cro

terça-feira, 29 de setembro de 2015

[Filme] Mr. Holmes, de Bill Condon


Título Original: Mr. Holmes
Título em Português: Mr. Holmes
Realização: Bill Condon
Argumento: Mitch Cullin (novel "A Slight Trick of the Mind"), Jeffrey Hatcher (screenplay), Arthur Conan Doyle (characters)
Elenco Principal: Ian McKellen, Milo Parker, Laura Linney, Hiroyuki Sanada
Ano: 2015 | Duração: 104min

Sinopse:
“Mr. Holmes” traz uma nova perspetiva da vida do detetive mais famoso do mundo. Em 1947, um envelhecido Sherlock Holmes regressa de uma viagem ao Japão, onde, na procura de uma rara planta com poderosas propriedades curativas, testemunhou a devastação da guerra nuclear. Agora, na sua remota quinta à beira-mar, Holmes enfrenta os últimos dias a cuidar das suas abelhas, apenas com a companhia da sua governanta e de Roger, o filho mais novo dela. Enquanto lida com a diminuição das suas capacidades mentais, Holmes confidencia ao rapaz as circunstâncias do caso não resolvido que o obrigou a reformar-se, procurando respostas para os mistérios da vida e do amor, antes que seja tarde demais.

Opinião:
Acho que nunca vi um Sherlock Holmes tão forte e tão fraco ao mesmo tempo – ênfase no “Sherlock” porque falo mesmo da personagem e não do actor ou sua performance.

Eu sou uma grande fã de Sir Ian McKellen e vê-lo a transformar-se nesta personagem tão icónica foi muito interessante.

O filme trata da solidão, da velhice, da doença, de tudo o que acontece quando nos tornamos idosos e estamos sozinhos no mundo – ou praticamente. Mr. Holmes não está verdadeiramente sozinho e não, não falo só das suas abelhas. Sherlock Holmes faz amizade com o filho da governanta de sua casa: Roger Munro, representado pelo actor Milo Parker.


Roger gosta bastante de Sherlock Holmes e descobre que este está a escrever (ou tentar escrever) as suas memórias do seu último caso e é essa história que o espectador vê desenrolar-se no filme, tal como Milo.


Mas a memória de Mr. Holmes já não é o que era, não fosse expressamente mostrado nas suas tentativas de encontrar algo que apure a memória e que o mantenha são.

Uma das coisas que mais gostei foi a caracterização, como conseguimos ver Mr. Sherlock Holmes não digo exactamente na sua época áurea mas quase, e como é mostrada a velhice, fisicamente:


A música estava perfeita, com um enquadramento bastante adequado. Conseguimos sentir a dor das personagens e a sua felicidade, os actores fizeram o seu papel na perfeição.

Um dos momentos que mais gostei foi ver a actriz Laura Linney, que só conhecia de Love Actually, como mãe de Roger, Mrs Munro. A personagem em si não tinha muito conteúdo, mas conseguíamos sentir o amor de mãe que passava dela para Roger. Quando este é ferido, Mrs Munro culpa Holmes, mas este ajuda-a, com uma certa dose de desespero, a perceber que a culpa não era dele e vemos estas duas personagens que durante o filme são tão distantes formarem um laço tão forte pelo amor a uma outra pessoa.

Foi um filme com filmagens e ângulos muito bons, a luz teve um papel bastante importante, com paisagens tipicamente britânicas. Não é o típico filme que associamos ao incrível detective criado por Sir Arthur Conan Doyle, é antes um filme que mexe um pouco connosco pois força-nos a ver e a lidar com esta realidade da vida que implica uma perda de capacidades, mesmo que sejamos o incrível Sherlock Holmes.

domingo, 27 de setembro de 2015

[Filme] Under the Skin, de Jonathan Glazer


Título Original: Under the Skin
Título em Português: Debaixo da Pele
Realização: Jonathan Glazer
Argumento: Walter Campbell & Jonathan Glazer, Michel Faber (based on the novel by)
Elenco Principal: Scarlett Johansson
Ano: 2013 | Duração: 108 mins
Sinopse:
A história de um extraterrestre com forma humana. Uma viagem, em parte ficção científica, em parte realidade, a visão de um extraterrestre sobre o nosso mundo.

