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domingo, 30 de agosto de 2015

[Série] Humans | Temporada 1


Título Original: HUM∀NS
Criado por: Sam Vincent e Jonathan Brackley
Baseado em: Real Humans (uma série sueca)
Elenco: Gemma Chan, Katherine Parkinson, Lucy Carless, Colin Morgan
Banda Sonora: Cristobal Tapia de Veer
Género: Drama, Ficção Científica
Canal: Channel 4 (UK)/ AMC (US) | Ano: 2015 -
Temporadas: 1 | Episódios: 8

Sinopse:
In a parallel present where the latest must-have gadget for any busy family is a 'Synth' - a highly-developed robotic servant that's so similar to a real human it's transforming the way we live.

Opinião:
Inteligência artificial é um dos temas que mais me interessa, por essa razão, tudo o que é filme, série ou livro que aborde esse tema entra automaticamente para a minha wishlist.

Tomei conhecimento desta série britânica, porque Colin Morgan (para quem não reconhece o nome é o actor que deu vida a Merlin na série da BBC Merlin) fazia parte do elenco, e teria um papel importante na estória. Uma coisa levou à outra e ainda bem.


O enredo de Humans passa-se num futuro não muito longínquo que em pouco é diferente da nossa realidade, excepto o facto de os robots com inteligência artificial fazerem parte do nosso dia-a-dia, ou poderíamos dizer que se trata de um presente paralelo ao nosso. Os Synths, como são chamados por serem sintéticos, são androides com inteligência artificial que foram introduzidos na vida dos humanos das mais variadas maneiras: nos call-centers, enfermeirxs, empregadxs domésticxs, prostitutxs, etc. Basicamente eles fazem parte da rotina da vida humana.

A série começa com a família Hawkins que adquire uma Synth para ajudar nas tarefas de casa, à qual dão o nome de Anita, mas cedo se apercebem que ela não é como os outros. O casal Hawkins tem três filhos: Mattie, a filha mais velha; o Tobey, o rapaz do meio; e a Sophie, a benjamim da família.

David Elster foi o grande cientista que criou os Synths, mas criar inteligência artificial não bastou e teve que ir mais além - teve que criar Synths com consciência. Existem apenas quatro Synths conscientes que vivem à margem de tudo: Mia, Niska, Fred e Max, que são a família de Leo. Nem todos os humanos aceitam, ou vêem com bons solhos, a forma como os Synths se tornaram banalidades do dia-a-dia. Não vou desenvolver mais em relação ao enredo porque cada episódio revela mais um factor importante, desenvolver mais o assunto levará à relevação de spoilers e eu não quero cair nesse erro, uma vez que é impossível continuar sem isso acontecer. Isto porque eu estive metade da série (é uma série britânica, logo são só meia dúzia de episódios) com uma certa ideia que foi logo destruída por volta do episódio quatro, não me recordo ao certo.

Estava receosa que a série fosse cair no cliché, mas esta surpresa foi possivelmente o melhor que poderia ter acontecido, fazendo que eu gostasse ainda mais da série. Comecei a ver a série por um novo prisma e apercebi-me que Humans é muito mais do que aparenta ser no trailer inicial e pelos primeiros episódios.


Antes da exibição do episódio final, eu estava convencida de que a série não teria uma segunda temporada. Por mais que pesquisasse, o episódio de fim de temporada era referido como final de série. Não entendia porquê porque a série é bastante boa. A interpretação é soberba, por parte de todos, mas principalmente daqueles que faziam de Synth e em especial os Synths conscientes: todos os movimentos mecânicos; a forma de falar; o movimento ocular; tudo. A direcção de fotografia é extraordinária, tal como os efeitos visuais: não só na caracterização dos Synths, mas nos ambientes e o aspecto visual da série. E falemos também da banda sonora que é muito bem concebida; conseguimos sentir todo o mundo futurista e cientifico apenas ouvindo o áudio dos créditos iniciais.

É possível sentir a tensão que existe durante toda a série: tensão entre os humanos e tensão entre os humanos e sintéticos. Temos problemas familiares; temos a dificuldade em adaptação à novidade e ao desconhecido. A série é muito mais do que uma “simples” série de ficção científica.

