha Christie. Adoro George R.R. Martin, mas não sou tão cruel com as minhas personagens como ele é com as dele! A sua coragem e a sua construção de mundos são incríveis. Surpreendentemente, sou também inspirada por argumentistas. Pessoas como Stevem Moffat e Joss Whedon são verdadeiramente incríveis porque têm este dom natural para o diálogo, o humor e o coração. Conseguem fazer-nos rir num momento e chorar no a seguir, mas definitivamente entretêm-nos o tempo todo!


**
5) Where do you get your ideas? Do you work with a outline/plot or do you prefer to just see where an idea leads you? 
5) Onde vai buscar as suas ideias? Usa um plot previamente pensado ou prefere ver onde a ideia a leva? It is a combination of both. 
Usually I have a rough idea of where the story is going, but I haven’t always worked out the steps to get there. It is necessary in a series to have sketched out how the books will tie together - that much you need to know to keep the series cohesive and the readers invested in the stakes. Sometimes I have the scene in full planned out, and sometimes it is just a few sentences. But even if it is plotted in advance, things can changes quite drastically. I think many readers (myself included) secretly love the moments that make you want to punch a character in the face, or make you grab your chest in heartbreak. If I’m not doing that myself when I am proofreading, I go back and rewrite it to make it more dramatic. Sometimes that’s entirely different than the original plotted version, but plots don’t always come across on paper the way you might think they might, so I try to not set my heart on any plot.

É uma combinação dos dois. Normalmente eu tenho uma ideia geral para onde a estória vai seguir, mas nem sempre trabalho por etapas para lá chegar. É preciso, numa série, ter delineado como os livros se vão ligar entre eles – é preciso saber isso para manter a série coerente e para que os leitores se mantenham interessados nos. Às vezes eu tenho as cenas completamente planeadas, e noutras apenas algumas frases. Mas mesmo que seja pensada com antecedência, as coisas podem mudar drasticamente. Eu penso que muitos leitores (eu própria incluída) gostamos secretamente daqueles momentos em que queremos dar um murro na cara de uma personagem, ou aqueles momentos de partirem o coração que nos fazem querer agarrar no peito. Se eu própria não faço isso quando estar a reler/rever, volto atrás e reescrevo tudo para o tornar mais dramático. Às vezes fica completamente diferente do que foi originalmente pensado, mas os enredos nem sempre funcionam no papel como imaginamos, por isso, eu tento me não focar muito num.


**
6) What has inspired you to write "The Ley Lines" trilogy? 
6) O que a inspirou para escrever a trilogia "Ley Lines"? 
I had this idea for quite a while that I wanted to tell a story of a non-traditional, strong heroine - And that’s definitely Millie. When we start the series, she’s tough. She’s a thief with a lot of walls around herself and not the most sympathetic of main characters. But as we get to know her a little more, we realize she’s just lonely and missing purpose in her life. The overall theme that I wanted to explore is family, and not necessarily the blood-related family but the people who you care about and who you would fight to defend. What constitutes a family? What would “family” mean to this young woman who has never really had one? How could she evolve to learn to put their interests before her own? It was an interesting idea to me to explore this character evolving through the lens of time-travel. I’m sure Millie never expected to find any family, much less one in the 14th century!

Eu já tinha esta ideia há algum tempo, de contar uma história de uma heroína não tradicional e forte – e essa é definitivamente a Millie. Quando começamos a ler a série, a Millie é resistente. É uma ladra com muitas paredes à sua volta, e não é uma daquelas personagens principais com as quais somos mais simpatéticos. Mas à medida que a vamos conhecendo, percebemos que ela apenas está só e tem falta de um objectivo de vida. O tema principal que eu quis explorar é a família, e não necessariamente a família de sangue, mas pessoas com as quais te preocupas e de quem gostas, e que irias lutar para as defender. O que constitui uma família? O que significaria “família” para esta jovem mulher que nunca teve verdadeiramente uma família? Como poderia evoluir de modo a por os interesses de outras pessoas à frente dos seus? Foi uma ideia interessante para mim, explorar a evolução desta personagem enquanto ela viajava no tempo. Tenho a certeza que a Millie nunca esperou encontrar uma família, muito menos no século XIV!


