cro

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

[Livro] Glass Sword, de Victoria Aveyard

 Ler em Português      Read in English


Título em Português: --
Série: Red Queen #2
Autor(a): Victoria Aveyard
Editora: Harper Teen
Páginas: 444
Data de Publicação: 9 de Fevereiro 2016

buy the book from The Book Depository, free delivery
Sinopse:
If there’s one thing Mare Barrow knows, it’s that she’s different.
Mare Barrow’s blood is red—the colour of common folk—but her Silver ability, the power to control lightning, has turned her into a weapon that the royal court tries to control. The crown calls her an impossibility, a fake, but as she makes her escape from Maven, the prince—the friend—who betrayed her, Mare uncovers something startling: she is not the only one of her kind.
Pursued by Maven, now a vindictive king, Mare sets out to find and recruit other Red-and-Silver fighters to join in the struggle against her oppressors. But Mare finds herself on a deadly path, at risk of becoming exactly the kind of monster she is trying to defeat.
Will she shatter under the weight of the lives that are the cost of rebellion? Or have treachery and betrayal hardened her forever? The electrifying next instalment in the Red Queen series escalates the struggle between the growing rebel army and the blood-segregated world they’ve always known—and pits Mare against the darkness that has grown in her soul.

Opinião:
Li este livro no final de Agosto e devo dizer que, um mês depois, mal me lembro da história. Isso não é muito bom, pois não?

Glass Sword é continuação de A Rainha Vermelha e, apesar de ter gostado do primeiro e ter esperanças que este fosse ainda melhor, achei que ficou aquém das expectativas.

Tem bastante acção, sim, mas é diferente do tipo de acção a que temos acesso no primeiro livro. Aqui, são postas em causa lealdades, até daqueles em quem mais confiamos. Gostei da relação que se desenvolveu entre Mare e a sua família, e Mare e Cal, o príncipe prateado – ainda que este desenvolvido não tenha sido exactamente positivo entre as personagens. Apesar disso, Mare não consegue confiar em ninguém, o que acaba por, por vezes, irritar o leitor pois grande parte das vezes é possível, para não dizer fácil, perceber quem está do lado de Mare e quem está contra ela.

O livro acaba por se focar demasiado na Mare e a própria personagem vira-se demasiado sobre si mesma e faz dela própria o centro do mundo, não permitindo interpretações e impedindo o leitor de ver outra maneira (que não a dela) a perspectiva das outras personagens. A maior parte das vezes, Mare age mal e custou-me a perceber os sentimentos dela e a maneira como ela agia com Cal e o que ainda sentia por Maven, mesmo depois de ver o quão odioso e horrível o príncipe Maven era. E Cal acaba, como no livro anterior, por sofrer às mãos de Mare – aliás, todos sofrem às mãos dela, seja pelas suas ideias e pela maneira como ela as executa, seja pelo seu comportamento, que não é dos melhores. Lembro-me de ler uma opinião literária sobre o livro que dizia algo como “ gosto da personagem da Mare exactamente por não gosto dela como pessoa”, parafraseando (e peço desculpa por não por a referência de quem escreveu isto, mas já foi há algum tempo e não me recordo), e é um pouco isso. A personagem está bem-criada e é fiel a si mesma, é coerente, mas só isso é que está a favor dela. Eu, pessoalmente, não gosto dela.

Neste livro temos a apresentação de várias personagens novas, mais vermelhos que, como Mare e o seu irmão, têm poderes. São muitas personagens que aparecem rapidamente e gostaria que elas tivessem sido um pouco mais exploradas individualmente, mas percebo que dentro do período temporal que a autora criou isto pudesse ser um pouco difícil.

