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domingo, 29 de novembro de 2015

[Série] Jessica Jones | Temporada 1


Título Original: Jessica Jones
Criado por: Melissa Rosenberg
Baseado em: Jessica Jones de Brian Michael Bendis e Michael Gaydos
Elenco: Krysten Ritter, Mike Colter, Rachael Taylor,Wil Traval, Erin Moriarty, Eka Darville, Carrie-Anne Moss, David Tennant
Banda Sonora: Sean Callery
Género: Acção, Drama, Neo-noir, Superhero, Thriller psicológico
Canal: Netflix | Ano: 2015 -
Temporada: 1 | Episódios: 13

Sinopse:
Following a tragic end to her brief superhero career, Jessica Jones tries to rebuild her life as a private investigator, dealing with cases involving people with remarkable abilities in New York City

Opinião:
Jessica Jones é a mais recente série da Netflix em parceria com a Marvel. Mais uma a juntar-se a Daredevil no caminho para Defender. Jessica Jones não é uma série de super-heróis, mas sim uma série de uma mulher que tenta refazer a sua vida depois de tentar ser uma heroína.

Jessica Jones tem uma produção semelhante a Daredevil, mas em nada se parece com esta série. O tom de Jessica Jones é bastante diferente e a própria narrativa também o é. Tem vários hints não só a Daredevil, mas também a todo o Marvel Cinematic Universe, fazendo com que aparente separação da série com o resto é afinal apenas ilusória.

Em Jessica Jones temos uma série muito ao estilo de um filme de detectives e, por esse motivo, tem reminiscências dos film noirs, tanto na sua montagem como na própria banda sonora. Jessica Jones é, acima de tudo, uma mulher que quer refazer a sua vida. Tentou ser uma heroína, mas não resultou, porém não consegue virar costas e não usar o seu poder para ajudar os outros.

A série começou com um ritmo bastante lento. Confesso que pensei em não terminar a série, porque não estava a cativar-me o suficiente, mas a meio começou a melhorar, terminando, no entanto, com um final pouco satisfatório.

Na minha opinião, pelo menos esta temporada, serve apenas para assegurar o fio condutor para as próximas séries da Netflix, tal como Luke Cage, ainda a possibilidade do Iron Fist e culminando em Defenders.


Falando das personagens… Achei Jessica Jones bastante interessante. Gostei do sarcasmo, gostei do lado negro dela, mas ao mesmo tempo do lado que se importava e, mesmo que não o dissesse, o amor por aqueles que lhe eram importantes. Luke Cage foi uma boa personagem e estou bastante curiosa para o ver na sua própria série, um pouco dividida entre o facto de saber que nos comics Jessica e Luke são casados, mas que Claire Temple (lembram-se da enfermeira de Daredevil? Essa mesmo.) é também um interesse romântico desta personagem masculina; nem sei qual gostaria mais de o ver com ele. Gostei tanto da Trish Walker! Ela é possivelmente a personagem que mais quero ver numa próxima temporada (ou aparecendo numa outra série), pois achei que tem bastante potencial para ser ainda mais interessante e badass.



Agora… Kilgrave. Oh meu deus! O que direi sobre esta personagem? Primeiro que tudo é interpretada por David Tennant e quem me conhece sabe que gosto imenso deste actor, não apenas por Doctor Who, mas ele é, definitivamente, o meu Doctor favorito. Ele esteve fenomenal neste papel. Kilgrave foi, para mim, como um evil twin do Doctor, mas um evil twin super creepy com uma pitadinha de sexyness. A forma como Tennant deu vida a esta personagem é incrível. Aparentemente Kilgrave é bastante sedutor e cativante (mesmo sem o seu poder), mas ele é o epíteto de um ex-namorado obsessivo e abusador (do seu próprio poder e não só) e de um violador (quer seja física ou mentalmente). A intensidade natural e incrivelmente assustadora com que Tennant o faz é abismal. No entanto, achei o seu final tão decepcionante.

No fundo, foi isso que aconteceu com esta série. Não é má, mas também não chega aos pés de Daredevil. Interessante o suficiente para se ver até ao final, mas sem grande alarido e entusiasmo. Desiludiu-me um pouco. Esperava mais. Ainda assim, irei continuar a seguir as séries da Marvel-Netflix e, caso seja confirmada uma segunda temporada, irei também assistir.


