Título Original: Marvel's Daredevil
Criado por: Drew Goddard
Baseado em: Daredevil, de Stan Lee e Bill Everett
Elenco: Charlie Cox, Deborah Ann Woll, Elden Henson, Toby Leonard Moore, Vondie Curtis-Hall, Bob Gunton, Ayelet Zurer, Rosario Dawson, Vincent D'Onofrio
Banda Sonora: John Paesano
Género: Acção, Crime, Drama
Canal: Netflix | Ano: 2015 -
Temporadas: 1 | Episódios: 13
Criado por: Drew Goddard
Baseado em: Daredevil, de Stan Lee e Bill Everett
Elenco: Charlie Cox, Deborah Ann Woll, Elden Henson, Toby Leonard Moore, Vondie Curtis-Hall, Bob Gunton, Ayelet Zurer, Rosario Dawson, Vincent D'Onofrio
Banda Sonora: John Paesano
Género: Acção, Crime, Drama
Canal: Netflix | Ano: 2015 -
Temporadas: 1 | Episódios: 13
Sinopse:
Matt Murdock que, após um trágico acidente em sua infância, perdeu a visão, mas acabou desenvolvendo seus outros sentidos de forma extraordinária.
Opinião:
A minha primeira review de uma série. Nunca fiz nada do género porque fazer uma análise de uma temporada inteira (a menos que seja britânica e uma temporada, na melhor das hipóteses, tem 6 episódios!) requer muito tempo, muito pormenor e sempre achei que não me sentia a altura. Mas ter o blog com a Joana (e insistência dela, também, diga-se) achei que haveria de tentar e aqui estou eu a falar da série da Netflix Marvel’s Daredevil.
Não conheço muito dos comics, nunca li nenhum comic com esta personagem. Confesso, nunca foi uma personagem que me cativasse ao ponto de querer ler. Vi o filme protagonizado pelo Ben Affleck e, outra vez, não fiquei propriamente entusiasmada com a personagem. Mas sendo uma nerd aficcionada, decidi dar a oportunidade. Sabia que a série estava a ser produzida, mas nem sequer tinha visto o trailer até ao dia anterior em que ia estrear a série, e só o fiz porque um amigo meu assim me convenceu. E ainda bem que o fez.
Charlie Cox dá vida a Matt Murdock a.k.a. Daredevil. No início da série, vemos a cena em que ele fica cego e rapidamente temos um salto para o presente, onde ele está a preparar-se para abrir uma firma de advogados com o amigo de longa data, Foggy Nelson (Elden Henson). Nesta altura, Murdock já é o vigilante em Hell’s Kitchen – The Man in the Black Mask, como lhe chamam.
Charlie Cox cria, a meu ver, um Murdock muito mais interessante que alguma vez Affleck conseguiu mostrar no filme. Sente-se uma profundidade intensa nesta personagem, que vai revelando, pouco a pouco, nos episódios, mais de si.
Foggy é possivelmente das personagens mais divertidas da série e, provavelmente, a pessoa mais leal a Murdock, mesmo depois de descobrir a verdade. Acho que Foggy, para além de ser um dos pontos emocionais de Matt, é também um pouco o comic relief. Mesmo em momentos de mais tensão ele consegue aliviar o ambiente. Ainda assim, é também uma personagem bastante interessante e com profundidade. Para mim, é das - se não mesmo a - personagens mais reais e relacionáveis entre as várias personagem que apareceram nesta temporada.
Karen Page interpretada por Deborah Ann Woll (quem se lembra dela em True Blood como Jessica? Ela era uma das minhas personagens favoritas dessa série e nem sequer fazia parte dos livros) foi uma personagem um pouco complicada para mim. Mesmo antes de a série começar, tinha aquele bichinho que me dizia que deveria gostar dela – por causa da actriz, confesso, mas ao ver a série a coisa foi bem mais complexa do que pensava. Da minha fraca pesquisa, li que ela seria um interesse amoroso de Murdock, mas mais do que isso iria também namoriscar com Foggy. E isso, de facto, é notório na série. Inicialmente, não conseguia gostar muito dela, parecia que entrava na série apenas para ser a damsel in distress, ser a cara bonita e suspirar pelo Murdock o tempo todo. No entanto, ela rapidamente se torna algo mais quando, sem perder o ar de fragilidade, se torna numa mulher bem mais interessante e corajosa. Gosto imenso da relação dela com Foggy e, sinceramente, até gostava de os ver juntos.