Opinião:
Esta é a perfeita representação da minha reacção assim que Under the Skin terminou. Ainda agora, enquanto escrevo esta crítica, continuo sem entender o filme. Como podem ver não tem qualquer classificação porque sinto-me totalmente incapaz de o fazer e, dessa forma, decidi deixar em branco.

Tenho um conjunto de sentimentos contraditórios em relação a este filme. Em termos de argumento... Bem, existe argumento neste filme? Eu nem sei como sintetizar a estória do que vi. No entanto, Scarlet Johansson criou uma personagem soberba e mostrou que é muito mais que uma carinha e corpinho bonito. É verdade que essa é parte da premissa da personagem a que dá vida, uma vez que é uma predadora sensual (sexual?), mas acho que mostra muitas mais qualidades do que apenas o físico invejável. Scarlet (quase) sem diálogos conseguiu transparecer uma miríade infinita de expressões, tensões, sentimentos humanos, o que é irónico já que ela não é humana neste filme.

Under the Skin é claramente um filme abstracto. Um conjunto de imagens extraordinárias que são montadas de forma magnífica, mas sem qualquer sentido narrativo, a meu ver. Adorei o trabalho de fotografia e de montagem e acho que seria um trabalho que daria 5* se fosse uma curta-metragem. Não sei até que ponto funciona bem numa longa-metragem de quase duas horas.

Enquanto por um lado que o filme é pretensioso, intelectualóide e pointless, por outro, sinto que o filme roça num nível de mestria visual e de montagem mas que não é facilmente "engolido" por qualquer um.


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

[Livro] City of Fae, de Pippa DaCosta


Título Original: City of Fae
Título em Português: --
Série: --
Autor(a): Pippa DaCosta
Editora: Bloomsbury Spark
Páginas: 336
Data de Publicação: 7 de Maio de 2015

Sinopse:
From the moment Alina touches London's hottest fae superstar, breaking one of the laws founded to protect all of her kind, her fate – and the fae – close in. Below ground, the fae High Queen plots to claim the city as her own and places her pawns, ready for the battle to come. A battle she cannot lose, but for one small problem – Alina. There are four ancient keepers powerful enough to keep the queen in her prison. Three are dead. One remains … And to fight back, Alina risks sacrificing everything she has come to love.

Opinião:
Este foi mais um livro inserido no desafio Fae. Desta vez, os fae vivem em Londres, e revelaram-se aos humanos em '74 (não temos mais datas que isto).

Alina O'Connor é a nossa personagem principal, juntamente com Sovereign (Reign) e a Rainha. Os seres humanos vivem com a Trinity Law em mente: "Look but don't touch. Touch, but don't feel. Feel but don't love". Esta lei permitiria ao ser humano que nunca fosse enfeitiçado por um fae. Alina sabe isto, mas quando conhece Reign, toda a cautela vai por água abaixo. Isto dito assim faz com que o livro pareça uma história de amor um bocado fatela entre uma humana e um fae, certo? Foi o que pensei....durante os primeiros capítulos.

Não vou contar muito da história porque senão estrago o livro para quem o queira ler. Apenas digo que seres ancestrais estão envolvidos numa luta para proteger a humanidade e nada é bem o que parece, como somos avisados desde o início do livro.

Este livro terá continuação e tenho a sensação que o segundo livro será melhor que o primeiro.

Achei a escrita da autora minimamente agradável, com momentos mais rápidos quando se tratava de desenvolver a história (apesar de achar que deveria ter havido mais algum elucidar sobre os temas do livro, a polícia fae, as leis, o que acontecia quando a energia vital de um humano era tirada sem autorização, entre outras coisas), e mais lentos quando estávamos a aprender algo sobre as personagens, o que me pareceu indicado.