**
7) We think the covers of "They Ley Lines" trilogy are very beautiful. Tell us about them and how they came about. Who designed your book covers? 
7) Nós achamos as capas da trilogia “The Ley Lines” muito bonitas. Fale-nos um pouco sobre elas e como surgiram. Quem fez o design dos seus livros? 
Thank you so much! I will admit that I have a slight advantage. My husband is an amazingly talented Graphic Artist, and he designed my covers, website, and pretty much any other branded material you see. We did do about four covers until I found the right feel for the series. The story is ultimately about Millie so I wanted to feature her emotional state in each of the three books, so I hope that comes across.

Muito obrigada! Eu tenho que admitir que tenho uma pequena vantagem. O meu marido é um artista gráfico incrivelmente talentoso, e foi ele que fez o design das minhas capas, do website, e basicamente todo o meu material visual. Nós fizemos quatro capas até eu encontrar aquela que sentia ser a perfeita para série. A estória é, em última instância, sobre a Millie, por isso, eu queria que o seu estado emocional transpassasse em cada um dos três livros, por isso espero que tenha funcionado.


**
8) Do you think you have anything in common with Millie or any other character in these books? 
8) Acha que tem alguma coisa em comum com a Millie ou qualquer outra das suas personagens?
I think the answer is there’s a little bit of me in all of them! That’s one of the best parts of being an author, honestly. You get to explore pieces of your own personality and combine them in different ways. I’m like Millie in that we’re both pretty out-spoken and fearless. I’m like Abraham in that we both enjoy the simple things (and we both like thai food). And like Cian in that we both use humor as a defense mechanism. I take inspiration from friends too, but I’ll never admit to which ones. I don’t think most people feel comfortable knowing your fictional distorted version of them, haha!

Acho que a resposta é: há um pouco de mim em cada uma delas! É uma das melhores partes de se ser o autor, honestamente. Podemos explorar pedaços da nossa própria personalidade e combiná-la de diferentes maneiras. Sou como a Millie no sentido em que somos as duas muito francas e destemidas. Sou como o Abraham no sentido em que ambos apreciamos as pequenas coisas (e gostamos os dois de comida tailandesa). E como o Cian, ambos usamos o nosso sentido de humor como mecanismo de defesa. Inspiro-me em alguns amigos também, mas nunca vou admitir em quais. Acho que a maioria das pessoas não se sente confortável ao ver uma versão ficcional distorcida sua, haha!


**
9) If you were able to travel in time, say you have a TARDIS or you stumble upon a Ley Line, where and when would you like to go and why? 
9) Se pudesse viajar no tempo, digamps que tem uma TARDIS ou que dá de caras com uma Ley Line, onde e quando gostaria de ir? 
Oooooohhh great question, since you know I am a fellow Whovian! I think I would travel to ancient Rome when it was such a huge center for art and culture. There is so much that has been lost to time yet so much that still remains - it would be amazing to see if first hand!

Ooooooohh óptima pergunta, já que vocês sabem que eu também sou uma Whovian! Eu acho que viajaria para a Roma Antiga, quando esta era um centro artístico e cultural enorme. Há tanta coisa que se foi perdendo no tempo e, no entanto, tanto ainda se mantém – seria incrível ver isso em primeira mão.