Fiquei com a pulga atrás da orelha em relação a Claire Temple (Rosario Dawson) porque pelo que andei a pesquisar esta personagem existe, sim, nos comics, mas nunca no universo de Daredevil. A Night Nurse de Daredevil chama-se Linda Carter, nada a ver com Claire Temple que é o par romântico de Luke Cage. Uma vez que Luke Cage é uma das séries que a Netflix irá produzir, fica no ar que Rosario Dawnson poderá vir a “saltar” para esta série. Claire Temple é uma personagem muito interessante. Uma mulher independente, forte, decidida e que sabe o que quer. Começou como interesse romântico de Matt (sendo a única que sabia do seu segredo), mas não deu certo e eu tenho pena, porque eles, de facto, eram um par interessante. Mas visto que há a possibilidade, como referi, de fazer parte da série Luke Cage não fazia muito sentido continuar como par romântico.
Um dos pontos que achei mais interessante (e isto deve-se, em parte, porque pouco conheço esta personagem) foi os flashbacks onde não só vemos como Murdock ficou cego, mas como a sua adaptação à cegueira, os sentidos mais do que apurados, o seu treino. Percebemos como Matt passou de um rapazinho que ficou cego para um homem que decidiu colocar a máscara e defender a sua cidade. Mas não é só de Murdock que temos flashbacks, temos também de personagens como Wilson Fisk: o que o levou a tornar-se no homem que é, as suas motivações, etc.
Um outro ponto muito interessante da série é a sua vontade de se ligar ao resto do mundo da Marvel. À primeira vista, parece uma história independente de tudo o que já temos da Marvel, tanto de filmes como de séries. No entanto, ao longo da série vamos tendo pequenas referências não só à história da própria série como ao mundo da Marvel: Elektra Natchios, Age of Ultron, Thor e Iron Man, o “incidente” em Nova Iorque do primeiro filme dos Avengers. E isto são aquelas que me lembro de momento.
Sem dúvida, uma série fantástica. Uma primeira temporada que além de toda a acção e desenvolvimento, centra-se, essencialmente, em dar a conhecer o Matthew Murdock e por tudo aquilo que passou até finalmente vestir o fato e se tornar verdadeiramente em Daredevil. Não começa com ele já sendo o mascarado de vermelho e os cornichos, mas, sim, o seu longo caminho desde o acidente que o cegou, o seu treino, o início como vigilante de preto até se tornar em Daredevil, o homem sem medo. E isso é possivelmente um dos pontos fundamentais desta temporada. Está incrivelmente bem estruturada, mostra acção, mas mostra também o passado de várias personagens e tudo o que aconteceu para que em determinado momento tudo se tornasse realidade. A partir daqui, poderemos ver Daredevil em pleno. E tudo é possível.
TEMPORADA 2 JÁ FOI CONFIRMADA E DAREDEVIL VOLTA EM 2016!
A minha primeira review de uma série. Nunca fiz nada do género porque fazer uma análise de uma temporada inteira (a menos que seja britânica e uma temporada, na melhor das hipóteses, tem 6 episódios!) requer muito tempo, muito pormenor e sempre achei que não me sentia a altura. Mas ter o blog com a Joana (e insistência dela, também, diga-se) achei que haveria de tentar e aqui estou eu a falar da série da Netflix Marvel’s Daredevil.
Não conheço muito dos comics, nunca li nenhum comic com esta personagem. Confesso, nunca foi uma personagem que me cativasse ao ponto de querer ler. Vi o filme protagonizado pelo Ben Affleck e, outra vez, não fiquei propriamente entusiasmada com a personagem. Mas sendo uma nerd aficcionada, decidi dar a oportunidade. Sabia que a série estava a ser produzida, mas nem sequer tinha visto o trailer até ao dia anterior em que ia estrear a série, e só o fiz porque um amigo meu assim me convenceu. E ainda bem que o fez.
Charlie Cox dá vida a Matt Murdock a.k.a. Daredevil. No início da série, vemos a cena em que ele fica cego e rapidamente temos um salto para o presente, onde ele está a preparar-se para abrir uma firma de advogados com o amigo de longa data, Foggy Nelson (Elden Henson). Nesta altura, Murdock já é o vigilante em Hell’s Kitchen – The Man in the Black Mask, como lhe chamam.
Charlie Cox cria, a meu ver, um Murdock muito mais interessante que alguma vez Affleck conseguiu mostrar no filme. Sente-se uma profundidade intensa nesta personagem, que vai revelando, pouco a pouco, nos episódios, mais de si.
Foggy é possivelmente das personagens mais divertidas da série e, provavelmente, a pessoa mais leal a Murdock, mesmo depois de descobrir a verdade. Acho que Foggy, para além de ser um dos pontos emocionais de Matt, é também um pouco o comic relief. Mesmo em momentos de mais tensão ele consegue aliviar o ambiente. Ainda assim, é também uma personagem bastante interessante e com profundidade. Para mim, é das - se não mesmo a - personagens mais reais e relacionáveis entre as várias personagem que apareceram nesta temporada.