Assim que soube que a série iria ser renovada fiquei incrivelmente satisfeita, se seguem o nosso facebook assim o sabem. É uma série sem grandes alaridos, que tenta criar um bom enredo ao mesmo tempo que toca em aspectos que não estão assim tão distantes da nossa realidade quanto isso.


Humanity is not a state. It's a quality.


TEMPORADA 2 JÁ FOI CONFIRMADA E HUMANS ESTARÁ DE VOLTA!


sábado, 29 de agosto de 2015

[Livro] Legend of the Fae, de April Holthaus


Título Original: Legend of the Fae
Título em Português: --
Série: --
Autor(a): April Holthaus
Editora: Grey Eagle Publishing
Páginas: 240
Data de Publicação: 20 de Março de 2015
Sinopse:
The Legend begins… For centuries, stories of the Fae have been passed down from generation to generation throughout the Scottish Highlands. Over time, the truth of their existence was reduced to nothing more than childhood fairytales. Until now! To foresee the future, she had to forget her past. On the eve of war between Good and Evil, Ella of Andor, the Fae Princess of Darkness embarks on a journey that would ensure her kingdom’s victory as prophesied. But in a twist of fate, Ella is led to the mortal world where she soon discovers a mystery about her past that could destroy everything she has ever known. After returning home from battle, Laird Galen Graham stumbles upon an injured woman in desperate need of protection and care. Wanting to return her to her family becomes a difficult mission when he discovers the lass cannot speak. While trying to solve the mystery behind who she is, Galen finds himself falling in love with a lass he knows nothing about. Forced to return to the Fae world, can Ella stop the war threatening to destroy her kingdom, or will she give up her destiny to return to the man she loves in the mortal world? After discovering the truth about the mysterious lass, will Galen be able to let her go? Follow Ella and Galen’s fantastic journey filled with magic, danger, love, and mystery
~ Recebemos este livro via Nerdy Girl Book Reviews. Obrigada! ~

Opinião:
Havia vários livros que queria pedir e que gostava de ler, mas numa das últimas newsletters da Nerdy Girl, este livro chamou-me à atenção: fadas, magia, romance.

Como podem ver pela sinopse, aqui temos a história de Ella e Galen. Nesta história temos mundos paralelos, luz e escuridão, verdade e mentira tudo à mistura, o que trouxe uma combinação interessante.

Com um passo rápido e uma história cativante, acompanhamos a viagem de Ella (que poderia ter sido mais desenvolvida) e saltamos de crianças para jovens adultos, sabendo pouco do que verdadeiramente aconteceu. Isto vai-se se sabendo ao longo do livro, com comparações do que cada uma das personagens principais conhece. Ella foi levada para um mundo de magia, enquanto que Galen a viu desaparecer, com mais crianças e dez anos passam até se encontrarem novamente.

Quando Ella descobre o que verdadeiramente aconteceu à sua vida (e Galen descobre quem ela é), finalmente o livro ganha mais vivacidade e as personagens tornam-se mais elas próprias. Gostei muito do Galen, um jovem com o peso do mundo nos ombros, mas que quer acima de tudo ser feliz e ter aqueles que estão a seu cargo tão felizes quanto ele. De Ella, gostei da sua evolução, apesar de ter achado o fim do livro um pouco fraco (o que levou a que tirasse meio valor à pontuação final do livro). As personagens secundárias, como a família de Galen, são interessantes e gostei bastante da irmã dele, provavelmente das melhores personagens, ainda que simples e muito calma.

Ainda não saíram mais livros mas sei que será uma série e espero poder ler os seguintes, que acho que ainda devem ser melhores que este em termos de história (e já agora se desenvolverem o romance um pouco mais não fazia mal a ninguém).


sexta-feira, 28 de agosto de 2015

[Read-along] Scarlet, de Marissa Meyer


Título Original: Scarlet
Título em Português: Scarlet
Série: The Lunar Chronicles #2
Autor(a): Marissa Meyer
Editora: Planeta
Páginas: 384
Data de Publicação:19 de Setembro de 2013

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Sinopse:
Cinder elabora um plano para fugir da prisão e, se for bem-sucedida, irá tornar-se a fugitiva mais procurada da Comunidade. Do outro lado do mundo, a avó de Scarlet Benoit desapareceu. Scarlet entra em pânico e, na sua busca, acaba por descobrir que existem muitas coisas sobre a avó que desconhece, assim como ignorava o grave perigo que correu toda a vida. Quando Scarlet encontra Wolf, um lutador de rua que poderá ter informações sobre o paradeiro da avó, sente-se relutante em confiar nele, mas ao mesmo tempo sente-se inexplicavelmente atraída. Scarlet e Wolf tentam desvendar o mistério do desaparecimento da avó, mas deparam-se com outro quando encontram Cinder. Além de todos os problemas em que estão mergulhados, ainda terão de antecipar os passos da maléfica rainha Levana, que fará qualquer coisa para que o belo príncipe Kai se torne seu marido, seu rei, seu prisioneiro.


