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sexta-feira, 7 de outubro de 2016

[Filme] A Casa da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares, de Tim Burton

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Título em Português: A Casa da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares
Realização: Tim Burton
Argumento: Ransom Riggs (baseado no seu livro), Jane Goldman
Elenco Principal: Eva Green, Asa Butterfield, Chris O’dowd, Ella Purnell, Allison Janney, Rupert Everett, Terence Stamp, Judi Dench, Samuel L. Jackson
Ano: 2016 | Duração: 2h07min
Sinopse:
Do visionário realizador Tim Burton, e baseado no best-seller, chega-nos uma experiência cinematográfica inesquecível. Quando o avô de Jake lhe deixa um conjunto de pistas sobre um mistério que se estende por diferentes mundos e tempos, ele encontra um lugar mágico conhecido como A Casa da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares. Mas o mistério e o perigo aprofundam-se à medida que conhece os moradores e se apercebe dos seus poderes especiais…e dos seus poderosos inimigos. Jake acaba por descobir que só a sua “peculiaridade” pode salvar os seus novos amigos.

Opinião da Carla:
Julgo que já disse mais do que uma vez aqui no blog que considero Tim Burton um dos meus realizadores favoritos, se não mesmo o favorito, mas desde o Alice in Wonderland que tenho vindo a sentir uma certa dificuldade em manter esta afirmação. Há qualquer coisa que falta; aquela essência tão Burtiana que eu adoro - estranheza, aquele ambiente dark, o thinking outside the box. Continuo a afirmar que ele é o meu realizador favorito porque alguns dos meus filmes favoritos são dele, mas os antigos.


Tendo isto em conta, obviamente, que queria ver o Miss Peregrine’s Home for Peculiar Children, não só pelo Tim Burton, mas também pela Eva Green – uma actriz que eu adoro. E para ser franca, visto que ultimamente sinto falta daquela particularidade que tanto caracteriza (e eu adoro) no Tim Burton, a Eva Green foi a razão mais forte para a minha vontade de ver este filme.

Eu não posso dizer que não tenha gostado do filme, porque, no geral, eu gostei. Mas aconteceu novamente a mesma coisa, achei que faltava qualquer coisa Burtoniana. Sentiu-se com mais força quando estávamos no Loop, mas depois perdia-se. Okay, concedo que parte do objectivo dessa separação era mesmo essa – criar uma contraste grande entre as duas realidades, mas…


Não vou falar muito do enredo (que pelo que andei a ver na Internet, se afasta bastante do livro que tem como base) e vou apenas referir alguns aspectos – quer sejam positivos ou negativos. Primeiro que tudo, senti que faltou alguma explicação em relação aos Loops e as Crianças Peculiares, no entanto, a parte que foi dedicada a isso, para mim, foi a mais secante do filme. Acho que não foi bem aproveitada, porque raramente se viu as Crianças a usarem as suas Peculiaridades e isso teria sido giro. A parte que mais gostei, e que achei mais interessante, foi a acção, que só acontece no terceiro quarto do filme (por isso, já podem ver a lentidão que o filme leva até chegar à parte boa), mas é tão rápida e sem grande substancia que quase passa ao lado. E só quando descobrimos a Peculiaridade dos Gémeos nos apercebemos que não foram muito inteligentes em relação ao plano para derrotar os White Eyes, porque bastava aquelas criaturas levantarem a mascara para conseguirem uma vantagem enorme logo no início.


Visto que disse que uma das razões (a principal até) para ir ver o filme foi a Eva Green parece que me esqueci dela nesta crítica. Não é verdade. Ela é extraordinária, linda como sempre e com aquele jeito aristocrático, sardónico e aterrador às vezes até. A questão aqui é que acho que ela tem muito pouca presença no filme. Eu sei que o foco estão nas Crianças, mas achei que Miss Peregrine deveria ter tido mais peso no filme – afinal de contas até tem o nome dela no título do filme….

Em termos gerais, o filme não é mau, mas também não é bom. Sendo um Tim Burton fiquei desiludida, mas é um filme que se tem que ver sem grandes expectativas para se conseguir verdadeiramente gostar dele.






Opinião da Joana:
Tentei não ter altas expectativas ao ir ver este filme, a sério que tentei, mas os trailers e a história conseguiram elevá-las sem eu conseguir controlar. E o filme acabou por saber a pouco por causa disso.

Apesar de querer ler o livro antes de ver o filme, acabei por me distrair com outros livros e o filme veio primeiro. Sendo assim, não posso comentar se é ou não parecido ao livro em que se baseia.

A história tinha tanto potencial, é pena que, na minha opinião, tenha ficado aquém. Queria ter sabido mais sobre cada peculiar, e mais do que sobre os “peculiares”, queria saber mais sobre as crianças. Como foram parar ao lar da Senhora Peregrine? Como foram descobertas? E, apesar disso, a parte mais secante do filme foi aquela que falou um pouco sobre eles, mas foi muito mal aproveitada.

Gostei da segunda parte do filme, que teve mais acção e as personagens mostraram um pouco mais as suas capacidades mas, como a Carla menciona e foi algo que dissemos logo a seguir ao fim do filme, sabendo a habilidade dos gémeos, todo o plano criado para proteger as crianças parece um pouco mal concebido pois tudo poderia ter sido resolvido muito mais facilmente e mais cedo.

Eva Green deveria ter tido um pouco mais de destaque, de alguma maneira, talvez até a pudessem ter mostrado mais na sua maneira de ajudar as crianças a lidarem com as suas peculiaridades, novamente podíamos até ter visto como ela e as crianças se juntaram – e isto podia ter sido perfeitamente enquadrado no filme como, por exemplo, uma explicação dada a Jake, o protagonista, ou ao seu avô Abe, quando este conheceu as crianças peculiares pela primeira vez.

Resumindo, foi um filme que podia ter sido muito melhor, ainda por cima sendo de Tim Burton e com um bom elenco.




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