**
10) What was one of the most surprising things you've learned in creating your books? 
10) Qual foi uma das coisas mais surpreendentes que aprendeu ao criar estes livros? 
It can be surprising when your work takes a life of its own. I’ve had dreams about the MacAllisters and MacKays…which is kind of odd! And sometimes the characters say unexpected things that make me laugh or hate them. I realize that sounds odd since I’ve created all of the dialogue, but I could best compare it to improvisational acting. It’s easy to get so lost in the story that you forget you’re the one controlling it. It’s also surprising when a reader picks up on a theme you didn’t realize you embedded into the work! This happened in some of the Nicol scenes. I’ve read analyses of Nicol’s behavior that blew my mind! Readers had him so spot on, in ways I didn’t even realize!

Pode ser surpreendente quando o nosso trabalho ganha uma vida própria. Tive sonhos sobre os MacAllisters e os MacKays [as duas famílias principais] … o que é algo estranho! E por vezes algumas personagens diziam coisas inesperadas que me faziam rir ou me faziam odiá-las. Eu percebo que isto soa estranho, porque fui eu que criei todo o diálogo, mas podemos compará-lo com o improviso que os actores fazem. É tão fácil perdermo-nos na história que nos esquecemos que somos nós que a controlamos. É também surpreendente quando um leitor pega num tema que nós próprios não tínhamos percebido que tínhamos enraizado no nosso trabalho! Isto aconteceu em algumas das cenas com o Nicol. Li análises do comportamento dele que me espantaram completamente! Os leitores perceberam-no tão bem, em maneiras que eu própria não tinha percebido!


**
11) We want both to go to Scotland one day in our lives. What do you love so much about this country? 
11) Nós as duas adoraríamos de um dia ir à Escócia. O que a leva a gostar tanto deste país? 
Well, it’s absolutely gorgeous, and the people are fantastic and friendly. There’s such a great hospitality to Scotland, and pride and preservation of the country’s heritage. It’s hard not to be inspired by the Highlands, with the gorgeous misty mountains and lochs. It’s really mind-blowing to visit castle ruins and think about the centuries of lives lived on that very spot. I suppose that’s why it lends itself well to time-travel stories in particular, because so much of the physical history still exists. It’s not hard to imagine what life was like for those people.

Bem, é incrivelmente belo e as pessoas são fantásticas e amigáveis. A Escócia tem uma grande hospitalidade e um orgulho imenso na herança do seu país e uma vontade inacreditável de a preservar. É difícil não ficar inspirado pelas Highlands, e pelas lindas e enevoadas montanhas e lagos. É arrebatador visitar as ruínas de castelos e pensar nas vidas que por ali passaram nos séculos anteriores. Eu acho que é isso que faz com que estes lugares sejam prefeitos para estórias sobre viagens no tempo, em particular, porque muita da história física ainda existe. Não é difícil imaginar como a vida era para essas pessoas.


**
12) We know you're writing "Pretty in Plaid", can you reveal us something about it? What can we except from it? 
12) Sabemos que está a escrever "Pretty in Plaid", pode reveler-nos um pouco sobre o livro? O que podemos esperar dele? 
Yes! It’s actually been a series I’ve written and re-written a few times, prior to the release of the Ley Lines series. It’ll be the next release before the end of the summer. I guess if I had to describe it, I’d say it’s got a Pride and Prejudice vibe with an alternative history/ time travel element, and a lot more danger and action. I wanted to flip this one around a little as well. Instead of a Clansmen, our hero is actually a modern Scotsman…He’s a bartender on the Royal Mile. The tone is definitely different. I think it’s actually funnier than the Ley Lines series.

Sim! É uma série que escrevi e reescrevi várias vezes, antes até que o lançamento da série Ley Lines. Será o próximo lançamento antes do fim do verão. Acho que se o tivesse de descrever, diria que tem um pouco do “Orgulho e Preconceito” com uma história alternativa e um elemento de viagens no tempo, e muito mais perigo e acção. Eu quis mudar este um pouco também. Em vez de um homem que faz parte de um clã escocês, o nosso herói é um escocês actual. É bartender no “Royal Mile”. O tom do livro é definitivamente diferente. Acho que é mais divertido que a série "The Ley Lines".