Resumindo, o livro teve algumas falhas para mim, precisa de algo mais para me prender verdadeiramente mas, apesar de tudo, foi uma leitura minimamente agradável.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

[Filme] Big Hero 6, de Don Hall & Chris Williams


Título Original: Big Hero 6
Título em Português: Big Hero 6 - Os novos heróis
Realização: Don Hall e Chris Williams
Argumento: Jordan Roberts (screenplay), Robert L. Baird (screenplay) & Daniel Gerson (screenplay)
Elenco Principal: Scott Adsit, Ryan Potter, Daniel Henney, T.J. Miller, Jamie Chung, Damon Wayans Jr., Genesis Rodriguez, James Cromwell
Ano: 2014 | Duração: 102 min

Sinopse:
Hiro Hamada (voz de Ryan Potter) é um adolescente com uma inteligência prodigiosa. Inspirado por Tadashi (Daniel Henney), o irmão mais velho, decide inscrever-se numa feira de tecnologia onde apresenta um projecto de robótica nunca antes visto. Depois de estranhos acontecimentos atingirem San Fransokyo (mescla entre São Francisco e Tóquio), Hiro decide unir-se a Baymax (Scott Adsit), um adorável robot insuflável criado por Tadashi, para resolver os problemas de violência que se espalham pela cidade. A ajudá-los estarão quatro grandes amigos: Fred (T.J. Miller), Go Go Tomago (Jamie Chung), Honey Lemon (Genesis Rodriguez) e Wasabi (Damon Wayans Jr.). Produzido pelos estúdios Walt Disney Animation, um filme de animação e aventura realizado por Don Hall e Chris Williams, que adapta as personagens de BD da Marvel Comics criadas por T. Seagle e Duncan Rouleau.

Opinião:
Eu gosto imenso do Universo da Marvel e gosto imenso de filmes de animação, por isso, Big Hero 6 é como o melhor dos dois mundos!

Esta não foi a primeira vez que vi este filme, quando andei a fazer a minha maratona para os Oscáres – e visto que era um dos nomeados para melhor filme de animação – Big Hero 6 fez parte da minha lista de filmes a ver. Acho que foi amor à primeira vista. Todas as personagens eram divertidas – mas tinham o seu lado bom e o seu lado mau – os momentos dramáticos bem estruturados, a diversão que fez parte de grande parte do filme, a fofice, nerdices, o Hiro… e o Baymax.


A parte visual para mim estava muito bem conseguida: a concepção das personagens, dos cenários, das paisagens… tudo estava, a meu ver, muito bom e agradável ao olho – que é sempre importante. E com uma banda sonora muito divertida, boa e precisa. Um filme cheio de acção, à moda da Marvel, e boa qualidade técnica da animação, algo que a Disney já nos mostrou que dá cartas.

Achei piada à junção de São Francisco com Tóquio, no entanto, nunca percebi porque isso aconteceu e, para mim, foi uma falha - uma das muitas que ao rever o filme não me passaram ao lado. Nesta re-visualização, muitos “pormenores” me fizeram alguma impressão, especialmente porque já tinha revisto muitas cenas, sabia tudo o que se ia passar em cada momento, o que me dava a liberdade para tomar atenção a outras coisas e poder analisar certas situações do enredo com outra perspectiva.

Escrevendo esta crítica apercebo-me que mesmo com os vários aspectos que achei sem nexo, mal explorados, as incongruências e afins, o meu amor por este filme não diminuiu. E porquê? Porque apesar de tudo é um filme giro, divertido, com os momentos de tensão nos sítios certos e, no final de contas, faz-me sentir bem no final, descontraída e com um sorriso nos lábios.

Sei que não explorei o enredo nesta crítica e nem especifiquei quais foram as situações menos boas com que me deparei porque, como disse no paragrafo anterior, a minha relação com Big Hero 6 não foi alterada e voltarei a rever, mais do que uma vez, este filme porque me ficou no coração. Baymax é das personagens mais fofas e divertidas dos filmes de animação e eu quero que tenham o prazer de ver este filme com a mente aberta de quem não está à caça dos erros que foi lendo pela Internet. Deliciem-se com esta animação, apaixonem-se por Baymax e sobretudo… divirtam-se.