Tenho esperanças que o próximo livro seja melhor (a classificação deste livro foi descendo à medida que escreva a crítica e percebia o quão pouco acabei por verdadeiramente gostar deste livro) e, como este acabou num cliffhanger e manteve-me interessada o suficiente na história e algumas personagens, planeio continuar a série. Esperemos que em breve saia em português.

domingo, 25 de setembro de 2016

[Livro] Openly Straight, de Bill Konigsberg

 Ler em Português      Read in English


Título em Português: --
Série: Openly Straight #1
Autor(a): Bill Konigsberg
Editora: Arthur A. Levine Books
Páginas: 320
Data de Publicação: 28 de Maio de 2013

buy the book from The Book Depository, free delivery
Sinopse:
The award-winning novel about being out, being proud, and being ready for something else . . . now in paperback.

Rafe is a normal teenager from Boulder, Colorado. He plays soccer. He's won skiing prizes. He likes to write.

And, oh yeah, he's gay. He's been out since 8th grade, and he isn't teased, and he goes to other high schools and talks about tolerance and stuff. And while that's important, all Rafe really wants is to just be a regular guy. Not that GAY guy. To have it be a part of who he is, but not the headline, every single time.

So when he transfers to an all-boys' boarding school in New England, he decides to keep his sexuality a secret -- not so much going back in the closet as starting over with a clean slate. But then he sees a classmate break down. He meets a teacher who challenges him to write his story. And most of all, he falls in love with Ben . . . who doesn't even know that love is possible.

This witty, smart, coming-out-again story will appeal to gay and straight kids alike as they watch Rafe navigate feeling different, fitting in, and what it means to be himself.

Opinião:
Definitivamente Young Adult (e todos os seus subgéneros) passou a ser o meu género literário favorito. Ninguém é demasiado velho para ler YA! Openly Straight estava na minha TBR há já algum tempo, tal como tantos outros do género – subordinados ao tema LGBT, e não só. O título era sugestivo e até mesmo a sinopse me parecia bastante apelativa. No entanto, não sei o que estava exactamente à espera de Openly Straight.

A escrita de Bill Konigsberg é fluída, simples (sem estupidificar o leitor) e adequada ao género deste livro. Rafe é um jovem openly gay que está farto de ser o rapaz gay da cidade. Por isso, decide ir estudar para longe de cada e não fazer referência à sua orientação sexual e ser um rapaz normal. Ele não volta para o armário e idealmente ele nunca iria negar ou confirmar que era gay, até que a certa altura tudo se confunde e, mesmo sem dizer nada, todos partem do princípio que Rafe é hétero e ele acaba por entrar na onda. O problema está quando se apaixona pelo melhor amigo.

Pronto, em termos de enredo não vou fazer mais nenhuma referência, e mesmo assim já revelei bastante. Eu consigo compreender a perspectiva de Rafe. Para as outras pessoas, ser gay passou a ser a característica mais importante de Rafe. Ele apenas queria ser tratado normalmente. Sim, era gay, mas era um jovem como qualquer outro, mas na cidade dele ele era sempre o “rapaz gay”, a quem iam sempre fazer perguntas “gay” – se é que me entendem. Só que Rafe entende que ele não pode por de parte algo que, de facto, o define. Ele é gay, como a melhor amiga dele era hétero, mas isso não implica que tenha que ser trato de forma diferente. Ser gay, hétero, bi ou ace (ou qualquer uma das variantes intermédias) é tão natural como ser loiro, moreno ou ter olhos azuis ou castanhos.

Concluindo, eu gostei imenso deste livro. É leve (apesar de tocar em algumas aspectos que poderiam ser mais complicados de lidar); é divertido; de certa forma, tem uma mensagem a passar; e está bem escrito. E decididamente irei ler o livro seguinte, porque gostei imenso de Ben e quero ler mais sobre ele.


quinta-feira, 22 de setembro de 2016

[Read-Along] Cress, de Marissa Meyer

 Ler em Português      Read in English


Título em Português: Cress
Série: The Lunar Chronicles #3
Autor(a): Marissa Meyer
Editora: Planeta
Páginas: 504
Data de Publicação: 4 de Março de 2015