Karen Page interpretada por Deborah Ann Woll (quem se lembra dela em True Blood como Jessica? Ela era uma das minhas personagens favoritas dessa série e nem sequer fazia parte dos livros) foi uma personagem um pouco complicada para mim. Mesmo antes de a série começar, tinha aquele bichinho que me dizia que deveria gostar dela – por causa da actriz, confesso, mas ao ver a série a coisa foi bem mais complexa do que pensava. Da minha fraca pesquisa, li que ela seria um interesse amoroso de Murdock, mas mais do que isso iria também namoriscar com Foggy. E isso, de facto, é notório na série. Inicialmente, não conseguia gostar muito dela, parecia que entrava na série apenas para ser a damsel in distress, ser a cara bonita e suspirar pelo Murdock o tempo todo. No entanto, ela rapidamente se torna algo mais quando, sem perder o ar de fragilidade, se torna numa mulher bem mais interessante e corajosa. Gosto imenso da relação dela com Foggy e, sinceramente, até gostava de os ver juntos.
Fiquei com a pulga atrás da orelha em relação a Claire Temple (Rosario Dawson) porque pelo que andei a pesquisar esta personagem existe, sim, nos comics, mas nunca no universo de Daredevil. A Night Nurse de Daredevil chama-se Linda Carter, nada a ver com Claire Temple que é o par romântico de Luke Cage. Uma vez que Luke Cage é uma das séries que a Netflix irá produzir, fica no ar que Rosario Dawnson poderá vir a “saltar” para esta série. Claire Temple é uma personagem muito interessante. Uma mulher independente, forte, decidida e que sabe o que quer. Começou como interesse romântico de Matt (sendo a única que sabia do seu segredo), mas não deu certo e eu tenho pena, porque eles, de facto, eram um par interessante. Mas visto que há a possibilidade, como referi, de fazer parte da série Luke Cage não fazia muito sentido continuar como par romântico.
Um dos pontos que achei mais interessante (e isto deve-se, em parte, porque pouco conheço esta personagem) foi os flashbacks onde não só vemos como Murdock ficou cego, mas como a sua adaptação à cegueira, os sentidos mais do que apurados, o seu treino. Percebemos como Matt passou de um rapazinho que ficou cego para um homem que decidiu colocar a máscara e defender a sua cidade. Mas não é só de Murdock que temos flashbacks, temos também de personagens como Wilson Fisk: o que o levou a tornar-se no homem que é, as suas motivações, etc.
Um outro ponto muito interessante da série é a sua vontade de se ligar ao resto do mundo da Marvel. À primeira vista, parece uma história independente de tudo o que já temos da Marvel, tanto de filmes como de séries. No entanto, ao longo da série vamos tendo pequenas referências não só à história da própria série como ao mundo da Marvel: Elektra Natchios, Age of Ultron, Thor e Iron Man, o “incidente” em Nova Iorque do primeiro filme dos Avengers. E isto são aquelas que me lembro de momento.
Sem dúvida, uma série fantástica. Uma primeira temporada que além de toda a acção e desenvolvimento, centra-se, essencialmente, em dar a conhecer o Matthew Murdock e por tudo aquilo que passou até finalmente vestir o fato e se tornar verdadeiramente em Daredevil. Não começa com ele já sendo o mascarado de vermelho e os cornichos, mas, sim, o seu longo caminho desde o acidente que o cegou, o seu treino, o início como vigilante de preto até se tornar em Daredevil, o homem sem medo. E isso é possivelmente um dos pontos fundamentais desta temporada. Está incrivelmente bem estruturada, mostra acção, mas mostra também o passado de várias personagens e tudo o que aconteceu para que em determinado momento tudo se tornasse realidade. A partir daqui, poderemos ver Daredevil em pleno. E tudo é possível.
Gostei bastante do vosso texto! ^^ Concordo com o que escreveram sobre as personagens. Todas elas têm profundidade e isso faz com que nos identifiquemos com elas. Vemos não só o crescimento de Matthew, como o do vilão! O Fisk é uma personagem interessante, apesar da loucura xD Ao contrário de outras séries, Demolidor mostra que todas as personagens têm um lado frágil. Ninguém é super herói ou vilão sem um ponto fraco. A relação de amizade do Matt e do Foggy é incrível <3 Espero que o segundo o ajude na próxima temporada!
ResponderEliminarExacto! Nenhuma personagem é completamente herói ou completamente vilão. Todos têm um lado bom e um lado mau, o que os diferencia é a forma como lidam com isso e que caminho seguem. E achei isso tremendamente interessante, o que dá à série muito mais força.
EliminarOpa eu até tive pena do que aconteceu ao Wesley!
Adorei a dinâmica Matt-Foggy... São o meu OTP, e digo-o sem qualquer vergonha. xD O episódio depois de o Foggy descobrir sobre o Matt é simplesmente um dos meus favoritos porque achei que estava muitissimo bem escrito, a relação entre as duas personagens muito bem feita e havia imensa tensão que passava para lá do ecrã.
A série no geral tem imenso potencial, e espero que não descarrilem na próxima temporada.
~ Carla.