segunda-feira, 21 de setembro de 2015

[Filme] O Pátio das Cantigas, de Leonel Vieira


Título Original: O Pátio das Cantigas
Realização: Leonel Vieira
Argumento: António Lopes Ribeiro, Francisco Ribeiro e Vasco Santana (argumento original) e Pedro Varela
Elenco Principal: Miguel Guilherme, César Morão, Dânia Neto, Sara Matos
Ano: 2015 | Duração: 110 mins

Sinopse:
"Bom dia menina Rosa!" é como arranca o "O Pátio das Cantigas" onde mora a linda balconista Rosa e os seus dois pretendentes: Narciso, um guia turístico poliglota que trabalha noite e dia… e o Evaristo, dono da mercearia gourmet, pessoa de génio agreste e pai da menina Celeste, aspirante a artista de telenovela.

Já não tarda o Santo António, e eis o caso nunca visto das tentações do demónio do pátio do Evaristo.

Opinião:
Tinha ouvido falar muito sobre este filme e tinha altas expectativas. Fui vê-lo com alguém que tinha visto o original e com quem fui comentando as diferenças.

E tenho a dizer que fiquei bastante desiludida.

Um ponto forte do filme foi as cores que tinha. Sem dúvida um filme português, colorido, passado nos santos, com actores que conhecemos bem. Mas pouco mais se safa.

Para mim, a comédia não funcionou. E pelo que percebi do resto da sala, não fui a única a pensar assim. Achei tudo demasiado exagerado, tudo demasiado hiperbólico para ter piada.

A representação…foi fraca. Novamente, parecia tudo demasiado forçado com alguns actores, com outros parecia que estavam a tentar dar mais do que tinham para dar. Eu gosto de grande parte dos actores do filme, por isso ainda fiquei mais triste quando não atingiram um mínimo de expectativas.

Não vou escrever mais porque, sinceramente, não tenho mais a dizer.

sábado, 19 de setembro de 2015

[Filme] Penguins of Madagascar, de Eric Darnell & Simon J. Smith


Título Original: Penguins of Madagascar
Título em Português: Pinguins do Madagáscar
Realização: Eric Darnell, Simon J. Smith
Argumento: Michael Colton, John Aboud
Elenco Principal: Tom McGrath, Chris Miller, Christopher Knights
Ano: 2014 | Duração: 92 mins

Sinopse:
Equipas de super espiões não nascem assim... são chocados. Descobre os segredos das mais espetaculares e mais hilariantes aves secretas da espionagem mundial: Capitão, Kowalski, Rico e Soldado. Estes top da elite irão unir forças com uma organização de intervenção secreta - Vento do Norte - que protege os animais. Liderados pelo engraçado Agente Secreto (poderíamos dizer o nome dele, mas depois... tu sabes), com a voz de Benedict Cumberbatch. Juntos, eles têm de evitar que o vilão Dr. Octavius Brine, dobrado por John Malkovich, destrua o mundo como nós o conhecemos.

Opinião:
Posso dizer abertamente que gosto imenso dos filmes Madagascar e da série Penguins of Madagascar do Nickelodeon – deixei de ver desde que houve uma interrupção na série, já na segunda temporada, mas ainda não desisti de continuar a ver um dia destes. Por estas razões, quando se falou que se ia fazer um filme dedicado essencialmente aos quatro pinguins, eu meti na cabeça que o teria que ver. Aumentou a minha vontade de ver assim que se soube que Benedict Cumberbatch iria dar voz a uma das personagens.

Eu gosto imenso de Skipper, Kowalski, Rico e Private, eram possivelmente as minhas personagens favoritas dos filmes Madagascar, mas aqui, em Penguins of Madagascar, não senti a mesma conecção que tive anteriormente. A meu ver, estas quatro criaturas fofas e badass têm a sua piada precisamente por serem figuras secundárias (na série não são secundárias, mas dividem o tempo de antena com uma panóplia variada de outros animais). Têm a mesma magia que o esquilo de Ice Age que é incrível nos pequenos momentos em que surge nos filmes, mas que seria terrível ver hora e meia só dele a seguir a bolota. É o que acontece aqui.

