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domingo, 4 de setembro de 2016

[Livro ] A Maldição do Vencedor, de Marie Rutkoski

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Título em Português: A Maldição do Vencedor
Série: The Winner's Trilogy #1
Autor(a): Marie Rutkoski
Editora: Topseller
Páginas: 320
Data de Publicação: 18 de Julho de 2016

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Sinopse:
Kestrel, jovem filha do poderoso general de Valoria, tem apenas duas opções: alistar-se no exército ou casar-se. Ela tem, no entanto, outras aspirações e procura libertar-se do seu destino, rebelando-se contra o pai.Num passeio clandestino pela cidade, Kestrel vai parar a um leilão de escravos, onde se depara com um jovem, Arin, que parece querer desafiar o mundo inteiro sozinho. Num impulso, ela acaba por comprá-lo — por um preço tão alto, que a torna alvo de mexericos na sociedade.
Arin pertence ao povo de Herrani, conquistado dez anos antes pelos Valorianos. Além de ser um ferreiro exímio, revela-se também um cantor extraordinário, despertando a curiosidade de Kestrel. Arin, contudo, tem um segredo, e Kestrel não tardará a descobrir que o preço que pagou por ele poderá custar muito mais do que aquilo que alguma vez imaginara.


Opinião:
Começo por dizer que gosto bastante da capa deste livro, e que a portuguesa, ainda que muito semelhante à original, me parece mais bem mais bonita. Contudo, pelo menos que eu tenha reparado, não tem nada a ver com o livro.

As distopias ganharam fulgor nos últimos anos e, para ser muito sincera, não são o meu género favorito de livro. Mas eu devo ser um pouco masoquista porque continuo a lê-las. E aviso já que pretendo continuar a série.

A Maldição do Vencedor tem este título pois refere-se a esta mesma expressão, significando que, num leilão, se pagou muito mais por uma peça (neste caso uma pessoa) do que o valor que ela supostamente tem, ou seja, consegue-se comprar mais o preço pode ser demasiado alto.

E é o que aqui acontece: Kestrel compra Arin por um preço muito elevado e que levanta mexericos por toda a cidade. Arin é um Herrani, e ela uma Valoriana. Enquanto que os primeiros são um povo culto, os segundos são vistos mais como um povo bruto – chega mesmo a ser feita a comparação (ou será que só eu é que a fiz na minha cabeça?) entre os gregos e os romanos, estes últimos que gostavam especialmente de ter escravos gregos (muitas vezes como despojos de guerra, como acontece no livro) como tutores dos seus filhos, pois estes dedicavam mais tempo à sua história e cultura. Kestrel acaba por comprar Arin pois este é descrito como sendo um cantor, e Kestrel adora música, passando grande parte do seu tempo a tocar piano.

A história começa a desenvolver-se após a compra de Arin e a sua chegada a casa de Kestrel, onde ela o trata mais como amigo que como escravo, algo que ele não esperava. Ele, por seu lado, começa a sentir-se um pouco como o seu protector contra os tempos que se avizinham (que eu não vou desenvolver para não estragar a história). De amizade passa a haver algum romance, mas este não é, de todo, o ponto fulcral da história, mas antes algo que tem importância mas não é essencial.

Gostei bastante de Kestrel (apesar de ela ser um bocado uma menina mimada) e de Arin, apesar de me apetecer por vezes dar uma chapada a este último. Kestrel é forte, apesar daquilo que aparenta e tenho pena que ela não se expresse mais no livro, parece um pouco apagada para a grande personagem que podia ser, e que apenas aparece em grande no final do livro. Arin é uma personagem muito dual e complicada que transmite sentimentos contraditórios ao longo de todo o livro e, apesar de percebemos o porquê, torna-se um pouco irritante. Novamente, no fim é que a personagem me pareceu um pouco melhor- não as suas acções, mas antes a sua construção.

Correndo o risco de não falar muito sobre a história propriamente dita, não vou desenvolver muito mais pois acho que se o fizer, qualquer interesse que possam ter no livro desaparece. Acrescento apenas que lida com temas como a liberdade, a confiança, compaixão e misericórdia, escolhas difíceis e valores familiares.

Apesar de tudo, é um livro a que faltou algo, um ponto mais interessante que puxasse mais o leitor, mas ainda assim manteve-me interessada o suficiente para querer ler o próximo livro, até porque acho que será melhor que este.

2 comentários:

  1. Olá, tudo bem? :)
    Concordei contigo e fico feliz por encontrar alguém que me entenda. O livro é bom mas esperava mais. Talvez as minhas expectativas estivessem muito altas, mas no final não consegui sentir-e completamente satisfeita. A história é interessante mas parecia que conseguia prever tudo e odeio quando isso acontece... No entanto, também pretendo continuar, para ver onde isto vai dar :P
    Beijinhos
    www.fofocas-literarias.blogspot.pt

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    Respostas
    1. Olá Jéssica! :)
      é mesmo o que dizes, parece que não nos encheu as medidas, não foi? isto de se criar um boom dos livros acaba por nos elevar tanto as expectativas que às vezes não resulta muito bem :( Pode ser que o próximo seja melhor! Quando o leres gostava de saber a tua opinião, por isso não te esqueças de passar por aqui ;)

      Beijinhos :)

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