AINDA NÃO HÁ CONFIRMAÇÃO DA 2ª TEMPORADA DE JESSICA JONES.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

[Livro] A noiva do marquês, de Tessa Dare


Título Original: Say Yes to the Marquess
Título em Português: A noiva do marquês
Série: Castles Ever After #2
Autor(a): Tessa Dare
Editora: Topseller
Páginas: 304
Data de Publicação: 12 de Outubro de 2015

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Sinopse:
Ela tinha tudo o que uma donzela da sua posição podia querer: era linda e estava noiva do solteiro mais cobiçado da cidade. Um longo e desesperante noivado, porém, levou-a a querer romper o compromisso e a tomar as rédeas da sua vida. Clio Whitmore está noiva do Marquês de Granville há oito anos, mas ele está sempre ausente no estrangeiro, levando-a ao desespero por não se sentir desejada. Quando Clio herda um castelo que lhe proporciona independência financeira, decide romper o noivado e iniciar uma nova vida. Para tal, ela terá de convencer Rafe, irmão e procurador do Marquês, a aceitar o fim do noivado. Mas Rafe tem planos para a fazer mudar de ideias, organizando-lhe um casamento de sonho... Ele começa com flores. Um casamento nunca tem flores suficientes... Ele diz-lhe que ela dará uma belíssima noiva… e tenta não imaginá-la como sua. Como conseguirá Rafe convencer Clio a casar-se sem se deixar vencer pelos sentimentos que crescem dentro dele, e que são a cada dia mais fortes? Ele não irá apaixonar-se pela única mulher que nunca poderá beijar nem dizer ser sua. Ou irá?

Opinião:
Gostei deste livro. É um bom início de crítica, não acham?

Começo por dizer que neste livro temos um protagonista que é pugilista – algo que pessoalmente não gosto (mas que aqui até atraiu, em parte).

Clio, a nossa protagonista está farta de esperar…farta de esperar por alguém que não quer e, tão importante como isso, está farta de esperar por alguém que também não a quer. E para isso tem de falar com Rafe, o irmão do Marquês de Granville, e o nosso pugilista.

Rafe é bruto no sentido de não ser algo polido, é alguém que passou por muito e que virou-se para o boxe para sobreviver – apesar de ser nobreza. E ele sempre se manteve afastado de Clio… porque não é suposto gostarmos das noivas dos nossos irmãos, certo?

Quando Clio fala com ele para anular os papéis de compromisso entre ela e o Marquês, Rafe recusa-se, porque não quer esse peso nos seus ombros – quem quereria decidir pelo irmão que está no estrangeiro num assunto destes?

Clio, apesar de tudo vai dar o seu melhor para cancelar o compromisso, enquanto que Rafe compromete-se em fazê-la apaixonar-se pela ideia de casar com o seu irmão. Mas apercebemo-nos que Clio não quer a cerimónia que a maior parte das mulheres da Inglaterra do século XIX queria, ela quer ter poder de escolha e decisão – e quando herda o castelo, todas as portas que permitiam isso acontecer abrem-se à sua disposição.

Durante todo o livro vemos Rafe a tentar lutar contra os seus sentimentos e as suas visões de Clio como noiva, como sua noiva, num casamento consigo e não com o irmão. Mas uma jovem como ela, segundo ele, não ficaria bem com um homem que estava tão afastado (e quase desprezado) da sociedade londrina.

Depois de ler um livro que era cheio de clichés e personagens-tipo, reforço a minha crença nestes livros – um romance histórico (maioritariamente) dá-nos um final que já esperamos (e que ficamos chateados/desapontados se não acontecer), mas isso não quer dizer que não se possa escrever um bom livro.

Aqui, as personagens têm história, profundidade, criam interesse no leitor, nós queremos saber o que vai acontecer, torcemos para que no fim as coisas se resolvam! E assim é um bom livro. Já tinha gostado do anterior, ainda gostei mais deste. Quando o próximo sair, não demorarei a lê-lo.

• Romance com o Duque (Castles Ever After #1) (Joana)



quinta-feira, 26 de novembro de 2015

[Cinder] Qual o mais delicioso?

Hoje iniciamos uma nova rubrica aqui no blog. Chama-se Qual o mais delicioso? e vamos debater qual a capa/poster de livros, filmes e outras comparações afins de que mais gostámos e o porquê.   


Capa mais deliciosa:
A capa favorita da Joana é a original (direita), enquanto que a Carla tem sentimentos contraditórios em relação a ambas.