buy the book from The Book Depository, free delivery
Sinopse:
Este não é o conto de fadas de que se lembra. Mas é o que não se vai esquecer.
Neste terceiro livro de Marissa Meyer, Cinder e o capitão Thorne estão escondidos com Scarlet e Wolf. Juntos, conspiram para derrubar a rainha Levana e impedir o seu exército de invadir a Terra. A sua melhor esperança é Cress, uma jovem presa num satélite desde a infância e que apenas tem os netscreens como companhia. Todo este tempo passado a olhar para os ecrãs fez dela uma excelente hacker. Mas infelizmente, é obrigada a trabalhar para a rainha Levana, e recebeu ordens para localizar Cinder e o seu bonito cúmplice. Quando o ousado resgate de Cress corre mal, o grupo desmembra-se. Cress obtém por fim a liberdade, mas com um preço mais elevado do que jamais pensou. Entretanto, a rainha Levana não vai deixar nada impedir o seu casamento com o imperador Kai. Cress, Scarlet, e Cinder podem não ter sido designadas para salvar o mundo, mas são a única esperança do mundo.

Opinião:
Um ano depois de lermos o Scarlet, eis que lemos o Cress. A primeira coisa que temos a apontar é que gostámos muito mais deste livro que dos anteriores, pelas razões que vamos enumerar em seguida.

Cress foi a personagem favorita de toda a série, até agora, principalmente para a Carla pois ela adora a Rapunzel. E o que mais gostámos nela foi que, apesar de muito ingénua e algo sonhadora e infantil, Cress tem uma força extraordinária dentro dela, que a ajudou a sobreviver durante todos os anos que ela viveu presa num satélite. Facilmente poderia ter sucumbido a tudo o que lhe acontecia de mau, mas não, ela continua a ver o mundo à sua maneira, usando esses mesmos problemas como combustível para continuar e se tornar melhor. Apesar de ver a Terra e o que nela acontece como uma espectadora, acaba por se embrenhar na vida daqueles que observa com um entusiasmo que contamina o leitor.

Quanto às outras personagens que já conhecíamos, achamos que melhoraram e a Carla, especialmente com a parte final, passou a gostar mais da Cinder e do Kai do que gostava inicialmente. Temos de falar obrigatoriamente do Capitão Carswell Thorne, que aqui corria o risco de se tornar num cliché (o bad boy que afinal fazias as coisas por coração), mas a autora soube manter coerência com a personagem e apesar de ter um cheirinho deste tipo de personagem, manteve-se fiel ao que já nos tinha sido apresentado em Scarlet. É uma personagem complexa, pois as razões que apresenta para agir como age, não são aquelas que o leitor mais fácil de manipular pode imaginar, muito como a Cress acha que o Thorne faz tudo por um bem maior, e depois se vê que não é bem assim. Apesar disso, ele não é a “má pessoa” que ele pensa ser, ou seja, a Cress não está completamente enganada naquilo que vê de bom nele. Esta é uma das melhores ligações entre estas personagens e Rapunzel e Flynn Rider, que no fundo são a base mais moderna (e versão Disney) do “conto de fadas” de Cress e Thorne.

Como já estávamos habituadas pelos livros anteriores, a autora conseguiu fazer a ligação entre o conto original da Rapunzel com facilidade, dando pequenas pistas mas mantendo-se separada o suficiente de modo a que o livro seja uma estória independente.

Apesar de este ser o livro da Cress, não nos podemos esquecer de Cinder e da sua estória que aqui não é exactamente secundária, mas é o que liga todos os livros entre si. E neste livro aprendemos bastante de tudo o que se está a passar na Terra e em Luna, e os planos malvados da Rainha Levana. A Scarlet passa um mau bocado, o que leva a que o Wolf reaja mal e por vezes ponha a dinâmica da equipa em risco. Mais um percalço que a Cinder tem que lidar para conseguir evitar não só que Kai se case com Levana (o que só por si já é difícil e terrível para todo o planeta Terra) como destronar Levana do trono de Luna e libertar os Lunares da sua tirania.

A escrita continua no mesmo nível que os anteriores, o que é um ponto positivo. Era um livro maior, mas que se leu com muito mais rapidez que os anteriores, porque éramos “sugados” (no bom sentido) para dentro da estória e queríamos sempre ler mais e saber o que vinha a seguir. Manteve-nos interessadas o tempo todo, com bastante mais acção e aventura que os livros anteriores.