Opinião:
Scarlet é o segundo volume das Crónicas Lunares, no qual acompanhamos Scarlet na sua busca pela avó desaparecida e onde conhece Wolf, um lutador de rua. Intercalado entre as aventuras de Scarlet e Wolf, vamos tendo acesso ao que se passa com Cinder - protagonista do livro anterior.

Juntamente com as caras já conhecidas de Cinder,juntam-se Scarlet e Wolf. 
Autoria: lostie815


Uma coisa que gostámos particularmente foi o retelling da história: estava bem construído, pegando nos pontos do conto de fadas e transformando-o de modo a adequar-se às Crónicas Lunares - como é fácil de entender, trata-se do Capuchinho Vermelho.

Enquanto que o Cinder é um livro com uma escrita mais simples e de YA, este toma um tom mais sério, com uma estória mais apelativa a um público mais velho. No Cinder tínhamos referido que as descrições dos espaços e o nosso conhecimento dos lunares era muito reduzido, já no Scarlet passamos a ter mais informações que se vão desenrolando ao longo do livro e que nos vão mostrando o porquê de certas personagens agirem de acordo com algo que, no geral, não tem a ver com elas próprias.

Vê-se claramente a continuidade das histórias individuais e da big picture, com a Cinder a conhecer novos intervenientes, como o Thorne, com o qual deu para rirmos um bocado. A Joana gostou particularmente da ironia e sarcasmo deste personagem masculino, que se revelou muito engraçado na relação dele com a Iko - e o seu novo “corpo” - um dos aspectos que a Carla achou mais fofo e hilariante do livro.

Vejam lá aquele sorriso sardónico do Capitão Throne! 
Autoria: lostie815


Apesar de gostarmos do livro e acharmos que manteu a qualidade do anterior, a Carla não sentiu tão próxima às personagens principais, a Scarlet e o Wolf, como tinha sentido com a Cinder e o Kai. Já a Joana conseguiu relacionar-se melhor com os protagonistas, apesar de gostar bastante de seguir a história da Cinder em paralelo.

Sobre os lunares não há muito mais a dizer: os seus poderes têm uma grande extensão, conseguindo manipular a mente humana, como já sabíamos do Cinder; a procura da princesa Selene por parte dos lunares continua, apesar da humanidade (tirando algumas pessoas) pensar que ela está morta; o exército que já suspeitávamos que existisse no livro anterior neste faz uma apresentação, com seres híbridos e genéticamente modificados.

Decidimos manter a mesma classificação que demos ao anterior pois, como referimos, a sua qualidade não diminui e continuamos a ter interesse em seguir a saga, não sendo no entanto um livro que tenha sido excepcional. A sensação final que sentimos no final foi algo diferente entre nós, a Joana ficou algo que satisfeita enquanto a Carla sentiu que o Scarlet não teve o mesmo impacto que o Cinder, apesar de ser clara a evolução da maturidade da estória de um livro para o outro.


• Glitches (The Lunar Chronicles #0.5) (Carla)
• Cinder (The Lunar Chronicles #1) (Carla e Joana)
• Scarlet (The Lunar Chronicles #2) (Carla e Joana)

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

[Livro] To Be Continued, de Prex J.D.V. Ybasco


Título Original: To Be Continued
Título em Português: --
Série: --
Autor(a): Prex J.D.V. Ybasco
Editora: CreateSpace Independent Publishing Platform
Páginas: 298
Data de Publicação : 25 de Junho de 2015