**
13) Do you have any advice for those who also love to write, such as ourselves, and who aspire to become writers one day? 
13) Tem algum conselho para aqueles que, como nós, gostam de escrever e um dia aspiram a se tornarem escritores? 
Yes! Write every day. Commit to writing every day, even if it’s only 50 or 100 words. Figure out the time when you have the most mental energy and make sure you write then. For me, it is first thing in the morning. Have you heard of “Eat the Frog?” I have been trying to live by this lately. To paraphrase the Mark Twain quote, if you know you need to eat a live frog every day you can either just eat the frog and spend the day in satisfaction that you did it, or spend the rest of your day dreading eating the frog. In other words, the hardest part of your day should be the thing you do first or you might never do it. Either way, dreading or procrastinating is a curse to creative writing! Also, don’t be afraid to take a risk! I know so many people who say “I wish I could write..but..[insert any excuse here].” And I just want to say to them that they just spent more creative energy coming up with an excuse than it would take to actually write. If you want to do it, just do it! You will always find an audience who will enjoy your work and inspire you to continue. The hardest part is just getting started.

Sim! Escrevam todos os dias. Proponham-se escrever todos os dias, mesmo que seja apenas 50 ou 100 palavras. Descubram qual a altura do dia em que têm maior energia mental e escrevam. Para mim, é a primeira coisa que faço, de manhã. Já ouviram falar em “Comer o Sapo?” Eu tenho tentado viver segundo esse lema, ultimamente. Parafraseando Mark Twain, se tu sabes que precisas de comer um sapo vivo todos os dias, tu podes: ou comer o sapo e passar o resto do dia satisfeito por o já teres feito; ou passar o resto do dia temendo porque tens que comer o sapo. Em outras palavras, a parte mais difícil do vosso dia devia ser a primeira coisa que vocês fazem, ou possivelmente nunca o farão. Qualquer das formas, o medo e a procrastinação são as maldições da escrita criativa. Também, não tenham medo de arriscar! Eu sei que muitas pessoas vão dizer “Eu gostaria de conseguir escrever… mas [inserir desculpa aqui].” E eu apenas quero dizer a essas pessoas que eles gastam mais energia criativa a inventar desculpas do que seria necessário para escrever. Se querem fazer, façam! Irão sempre encontrar um público que irá gostar do vosso trabalho e a inspirar-vos para continuarem. A parte mais difícil é começar.


**
14) What are your plans for the future? 
14) Quais os seus planos para o futuro? 
Well, hopefully release a few more books this year! I hope to finish at least three books in the Pretty in Plaid Series and then move on to something new. Lass of the Ley Lines is being released on Audiobook and in Spanish this month, which is very exciting! I’ve been tossing around the idea of turning it into a screenplay, but there is always too little time to get everything done.

Bem, espero que consiga publicar mais uns livros este ano! Espero acabar três livros da série Pretty in Plaid e depois seguir para algo novo. Lass of the Ley Lines [o primeiro livro da série Ley Lines] vai ser lançado em audiobook e em espanhol ainda este mês, o que é muito entusiasmante! Tenho andado a pensar em torná-lo num argumento cinematográfico, mas há sempre pouco tempo para conseguir fazer tudo.


**
15) As booknerds, we have to ask it: what book are you reading now? 
15) Como booknerds que somos temos que perguntar: que livro está a ler?
So I’m reading Blake Crouch’s Pines, which is a science fiction thriller. They’ve based a TV show on it now, Wayward Pines, so I wanted to read the source material before falling into that rabbit hole. It’s very Twin Peaks inspired, if you like that kind of thing!

Eu estou a ler “Pines”, de Black Crouch, um thriller de ficção científica. Basearam a série “Wayward Pines” neste livro, por isso eu queria ler a fonte de inspiração antes de cair neste buraco de coelho. Tem muita inspiração de “Twin Peaks”, se gostam desse tipo de coisas.