Título Original: Letter from an Unknown Woman
Título em Português: Carta de Uma Desconhecida
Realização: Max Ophüls
Argumento: Howard Koch (screenplay) e Stefan Zweig (livro)
Elenco Principal: Joan Fontaine, Louis Jourdan, Mady Christians
Ano: 1948 | Duração: 86 mins
Título em Português: Carta de Uma Desconhecida
Realização: Max Ophüls
Argumento: Howard Koch (screenplay) e Stefan Zweig (livro)
Elenco Principal: Joan Fontaine, Louis Jourdan, Mady Christians
Ano: 1948 | Duração: 86 mins
Sinopse:
Uma jovem austríaca apaixona-se pelo seu novo vizinho, um pianista de concerto. Mas, quando têm a oportunidade de estar juntos, as coisas não correm exactamente como ela desejava...
Opinião:
Tal como o livro de que foi adaptado este filme, vi-o no âmbito de uma cadeira da faculdade, que de outra forma não teria conhecimento da sua existência - com muita pena minha.
Temos aqui a adaptação do conto homónimo de Stefan Zweig (que podem ler a minha opinião aqui.) por mão de Max Ophüls, um realizador alemão. Alguns pormenores da história foram alterados, o que a meu ver foi bastante inteligente, po que deu outra dimensão ao filme. Sendo que ler uma carta (em meio escrito, diga-se) é fácil manter o anonimato e criar todo um ambiente interessante quando se lê a carta de uma mulher da qual não se sabe o nome, não se sabe a cor do cabelo, a cor dos olhos - não se sabe nada. Agora, passar isso para o meio do cinema - onde temos imagem e som - torna-se complicado e é preciso ter cuidado. Max Ophüls fê-lo com mestria, criando ainda mais algumas camadas interessantes à história.
No filme desde o primeiro momento temos o nome da personagem feminina - Lisa - e vemo-la, quebrando a barreira do anonimato da sua identidade para nós, espectadores, pondo-nos numa situação privilegiada em relação ao destinatário da carta, quando no conto de Zweig estamos tanto na ignorância como ele.
No entanto, confesso que gostei demasiado do conto para me conseguir despegar completamente da ideia principal da história de Zweig – em que me sentia no mesmo papel que o destinatário da carta, ele que viveu aqueles momentos estava tão ignorante em relação ao que lia como o leitor do conto, mas ao mesmo tempo gosto da ideia de Ophüls em que coloca o espectador, como já referi, com mais informação que as próprias personagens.
Resumindo, gostei bastante desta adaptação porque conseguiu criar em mim algumas espectativas que não tinham surgido com a leitura do conto.
Tal como o livro de que foi adaptado este filme, vi-o no âmbito de uma cadeira da faculdade, que de outra forma não teria conhecimento da sua existência - com muita pena minha.
Temos aqui a adaptação do conto homónimo de Stefan Zweig (que podem ler a minha opinião aqui.) por mão de Max Ophüls, um realizador alemão. Alguns pormenores da história foram alterados, o que a meu ver foi bastante inteligente, po que deu outra dimensão ao filme. Sendo que ler uma carta (em meio escrito, diga-se) é fácil manter o anonimato e criar todo um ambiente interessante quando se lê a carta de uma mulher da qual não se sabe o nome, não se sabe a cor do cabelo, a cor dos olhos - não se sabe nada. Agora, passar isso para o meio do cinema - onde temos imagem e som - torna-se complicado e é preciso ter cuidado. Max Ophüls fê-lo com mestria, criando ainda mais algumas camadas interessantes à história.
No filme desde o primeiro momento temos o nome da personagem feminina - Lisa - e vemo-la, quebrando a barreira do anonimato da sua identidade para nós, espectadores, pondo-nos numa situação privilegiada em relação ao destinatário da carta, quando no conto de Zweig estamos tanto na ignorância como ele.
No entanto, confesso que gostei demasiado do conto para me conseguir despegar completamente da ideia principal da história de Zweig – em que me sentia no mesmo papel que o destinatário da carta, ele que viveu aqueles momentos estava tão ignorante em relação ao que lia como o leitor do conto, mas ao mesmo tempo gosto da ideia de Ophüls em que coloca o espectador, como já referi, com mais informação que as próprias personagens.
Resumindo, gostei bastante desta adaptação porque conseguiu criar em mim algumas espectativas que não tinham surgido com a leitura do conto.