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Sinopse:
Not all stories end happily nor tragically. Most of them just need to be continued.Azalea Anthony is a writer, or what she claims to be.Vim Harvey is her friend, or at least what she wants to believe. Jasmine Morrish is Azalea's archenemy, or so what Jash believes Azalea makes people believe...er--There are other characters, too: like Warren, the basketball player, Beatrix, the model, Tom, the perfect excuse of a brother, Eclaire, the eccentric bff, etc.They all hangout in one place where they can enjoy a steaming cup of debates, an aroma of gossips, a side dish of basketball, a topping of drama, and a menu of articles : The Big Coffee Shop.
~ Recebemsos este eARC do autor através do Grupo “We *heart* YA Books” do Goodreads ~

Opinião:
A autora veio falar comigo, perguntando se estaria interessada em me inscrever para ler e escrever uma crítica ao livro To Be Continued através do grupo do Goodreads “We *heart* YA Books”. Eu disse que sim, sabendo pouco ou nada sobre o livro, mas a premissa de “not all stories end happily nor tragically. Most of them just need to be continued” pareceu-me bastante interessante e promissora.

Bem, este livro não funcionou para mim. É sobre Azalea e os seus amigos. Supostamente eles estão na Universidade, mas comportam-se como um bando de crianças irritantes. É uma leitura rápida, mas nada remotamente interessante acontece em todo o livro; é uma mistura de todos os clichés que possam imaginar, “problemas” de adolescentes e por aí fora (mas eu não estou inteiramente certa se este não era o propósito da autora). Todas as personagens era irritantes (umas mais que outras), desinteressantes e pior que isso: pouco desenvolvidos. Eu não consegui criar qualquer tipo de ligação com nenhuma das personagens; elas eram-me todas indiferentes. Bem, para ser honesta, penso que não gostei de nenhuma das personagens; todas elas me pareceram falsas, pretenciosas e, bem, irritantes. Eu acho que a única altura que o livro se torna minimamente profundo e com algum conteúdo é no essay final que é escrito por Azalea.

Eu nunca entendi a referência a Apolo. Porquê usar Apolo como referência ao sol? Eu sei que ele é o deus grego que conduz a carroça do sol – eu sou uma enorme nerd de mitologia grega (cultura clássica, e especialmente a cultura grega, foram uma dos focos da minha carreira académica), mas usar esta referência o tempo todo como metáfora do sol? Talvez se Azalea tivesse mostrado algum interesse pela Cultura Grega fizesse algum sentido, mas como está escrito parece que caiu do céu (no pun intended), sem qualquer nexo.

Sinto que a escrita é um pouco inexperiente, precisando de muita edição, e usa quase sempre a mesma estrutura frásica e o mesmo vocabulário. Há muitas repetições, mas deixem-me explicar: sempre que as repetições aparecem, elas fazem sentido, o problema é a utilização constante da mesma expressão vezes sem conta. Eu acho que a autora devia ter pensado noutras expressões para usar, e assim criar diversidade. Havia blocos da narrativa que não tinham um fio que os unisse uns aos outros; eram apenas “pedaços” da vida que estavam colados uns aos outros aleatoriamente. A estória não tinha uma fluidez natural; estas “quebras” na narrativa, a meu ver, pareciam estranhas e eu acho que foram um aspecto negativo do livro.

Aparentemente, eu sou uma ovelha negra (segundo as reviews do Goodreads), porque sou incapaz de dar uma classificação boa a este livro.



quarta-feira, 26 de agosto de 2015

[Filme] Ant-Man, de Peyton Reed


Título Original: Ant-Man
Título em Português: Homem-Formiga
Realização: Peyton Reed
Argumento: Edgar Wright (screenplay), Joe Cornish (screenplay), Adam McKay (screenplay), Paul Rudd (screenplay), Edgar Wright (story), Joe Cornish (story), Stan Lee (comic book), Larry Lieber (comic book), Jack Kirby
Elenco Principal: Paul Rudd, Evangeline Lilly, Hayley Atwell
Ano: 2015 | Duração:117 min

Sinopse:
O cientista Hank Pym convence um ladrão chamado Scott Lang a trabalhar para ele, com o propósito de experimentar e defender a sua tecnologia de manipulação do tamanho dos seres vivos, criando assim o Homem-Formiga, uma criatura com uma super-capacidade de encolher fisicamente e ao mesmo tempo ficar muito mais forte, para combater os malfeitores do mundo.

Opinião da Carla:
Acho que já deu para entender o quão fã da Marvel eu sou, right? Dessa forma, não podia deixar passar o Ant-Man sem o ir ver ao cinema.