Quiseram pegar num aspecto que fez sucesso com os filmes Madagascar e torná-los ainda maiores, mas não resultou, na minha opinião. Pareceu-me demasiado forçado. Todas as personagens, quer os quatro pinguins quer todas as outras personagens, não tinham por onde se pegar. No entanto, não posso deixar de dizer que a nível técnico o filme tem algum interesse. Ver a forma como a coruja se move, o pêlo da raposa, o ar luzidio dos pinguins – tudo top.


Há um pormenor que achei muito divertido. Os puns com os nomes de celebridades. Exemplos como: “Nicholas… cage them!”, “Drew, Barry… more!”, “Hugh, Jack man up…”. Acredito que esta parte se deva ter perdido na dobragem em português.

Como podem reparar não falei do enredo. Sinceramente, não é nada de mais, coisas do costume: os quatro amigos da Antártica criaram um inimigo, o Dexter Dave, Dr. Octavius Bride (John Malkovich), que se quer vingar por ter sido renegado pela fofice dos pinguins. O quatro pinguins terão a “ajuda” dos Night Wind – liderados por Classified (Benedict Cumberbatch) que tem ainda muito que aprender com os pinguins, e estes com eles.

Apesar de ser um filme fraco, não ter atingido as minhas expectativas, o filme consegue ter uma mensagem bonita e interessante no final, principalmente para os mais pequenos (mas para muito graúdos também). Private é sempre dado como o elemento mais fraco do grupo de pinguins, sendo o seu propósito ser fofo. No entanto, Private mostra-se o mais corajoso, o mais inteligente, o mais forte, o mais corajoso e mais despachado de todas as personagens. YOU GO PRIVATE! E quero terminar esta crítica com uma citação de Skipper sobre Private.


Looks doesn't matter, it's what you do that counts!



quinta-feira, 17 de setembro de 2015

[Livro] Um marquês irresistível, de Sarah MacLean


Título Original: A Rogue by Any Other Name
Título em Português: Um marquês irresistível
Série: The Rules of Scoundrels #1
Autor(a): Sarah MacLean
Editora: TopSeller
Páginas: 352
Data de Publicação: 6 de Julho de 2015

buy the book from The Book Depository, free delivery
Sinopse:
O Michael, Marquês de Bourne, perdeu tudo o que tinha, com uma só carta: um oito de ouros. Apostou e perdeu toda a sua fortuna e terras numa só jogada e, com elas, a sua reputação. Bourne, nome pelo qual todos agora o conhecem, passou a ser um exilado da sociedade, transformando-se no frio e implacável dono do Anjo Caído, o clube de jogo mais famoso de Londres. Mas ele tudo fará para recuperar o que foi seu. As terras de Bourne acabam por ir parar à posse de Penelope, uma sua paixão de infância. Penelope sofreu a humilhação de um noivado rompido, tendo sido trocada por outra mulher. Por isso deseja agora um casamento que não seja igual a todos os outros: um compromisso por conveniência. Quando Bourne a rapta e a força a casar- se com ele para poder reaver as suas terras, Penelope aceita sem grandes dramas o desafio, pois sente-se atraída para uma relação diferente, que lhe permita aceder a prazeres inexplorados. Bourne é a senha de acesso aos prazeres desconhecidos por que Penelope anseia. Mas ao mesmo tempo o seu coração deseja que Bourne a ame, tal como ela o ama, secretamente, a ele. Será que Bourne vai conseguir ultrapassar as marcas e os fantasmas do passado e revelar a Penelope o que realmente sente? E estará Penelope à altura do submundo do vício e do pecado em que Bourne agora vive?

Opinião:
Não sou muito fã de livros que envolvem jogos de cartas em que num momento de estupidez se perde tudo – e este é um desses livros, talvez por isso não lhe tenha dado uma classificação mais alta.

A parte que mais gostei, apesar de tudo, foi o clube de jogo: o ambiente, os vitrais, os nomes dos anjos caídos, tudo isso atraía o leitor e as personagens a este local, mas estávamos avisados desde logo do que ali se passava.