Porquê?
Carla: Concordo com o que a Joana vai referir no que toca a quase tudo. No entanto, continuo sem conseguir escolher uma capa favorita, porque qualquer uma delas tem coisas positivas. Na nossa capa gosto das cores, da "meninice" (que se perde no segundo livro), porém acho que a capa original consegue retratar melhor a estória do livro. Mostra o lado mecânico, o lado de conto de fadas (apesar que os sapatos vermelhos lembram-me a Dorothy do Feiticeiro de Oz), mas também o lado mais negro (que nos leva à Queen Beryl da Sailor Moon). E o tipo de letra favorito é, sem dúvida, o da capa original. O nosso C parece-me um E gigante.

Joana: Gosto muito mais do facto da capa original mostrar que a Cinder é cyborg (algo que sabemos logo pela sinopse do livro), enquanto que a nossa capa mostra cores mais inocentes e conta pouco sobre a nossa personagem principal. Gosto imenso do contraste das cores entre o vermelho, o branco e o azul escuro quase preto, que me faz lembrar o céu nocturno com a lua a brilhar. O tipo de letra é muito mais bonito tanto no título como no nome da autora. Resumindo, a nossa capa é bonita, mas não tanto como a original.

E vocês, qual a vossa favorita?

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

[Filme] Star Wars: Episode II - The Attack of the Clones, de George Lucas


Título Original: Star Wars: Episode II - The Attack of the Clones
Título em Português: Star Wars: Episódio II - O Ataque dos Clones
Realização: George Lucas
Argumento: George Lucas e Jonathan Hales
Elenco Principal: Hayden Christensen, Natalie Portman, Ewan McGregorn
Ano: 2002 | Duração: 146 mins

Sinopse:
Após a tentativa de homicídio da Senadora do planeta Naboo, Padme Amidala, Obi-Wan Kenobi e Anakin Skywalker irão investigar o que sucedeu. No decorrer das investigações, Obi-Wan descobre que há uma ligação entre o atentado e o movimento separatista contra a República, liderado por um ex-jedi. À beira de uma guerra civil, a solução encontrada para a defesa da República Galáctica é a constituição de um exército de clones... Mais um episódio da saga Star Wars, desta vez com um ambiente mais negro, mas com algum romance à mistura...

Opinião:
Tendo em conta que gostei tanto da trilogia original de Star Wars, confesso que tinha algumas espectativas em relação a esta prequela que não estão a ser atingidas. Achei que tinham todo um Universo (pun inteded) que podiam explorar e ter ainda o beneficio da tecnologia que está muito mais desenvolvida que na década de 70.

Para o Star Was: Episode II – The Attack of Clones tinha alguns pormenores com os quais estava curiosa: ver finalmente o Anakin sem ser um puto; ver a relação com a Queen Amidala; e ver os acontecimentos que levam ao derrube da República e a instauração do Império (trocadilho de palavras interessante).

Em relação ao romance: o Anakin é a coisa mais awkward, arrogante e pretensiosa de sempre e não sei como é possível ter esses atributos todos ao mesmo tempo, mas Hayden consegue conjugar tudo isso em Anakin de forma perfeita. Estive todo o filme com um mixed feeling, porque estava a gostar imenso dele, mas ao mesmo tempo metia-me tantos nervos que me apetecia dar-lhe um par de estalos. (Bem que podias tentar, não ias era chegar a lado nenhum!). A relação com Padmé foi super estranha. Nota-se a tensão entre os dois, mas chega a ser desconcertante algumas vezes. Atroz, atrever-me-ia a dizer. Mas vamos pensar no assunto: Darth Vader nunca seria uma bolinha de algodão doce super querida para a sua amada, e é isso que me deixa surpreendentemente agradada com o trabalho de representação tanto de Natalie Portman como de Hayden Christensen.

Este foi, sem dúvida, até ao momento, o filme mais fraco da saga. Pouco enredo, demasiados pormenores a acontecerem que depois são pouco explorados – demasiadas linhas de acontecimentos. Às vezes é preferível ter menos coisas, mas explorá-las bem, do que atirar um monte de informação que depois se vai perdendo no tempo e no espaço. The Attack of the Clones foi, resumidamente, aborrecido. Recurso a CGI em demasia, tornando o filme visualmente muito falso, no entanto, eu entendo que seja necessário, mas se não têm capacidade de o tornar minimamente natural é preferível que façam coisas mais “modestas”. Na trilogia original foram arrojados, tinham menos tecnologia e conseguiram fazer as coisas bem mais naturais (mesmo que grande parte dos efeitos, às vezes, pareciam a coisa mais ridícula de sempre).