Um à parte: fui ver este filme ao Cinema City do Campo Pequeno, o filme estava numa das Salas Kids… nada contra isto, apenas contra as cadeiras que são super desconfortáveis. Demasiado hirtas, demasiado duras. Não consegui arranjar uma posição 100% confortável o filme todo. O que me valeu é que não tinha ninguém à minha volta e consegui, meia deitada para o lado, arranjar uma forma de ver o filme descansadita.

Agora voltando ao Ant-Man. Eu estava algo curiosa em relação a este filme por dois motivos principais: Paul Rudd (nunca o tinha visto num filme desde género) e… formigas. Não conheço os comics porque nunca os li (o filme deu-me vontade de, pelo menos, dar uma espreitadela) por isso não vou fazer qualquer tipo de referência a adaptação, porque não tenho conhecimento de causa. Esta crítica será feita inteiramente do posto de vista de espectadora de um filme.


Primeiro ponto que tenho a dizer sobre Ant-Man é que adorei as pequenas referências que foram fazendo a vários momentos da timeline dos Avengers, às suas personagens e até sobre aquilo que está por vir. Adorando a Agent Carter, foi um bombom incrível voltar a vê-la, algo que já envelhecida, como é natural.

O meu segundo ponto, bastante positivo, diga-se, é o facto de apesar de ser um filme Marvel, não parece um filme Marvel, o que torna o meu ponto anterior ainda mais importante na conjugação total do filme. Maior parte do tempo, este filme é um heist movie, ou seja, trata-se de um filme que tem como por base/tema o assalto profissional. O que, deixem-me que vos diga, é um dos temas que mais gosto de ver nos filmes. Tenho um fascínio – vá-se lá entender por quê. Ant-Man é um filme de introdução de mais uma personagem do arc Avengers e que virá a participar em mais filmes no futuro – o próximo sendo já o Captain America: Civil War. Este é um dos aspectos que mais gosto nos filmes da Marvel: a continuidade, e a aglomeração de toda a história.


Mas o facto de não o ter achado o típico filme Marvel de super-heróis foi, para mim, uma lufada de ar fresco. Ant-Man é muito mais do que um filme de super-heróis. É um filme de comédia, um filme de algum drama, mas também de acção. Os últimos filmes da Marvel caíram um pouco no mesmo esqueleto, sendo quase sempre o mesmo tipo de filme. Enquanto Ant-Man consegue sair do espectro do que é um filme Marvel normal, consegue ainda assim manter alguns aspectos e a banda sonora foi um deles: a música imiscuía-se com o filme de forma orgânica e natural, conseguia deixar a sua marca e, levemente, manter a mesma sonoridade que estamos habituados nos filmes da Marvel Studios. Para mim, um dos pontos que liga Ant-Man à timeline dos Avengers, em primeiro lugar, foi a banda sonora. Ainda assim, para mim, a mais valia deste filme foi mesmo o argumento: dialogos super interessantes, fortes e irónicos, divertido, emocional.

Mas antes de terminar tenho mais um ponto a referir. Apesar de ter dito até agora que Ant-Man conseguiu sair do “esqueleto” Marvel, neste momento vou-me contradizer um pouco. Depois de mais de metade do filme comecei a ter uma sensação de deja vu. Estava constantemente a sentir que já tinha visto aquele alinhamento algures. E lembrei: Iron Man. Um fato extraordinário que o vilão quer; faz pesquisas científicas para lá chegar, mas não consegue; finalmente arranja um fato que é “maior” que o do herói; ressentimento, por alguma razão. Sou a única que sentiu isso? Até os vilões são fisicamente parecidos.


Neste filme é preciso ainda fazer uma referência ao trabalho de câmara e ao trabalho de efeitos visuais. Confesso que alguns momentos, devido à velocidade da imagem, tornavam-se ligeiramente penosos aos olhos – mas não sei até que ponto isso não tem a ver com a sala e o lugar onde estava sentada – mas os efeitos estavam muito bem feitos e a cinematografia impecável. Mas, sejamos honestos, isto é algo que a Marvel já nos habituou.