As nossas personagens principais são Michael Bourne e Penelope, amigos de infância – e namorados de infância diga-se!-, que se afastaram quando o jovem Michael perdeu tudo o que tinha que não estava associado ao seu título. Ainda que Penelope nunca o tenha esquecido e continuasse a escrever-lhe cartas apesar de não ter resposta, Michael deixou tudo o que estava ligado à sua antiga vida quando Chase, e mais tarde mais dois homens, o convidou para ser sócio do maior clube de jogo de Londres, o “Anjo Caído”. Chase, assim que apareceu, tornou-se a minha personagem favorita. Bourne… bem…este nosso protagonista não me cativou tanto quanto devia, assim como a Penelope, ela pareceu-me quase…desculpem o uso da palavra, mas totó. Não porque ela ainda tivesse esperanças de ficar com o único homem de quem tinha verdadeiramente gostado, mas porque não sabia agir de forma coerente: tanto fazia-se um pouco de vítima como era uma mulher forte, disposta a tudo pelo seu amor. Michael é o típico herói transtornado, que deu a volta à vida mas acha que não merece o que a vida tem de bom para lhe dar.

Contudo, foi uma história fácil de ler, com uma escrita adequada à história, e para mim o melhor foi mesmo o final, Penelope aí sim agiu de acordo com o que o leitor esperava e queria, e Michael finalmente deixou de ser alguém que não merecia nada, para ser alguém que deu valor ao que tinha. E afinal o oito de ouros foi o seu melhor amigo – e se querem saber o que isso significa, leiam o livro!

Concluindo, quero muito ler o livro do Chase e da irmã de Penelope, que acho que ainda será mais giro que este!

terça-feira, 15 de setembro de 2015

[Filme] Detachment, de Tony Kaye


Título Original: Detachment
Título em Português: O Substituto
Realização: Tony Kaye
Argumento: Carl Lund
Elenco Principal: Adrien Brody, Christina Hendricks, Marcia Gay Harden
Ano: 2011 | Duração: 98 mins

Sinopse:
Henry Barthes é um educador com grande talento para estabelecer ligação com os seus alunos. No entanto, Henry optou por enterrar o seu dom. Passando os dias como professor substituto, evita convenientemente quaisquer ligações emocionais ao não ficar tempo suficiente em lado nenhum para se apegar quer a alunos, quer a colegas. Quando é colocado numa escola pública, onde uma direcção frustrada e esgotada criou um corpo estudantil apático, Henry torna-se rapidamente num exemplo para os jovens desafeiçoados. Ao descobrir uma ligação emocional improvável com os alunos, os professores e uma adolescente foragida que recolhe das ruas, Henry apercebe-se de que não está sozinho na sua luta de vida e de morte para encontrar beleza num mundo aparentemente cruel e sem amor.

Opinião:
Inicialmente estava decida a não escrever uma crítica completa aqui no blog e apenas fazer uma referência no Facebook, até me aperceber que estava a escrever bem mais do que seria conveniente para um simples post numa rede social.

Comecei a ver Detachment sem saber ao certo sobre o que era, fiquei curiosa mais pelo facto de ter o Adrien Brody como actor principal. Sabia que envolvia escolas, professores e afins, mas nada mais sobre o enredo. E não o vou desenvolver porque é algo que eu quero que vocês vejam por vocês mesmos e que que absorvam tudo o que é dado neste filme.

Há muito tempo que não via um filme tão poderoso, tão profundo, tão marcante e que me afectasse da forma como o fez. Às vezes refiro que filme X ou Y me deixou com a lágrima no canto do olho, mas Detachment fez muito mais do que isso. Chorei, sim, admito; fiquei com o coração nas mãos; doeu ver certas coisas; deixou-me indignada; ao mesmo tempo que revi algumas situações fez-me também ver o outro lado de determinadas circunstâncias. A complexidade do que se passa neste filme é sobre-humana. Resumindo, é disso que se trata o filme: da complexidade humana. Do ser humano.

Não tive que pensar duas vezes em dar a classificação que dei a este filme. Não foi difícil chegar a essa conclusão. O filme é imenso. O filme é soberbo. O filme é... extraordinário – um adjectivo que parece fora de contexto, tendo em conta o que se passa no filme, mas é uma forma de o descrever. E Adrien Brody fá-lo de forma inacreditável.