Fiquei desiludida porque achei que poderia ter sido tão melhor do que foi. E agora resta-me ver o filme que termina esta prequela e dar assim por terminada a minha viagem pelo mundo Star Wars, enquanto espero pela estreia do novo filme!


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

[Livro] Trono de Vidro, de Sarah J. Maas


Título Original: Throne of Glass
Título em Português: Trono de Vidro
Série: Throne of Glass #1
Autor(a): Sarah J. Maas
Editora: Marcador
Páginas: 400
Data de Publicação: 16 de Setembro de 2015

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Sinopse:
Numa terra em que a magia foi banida e em que o rei governa com mão de ferro, uma assassina é chamada ao castelo. Ela vai, não para matar o rei, mas para conquistara sua própria liberdade. Se derrotar os vinte e três oponentes em competição, será libertada da prisão para servir a Coroa com o estatuto de campeão do rei - o assassino do rei. O seu nome é Celaena Sardothien. O príncipe herdeiro vai provocá-la. O capitão da Guarda vai protegê-la. Mas um halo maléfico vagueia no castelo de vidro - e está lá para matar. Quando os seus concorrentes começam a morrer um a um, a luta de Celaena pela liberdade torna-se numa luta pela sobrevivência e numa jornada inesperada para expor um mal antes de que este destrua o seu mundo.

Opinião:
Já tinha ouvido falar muito sobre este livro e, ainda antes de o comprar e decidir que seria um livro que não deixaria passar, li o A Court of Thorns and Roses , da mesma autora.

Trono de Vidro não decepcionou. Talvez não tenha sido a melhor das ideias lê-lo logo a seguir ao A Rainha Vermelha , porque os dois livros são bastante semelhantes: têm personagens principais femininas que são diferentes de todas as outras personagens, com triângulos amorosos e revoluções (ou algo semelhante) a querer acontecer.

Mas gostei mais deste que d’ A Rainha Vermelha. Porquê? Talvez porque não tem tantas semelhanças com o Jogos da Fome ou talvez porque gostei mais da personagem principal, ou das duas personagens masculinas… Será a única comparação a fazer durante esta crítica: enquanto que n’A Rainha Vermelha é fácil perceber que dos dois rapazes que disputam a atenção de Mare, a protagonista, um deles não é coisa boa (apesar de nos poder fazer duvidar), aqui nós gostamos de Dorian e de Chaol, é difícil saber por quem torcer!! (ok, eu tenho um favorito, mas não vou dizer para não influenciar ninguém :p )

Voltando à parte que mais interessa, a crítica. Celaena Sardothien é a assassina de Adarlan – e é bastante jovem. É uma “miúda” forte, arrogante, de nariz empinado, que sabe o que quer e que não deixará nada nem ninguém impedi-la de chegar ao seu destino.

Celaena preza, acima de tudo, a sua liberdade. Foi presa nas minas de sal e o príncipe herdeiro, Dorian, vai buscá-la para ser sua campeã contra outros campeões escolhidos por nobres da corte do seu pai, em troca da sua liberdade. Há um passado entre Celaena e o rei e isso acaba por mexer um pouco com ela.

Depois de algum tempo nas minas de sal, Celaena está desnutrida, e as suas competências físicas estão algo fracas por isso Dorian atribui-lhe o seu chefe da guarda como seu treinador, protector e como um dos homens que deve impedi-la de tentar matar alguém ou de tentar fugir – este homem chama-se Chaol.

Celaena, apesar de ser brutal e mortífera, tem reacções muito femininas e por vezes de muita meninice (que podem parecer algo desenquadradas), mas acaba por se tornar tudo bastante credível devido à escrita da autora.

Tem magia e fantasia à mistura, com amizades fortes e lendas, com lutas e poder a influenciar o destino desta história. Gostei de todas as personagens, são complexas e interessantes, e a escrita de Sarah J. Maas é bastante atraente, puxa-nos para o interior da história.