E visto que esta crítica já vai longa, vou terminar com um pequeno resumo. Gostei imenso do filme, não posso dizer que seja o meu favorito, mas é possível que faça parte do top. Banda sonora muito bem feita; actores que conseguiram encarnar de forma brilhante as personagens e dar-lhe corpo e mente; mas o grande ponto forte é, sem dúvida, o argumento. E definitivamente, Paul Rudd criou um Scott Lang formidável, adorei-o, e é uma das razões pelas quais fiquei com vontade de espreitar os comics.





Opinião da Joana:
Mais um filme da Marvel. E este, como os Vingadores, não desiludiu. Com acção do início ao fim, pouco romance mas o suficiente, com aparições dos nossos queridos vingadores como Sam e Steve e com uma pequena aparição do Bucky na cena final (não é spoiler, filme da Marvel que preste tem sempre cena final!).

O nosso herói neste filme, como podem ter visto pelo trailer, não tem poderes, como a maior parte dos nossos Vingadores. É um ladrão que se quer redimir pelas melhores razões mas que volta a cair no erro do roubo e isso muda-lhe a vida.

Conhece o Dr. Hank Pym e acaba por aceitar trabalhar para ele e com ele, para se tornar no herói que a filha sempre achou que ele era.

Com piadas e diversão no meio da seriedade que o filme apresenta, temos um filme sobre protecção, não só do mundo mas daqueles que nos são queridos. Um filme muito mais próximo dos expectador. Com uma boa banda sonora, este filme mostra o valor individual de um super herói de tamanho reduzido.

Sem dúvida, um filme a rever!


domingo, 23 de agosto de 2015

[TAG] No País das Maravilhas


Fomos nomeadas pelo Ludgero (há já bastante tempo... Sorry!!) para respondermos à TAG "No País das Maravilhas", como podem reparar tem ligações à obra de Lewis Carroll, "Alice no País das Maravilhas". Temos que responder às questões, apenas com a regra de que não podemos repetir livros. Aqui vamos nós.

1 - Alice: Um livro que te fez cair num mundo completamente diferente.



Carla: Escolhi um livro que li recentemente e foi das melhores descobertas do ano. Prophecies Awakening (Legends of Marithia #1), de Peter Koevari. Uma escrita incrível que nos faz mergulhar num mundo fantástico/medieval onde Humanos, Elfos, Dragões e um monte de outras criaturas convivem no mesmo mundo. Podem ver a minha opinião deste livro aqui.
Joana: Também escolhi um livro que li recentemente e cuja colecção estou a gostar bastante: Sword of Darkness (Lords of Avalon #1), de Sherrilyn Kenyon (a escrever como Kinley Macgregor), é um livro que me levou para um mundo de cavaleiros, dragões, bruxas e feiticeiros, entre outros seres. Podem ler a crítica do livro aqui.

2 - Chapeleiro Louco: Um livro com um protagonista louco.


Carla: Esta foi, sem dúvida, a questão mais difícil de responder. Andei a remoer a minha memória (com ajuda do Goodreads) e O Perfume - História de um Assassino, de Patrick Süskind é o único título que me parece enquadrar nesta pergunta. Eu gostei imenso deste livro e fez-me imensa confusão lê-lo, devido à forma como me afectou. O rating que dei não faz muito jus ao mérito do livro, mas em parte deveu-se ao facto de que tive que parar de ler várias vezes porque ficava nauseada. Mas vendo as coisas com uma certa perspectiva, se tal aconteceu devia ser um ponto positivo e não negativo, uma vez que conseguiu por palavras pôr-me a sentir todos aqueles cheiros - os bons e os maus.
Joana: Como a Carla disse, foi a questão mais difícil de responder. O único livro cuja protagonista (e a história diga-se) se poderá enquandrar minimamente neste tópico é o No país das últimas coisas, do Paul Auster. Tive de ler este livro duas vezes (e se virem a minha estante do Goodreads verão que até tem três estrelas) mas se tivesse escolha provavelmente não o voltava a ler. Foi um livro forte, ainda que curto, mas que mexe um bocado com a nossa cabeça e a nossa percepção do mundo. Anna Blume é uma protagonista que, se não pode ser chamada de louca, então tem problemas mentais criados pelo próprio sítio onde vive e por tudo aquilo porque passa.

3 - Coelho Branco: Um livro que te atrasou a leitura.