Por favor, vejam o filme.


[Passatempo] Especial 250 likes!

Olá gente gira!

Como tínhamos divulgado no nosso Facebook, quando chegássemos aos 250 likes iríamos ter um miminho para vocês... e aqui está ele! Em parceria com Ternuras para as Leituras temos um marcador adorável para vocês adornarem os vossos livrinhos. Primeiro que tudo queremos agradecer imenso à página Ternuras para as Leituras por nos patrocinar neste passatempo! :D


O vencedor irá receber este marcador super cute. Têm apenas que seguir as regras abaixo descritas e preencher o formulário. Fácil, fácil. Boa sorte a todos!

Regras:
• O passatempo decorrerá até às 23h59 do dia 30 de Setembro.
• Qualquer participação que não possua algum dos dados correctamente preenchido é automaticamente anulada.
OBRIGATÓRIO ser nosso seguidor do facebook.
OBRIGATÓRIO ser seguidor do facebook da página Ternuras para as Leituras.
OBRIGATÓRIO fazer partilha pública do passatempo numa rede social (Facebook, Twitter, Google +, etc).
OBRIGATÓRIO identificar um amigo neste post do facebook.
• Quem for seguidor público do blog ganha uma entrada EXTRA.
• O vencedor será escolhido aleatoriamente, através do rafflecopter.
• O vencedor será publicado no blogue e será contactado por email.
• É aceite uma participação por pessoa/email e residentes em Portugal (continental e ilhas)
• Não nos responsabilizamos por extravios nos CTT.

a Rafflecopter giveaway

domingo, 13 de setembro de 2015

[Livro] Coração Feroz, de Ann Lethbridge


Título Original: Captured for the Captain's Pleasure
Título em Português: Coração Feroz
Série: --
Autor(a): Ann Lethbridge
Editora: Harlequin
Páginas: 286
Data de Publicação: 1 de Fevereiro de 2014

buy the book from The Book Depository, free delivery
Sinopse:
O capitão Michael Hawkhurst se compraz com a fama de terrível. Sua única razão de viver é se vingar dos Fulton, destruindo-os do mesmo modo que aniquilaram cruelmente sua família. Intrépida e ousada, Alice Fulton sabe muito bem que navio não é lugar de mulher. Porém, está decidida a salvar o negócio de seu pai. Quando o destino coloca Alice nas mãos de Michael como sua prisioneira, ele enfrenta um dilema. Deveria dar continuidade ao projeto de vingança e alimentar seu lado feroz... Ou seria melhor ouvir a voz da honra e conquistar o amor de Alice?

Opinião:
Eu tenho uma coisa por piratas e capitães que se fazem passar por piratas – mas que têm honra acima de tudo. E é sobre isto que este livro trata: honra, vingança e amor.

Com um passo rápido, uma escrita contínua e que nos prende do início ao fim, Ann Lethbridge leva-nos ao mundo de Michael Hawkhurst e Alice Fulton.

Alice é uma mulher forte que decide seguir num navio com o seu irmão, uma amiga e mais um senhor – o que não foi boa ideia.

Devido à guerra, o navio onde Alice seguia, em vez de levar hasteada a bandeira inglesa, levava a bandeira espanhola – o que por si só era crime, mas protegeria o navio se houvesse franceses a pensar em atacar o navio. Mas são apanhados não por inimigos franceses, mas por um corsário inglês que tem um ódio especial pela companhia Fulton por lhe ter estragado a vida.

Alice está disposta a fazer tudo para salvar o irmão, o pai e a companhia e percebe que o capitão, apesar do seu aspecto mais rude, se preocupa o suficiente com as pessoas para não os tratar mal – sim, porque Michael era parte da sociedade aristocrática inglesa e mais não digo que seria spoiler!

O amor surge onde menos se espera, quase com um carinho de alguma da tripulação.

As escolhas são difíceis, mas mesmo com um plot intrincado e as personagens lá encontram uma maneira de serem felizes, como seria de esperar.

Um livro divertido, amoroso, com personagens cativantes e interessantes, que me prenderam do início ao fim!