Título Original: Giselle
Título em Português: Giselle
Coreografia, Recriação e Encenação: Georges Garcia, segundo Jean Coralli, Jules Perrot e Marius Petipa
Música: Adolphe Adam
Desenho de Luz: Cristina Piedade
Cenários: Ferruccio Villagrossi
Figurinos: Guarda-roupa tradicional, oferecido pela Fundação Calouste Gulbenkian
Direcção Musical: Geoffrey Styles, com a Orquestra Sinfónica Portuguesa
Título em Português: Giselle
Coreografia, Recriação e Encenação: Georges Garcia, segundo Jean Coralli, Jules Perrot e Marius Petipa
Música: Adolphe Adam
Desenho de Luz: Cristina Piedade
Cenários: Ferruccio Villagrossi
Figurinos: Guarda-roupa tradicional, oferecido pela Fundação Calouste Gulbenkian
Direcção Musical: Geoffrey Styles, com a Orquestra Sinfónica Portuguesa
Sinopse:
Em 1827, com a estreia de Maria Taglioni no papel titular de La Sylphide, inicia-se a era romântica da dança.
O Romantismo, de certa maneira, a corrente de contra-resposta à Revolução Industrial, confere à emoção o lugar central cuja figuração se encontra amplamente representada em naturezas indomáveis, patente nas telas de Casper David Friedrich, ou como algo de sobrenatural e de oculto, tão evidente na poesia de Edgar Allan Poe. Mas o Romantismo foi também a revolta contra uma aristocracia dominante e rebuscada cujo oposto foi encontrado ao glorificar a simplicidade e a pureza da vida campestre.
É por esta razão que Giselle é o bailado romântico mais que perfeito. O 1 º ato narra como a inocência campestre pode ser vítima de uma aristocracia traidora e calculista; o 2º ato, dito o ato branco, desenrola-se num ambiente sobrenatural onde a mulher etérea surge dividida entre a vingança e a redenção.
O uso da técnica de pontas, à época ainda muito rudimentar, vinha ao encontro da ideia romântica de elevação representada por seres esvoaçantes e imponderáveis, fazendo da dança um veículo privilegiado do Romantismo. Possivelmente em nenhuma outra altura, a dança foi tão sinónimo de espetáculo total.
Opinião:
Para começar devo dizer que gosto muito de ballet – muito mesmo.
Já tinha ouvido falar deste bailado e achei que seria giro e interessante. Fiquei um bocado desiludida. Não só com a história como com os bailarinos… A nossa companhia de bailado não é das minhas favoritas – já é o 2º bailado deles que vejo e já o primeiro (Romeu e Julieta) não me deixou fã deles.
O bailado é dividido em dois actos e o primeiro… ai o primeiro foi tão fraco! Parecia que não conseguiam transmitir a intensidade da história e houve até mais do que um momento em que as bailarinas estavam…periclitantes! Faltou sintonia entre elas e via-se alguma descoordenação. Os bailarinos masculinos estiverem melhor, na minha opinião.
Já no segundo acto, melhorou um bocado. A minha bailarina favorita foi, sem qualquer dúvida Myrtha, a rainha das Willis, trazida ao palco pela bailarina Alexandra Rolfe. O duque da Silésia, Albrecht (Dukin Seo) pelo qual Giselle (Solange Melo) estava apaixonado também melhorou a sua performance e as bailarinas estavam mais sincronizadas.
Gostava de ter visto um pouco mais da personagem Hilarion (Freek Damen), o apaixonado não correspondido de Giselle – tanto pela história como pelo bailarino, que me pareceu ficar aquém daquilo que poderia ter mostrado.
Acho que a história em si pode ser algo difícil de se ligar à mulher moderna, e eu, apesar de ser uma romântica incurável, achei difícil ligar-me a um bailado que mostra uma mulher que morre devido ao facto do seu amado estar noivo de outra quando já a andava a cortejar – e ela não fazer nada por ela própria. Não critico a história na altura em que foi apresentada pela primeira vez (em Paris, no Teatro da Academia Real de Música, a 28 de Junho de 1841), mas para os nossos dias pode ser mais complicado sentirmos compaixão por uma rapariga que, literalmente, morre sem sequer tentar lutar pelo seu amado.
Se há uma coisa que gostei realmente foi de ter à minha frente uma verdadeira orquestra, a Orquestra da Câmara Portuguesa, dirigida por Pedro Carneiro – trouxe magia ao palco.
Concluindo, e como disse anteriormente, a segunda parte do espectáculo melhorou consideravelmente o bailado, por isso chega às três estrelas.
Para começar devo dizer que gosto muito de ballet – muito mesmo.
Já tinha ouvido falar deste bailado e achei que seria giro e interessante. Fiquei um bocado desiludida. Não só com a história como com os bailarinos… A nossa companhia de bailado não é das minhas favoritas – já é o 2º bailado deles que vejo e já o primeiro (Romeu e Julieta) não me deixou fã deles.
O bailado é dividido em dois actos e o primeiro… ai o primeiro foi tão fraco! Parecia que não conseguiam transmitir a intensidade da história e houve até mais do que um momento em que as bailarinas estavam…periclitantes! Faltou sintonia entre elas e via-se alguma descoordenação. Os bailarinos masculinos estiverem melhor, na minha opinião.
Já no segundo acto, melhorou um bocado. A minha bailarina favorita foi, sem qualquer dúvida Myrtha, a rainha das Willis, trazida ao palco pela bailarina Alexandra Rolfe. O duque da Silésia, Albrecht (Dukin Seo) pelo qual Giselle (Solange Melo) estava apaixonado também melhorou a sua performance e as bailarinas estavam mais sincronizadas.
Gostava de ter visto um pouco mais da personagem Hilarion (Freek Damen), o apaixonado não correspondido de Giselle – tanto pela história como pelo bailarino, que me pareceu ficar aquém daquilo que poderia ter mostrado.
Acho que a história em si pode ser algo difícil de se ligar à mulher moderna, e eu, apesar de ser uma romântica incurável, achei difícil ligar-me a um bailado que mostra uma mulher que morre devido ao facto do seu amado estar noivo de outra quando já a andava a cortejar – e ela não fazer nada por ela própria. Não critico a história na altura em que foi apresentada pela primeira vez (em Paris, no Teatro da Academia Real de Música, a 28 de Junho de 1841), mas para os nossos dias pode ser mais complicado sentirmos compaixão por uma rapariga que, literalmente, morre sem sequer tentar lutar pelo seu amado.
Se há uma coisa que gostei realmente foi de ter à minha frente uma verdadeira orquestra, a Orquestra da Câmara Portuguesa, dirigida por Pedro Carneiro – trouxe magia ao palco.
Concluindo, e como disse anteriormente, a segunda parte do espectáculo melhorou consideravelmente o bailado, por isso chega às três estrelas.
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