Carla: Vou escolher The Catcher in the Rye, de J.D. Salinger. Estive com este livro entre mãos durante imenso tempo. Remoi e volei a remoer, não sabendo o que fazer porque não queria deixar o livro por terminar e também porque é considerado um clássico. Não consegui. Tive que desistir... possivelmente das leituras mais atrozes que tive que suportar. Podem ver a minha opinião deste livro aqui.
Joana: Half Bad: Entre o bem e o mal, de Sally Green. Comecei este livro o ano passado, pouco depois de o ter comprado. Tudo indicava que seria um livro que me prenderia do início ao fim...ao fim de dois capítulos pus o livro de lado. Ainda tentei pegar nele novamente no início do ano mas não resultou. Ainda tenho esperanças que consiga pegar nele novamente e que descubra o porquê de tanta gente gostar do livro.

4 - Gato: Um livro que te fez rir muito.


Carla: Seriously... I'm Kidding, de Ellen DeGeneres. Não sabia bem o que responder a esta até me lembrar que li os livros da Ellen. Não é que sejam a comédia em livro, mas deu para ter acesso à ironia e ao sarcasmo tipico da Ellen e tem muitas passagens divertidas e engraçadas. Estava indecisa qual deles era o mais divertido, uma vez que também já os li há uns aninhos, decidi colocar o mais recente.
Joana: Knight of Darkness, de Sherrilyn Kenyon (a escrever como Kinley Macgregor). Acabei este livro à muito pouco tempo e a ironia, sarcasmo e cumplicidade entre as personagens fez-me rir várias vezes.

5 - Lagarta Azul: Um livro que te fez refletir.


Carla: This Star Won't Go Out: The Life and Words of Esther Grace Earl. Conheci a Esther já depois de ela ter falecido e a quando da leitura do The Fault in Ous Stars. A partir desse momento decidi que gostaria de ler este livro assim que saísse. É uma míuda que nos seus tenros dezasseis anos nos mostra o pouco valor que damos à vida e às pequenas coisas. A felicidade está nas pequenas coisas, e que devemos dizer o quanto gostamos das pessoas que nos rodeam porque um dia pode ser tarde de mais. Apreciar a vida.
Joana: The Fault in Our Stars, de John Green. Acho que este livro dispensa grandes apresentações. Direi apenas que me fez chorar bastante e que nos faz dar um verdadeiro valor à vida que temos.

6 - Tweedledee e Tweedledum: dois livros que são parecidos.




Carla: Academia de Vampiros (Vampire Academy #1), de Richelle Mead e Marcada (House of Night #1), de P.C. Cast e Kristin Cast. É um ultraje fazer esta comparação porque adorei a saga Academia de Vampiros (excepto os dois últimos que me pareceram mais fracos) enquanto que a saga House of Night é terrível. Escritores que metem "(hehehe)" por parte de descrição de uma cena - mesmo que seja na primeira pessoa - não merecem a minha consideração. No entanto, têm muitas semelhanças no enredo: rapariga principal, escola, vampiros. Vamos dizer que A Casa da Noite é uma versão muito fraca de Academia de Vampiros.
Joana: Jardim de Alfazema e Amor Verdadeiro, de Jude Devraux. Dois livros que gostei muito. Dois livros da mesma autora. Dois livros de séries diferentes. Dois livros tão parecidos que mereceram até uma tabela de comparações na minha crítica aqui. Mas de qualquer maneira, recomendo os dois.

7 - Rainha de Copas: Um livro cujo o autor adora matar as personagens.


Carla: A minha resposta é... eu. haha Tenho um prazer especial em matar personagens e fazer as outras sofrer e a Joana que o diga. Sempre que começa a gostar de uma personagem pergunta-me sempre se tenho intenções de a vir a matar no futuro, como é costume. Mas visto que eu não sou uma autora publicada (nem autora não-publicada, sequer) escolhi Harry Potter and the Deathly Hallows, de J.K. Rowling porque não tenho lido muitos livros em que haja mortes e foi a primeira coisa que me veio à cabeça.
Joana: Não querendo repetir a autora que a Carla escolheu, que também foi a primeira em quem pensei, decidi olhar melhor para a minha estante e escolhi a Charlaine Harris. Quem leu a série do Sangue Fresco sabe do que falo.


Obrigada Ludgero pela nomeação. E vamos nomear todos aqueles que acharem piada a esta TAG e queiram responder :)