O final do livro deixa-nos a querer mais e estamos ansiosas pela publicação de Winter, pois queremos saber o que vai acontecer a seguir com todas as personagens que agora se tornaram tão queridas para nós. A não esquecer que, apesar do Fairest ser considerado #3.5 na colecção, foi publicado como livro lá fora, por isso esperamos que não nos deixem “penduradas” sem a publicação deste livro. Estamos impacientes por ler o resto desta colecção, por isso pedimos à editora Planeta que os publique o mais depressa possível!





Glitches (The Lunar Chronicles #0.5) (Carla)
Cinder (The Lunar Chronicles #1) (Carla e Joana)
The Queen’s Army (The Lunar Chronicles #1.5) (Carla)
Scarlet (The Lunar Chronicles #2) (Carla e Joana)

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

[Livro] Um Caso Tipicamente Inglês, de Elizabeth Edmondson

 Ler em Português      Read in English


Título em Português: Um Caso Tipicamente Inglês
Série: A Very English Mystery #1
Autor(a): Elizabeth Edmondson
Editora: Edições Asa
Páginas: 368
Data de Publicação: 26 de Janeiro de 2016

buy the book from The Book Depository, free delivery
Sinopse:
Numa encantadora vila rural inglesa, o Castelo de Selchester definha. A II Guerra Mundial terminou há pouco, e nos imponentes salões restam apenas os ecos de glórias passadas. É um destino pouco apetecível para Hugo Hawksworth, oficial dos Serviços Secretos a quem é confiada a missão de organizar os arquivos do castelo. O jovem chega acompanhado pela irmã mais nova, Georgia, por quem é responsável desde a morte dos pais. Ambos antecipam uma estadia entediante e desconfortável. Estão enganados. A vida no campo é uma surpresa. Rodeados de aristocratas altivos e grandiosas mansões, empregados excêntricos e vizinhos indiscretos, os irmãos sentem que mergulharam noutra era. Mas rapidamente se deparam com segredos, intrigas familiares, uma ou outra traição e... o esqueleto do Conde de Selchester, cujo desaparecimento numa noite de tempestade permanecia envolto em mistério. A polícia encerra o caso sem grandes demoras. Hugo, no entanto, não se deixa convencer. Com a ajuda de Freya Wryton, a tentadora sobrinha do conde, lança-se numa investigação cujas sombrias implicações irão agitar todos os que o rodeiam.
Com a elegância de Downton Abbey e a astúcia de Agatha Christie, Um Caso Tipicamente Inglês é o primeiro volume da Série Selchester e marca o regresso à escrita de Elizabeth Edmondson, uma das escritoras mais queridas dos leitores portugueses.

Opinião:
Este livro custou um pouco a ler. A classificação final do livro é capaz de reflectir um pouco que não estava com muita cabeça para mistérios quando o li.

Um Caso Tipicamente Inglês é um mistério tipicamente inglês. Quero com isto dizer que me faz lembrar os mistérios da Agatha Christie e o cenário do livro está tão bem conseguido com as descrições da vila inglesa que por momentos nos perdemos no local onde realmente estamos.

A melhor parte do livro é mesmo o mistério, que está muito bem construído. É fácil ir acompanhando o que se passa e ir tirando conclusões que vão (ou não) sendo confirmadas à medida que Hugo Hawksworth descobre mais sobre cada um dos ocupantes do castelo e da vila de Selchester.

Apesar disso, devo admitir que o livro me aborreceu. Parecia que não avançava, mesmo tendo novas pistas de interesse para a história. Faltou interesse e entusiamo e a escrita não ajudou muito. As personagens também foram um pouco aborrecidas, sendo as melhores Freya e Georgia, a irmã de Hugo. Faltou um pouco de profundidade e, sei que me estou a repetir, mas queria mais entusiasmo, mais vivacidade.

Talvez com o segundo livro da série isso aconteça pois a sinopse parece ser bastante mais interessante. Quem sabe se não o irei ler.