Só tenho a dizer que mal posso esperar que saia o próximo livro – algo que a Marcador me indicou que acontecerá no segundo semestre de 2016 (falta tanto!).


domingo, 22 de novembro de 2015

[Livro] Just Breathe - Apenas respira, de Sílvia Rodrigues Pais


Título Original: Just Breathe - Apenas respira
Título em Português: --
Série: --
Autor(a): Sílvia Rodrigues Pais
Editora: Chiado Editora
Páginas: 638
Data de Publicação: Julho de 2015

Sinopse:
Emily Miller, uma rapariga doce, deixa família e amigos em Los Angeles e vai estudar para a Universidade de Yale. Conhece Liam Price, o típico bad boy dos tempos modernos, que vira a sua vida do avesso, obrigando-a a enfrentar os seus medos e a desenterrar fantasmas do passado. Nova cidade, novos amigos, novas aventuras e novos amores se avizinham. Esta é uma história de luta contra demónios, de conflitos interiores, de vinganças, vitórias e derrotas.Conseguirá Emilyfinalmente ser feliz?

“Nada. Não sinto nada. Nem borboletas no estômago, nem arrepios, nada. Não senti nada tal como das outras vezes. Estou danificada. Não importa quantos rapazes eu beije, nunca vou sentir nada. Ele acabou comigo de vez. Ele tirou tudo de mim.” – Emily Miller
~ Recebemos este livro directamente da autora em troca de uma review honesta ~

Lemos este livro ao mesmo tempo e por isso decidimos fazer esta crítica em conjunto, dado que a nossa opinião foi muito semelhante.

Opinião:
Esta vai ser uma crítica muito complicada de escrever. Já dissemos isso noutras críticas, mas neste caso será no sentido oposto. E vai ser incrivelmente longa. Preparem-se.

Só terminámos o livro porque nos foi enviado pela autora em troca de uma crítica honesta e achámos que deveríamos dar o benefício da dúvida até ao final. E é isso que estamos aqui a fazer: escrever uma crítica honesta.

Este livro não funcionou para nós em nenhum aspecto. A estória é a coisa mais banal que possa existir, não tem qualquer tipo de originalidade. E isso até não tinha que ser um ponto negativo, se as personagens se tivessem tornado interessantes e tivessem algo decente para contar – o que não acontece. Todas as personagens são flat, sem qualquer tipo de profundidade, e o mais cliché que há: a miúda a quem aconteceu algo no passado; o melhor amigo gay; a nova amiga que é muito menininha e casamenteira; e o rapaz que não suporta, mas que se torna no seu grande amor.

Não conseguimos criar qualquer tipo de ligação com nenhuma das personagens. Não houve uma que não nos irritasse profundamente. A Emily é, primeiro que tudo, uma Mary Sue. Aparentemente, ela é uma rapariga normal, mas há vários rapazes atrás dela, é a melhor da turma e toda certinha; para nós é, essencialmente, parva e burra (tendo em conta o que acontece no final do livro, ela tem claramente um défice intelectual qualquer) e sempre a vitimizar-se. O Liam é uma besta ao quadrado desde o primeiro momento, com um feitio insuportável, mas que deve ter um ligeiro problema de bipolaridade porque a meio do livro torna-se numa pessoa COMPLETAMENTE diferente. Não venham cá com histórias de que ele mudou por causa dela (supostamente é isso que acontece no livro), mas é que isso não cola. Ele passou a ter uma personalidade completamente distinta. Não vamos falar das restantes porque nem vale a pena, porque estão lá apenas para encher.

Voltando à escrita, este livro não pode ter tido revisão e edição porque está carregadinho de erros da mais variada espécie: pontuação errática, desde vírgulas colocadas fora do sítio ou simplesmente inexistentes (chegando ao ponto de mudar o sentido da frase para o seu oposto) até frases de um parágrafo inteiro em que o ponto final não aparece de modo nenhum; na mesma frase verbos conjugados em tempos diferentes; verbos referentes a objectos diferentes sem qualquer referência a isso (o que leva uma pessoa ler a mesma frase montes de vezes até descobrir o que será que aquilo quer dizer); pronomes colocados no verbo errado (“decidi-me sentar”); ou simplesmente verbos mal conjugados (“Com o tempo habituaste.”). Tudo isto faz com que o texto perca a pouca fluidez que tinha. A escrita foi vazia e sem emoção. Não tem apenas a ver com o facto de a estória ser aborrecida e banal, mas sim com o ritmo e a estrutura frásica e todos esses “pormenores” da escrita.

Notámos também uma falta de pesquisa tremenda. Quando não se tem conhecimento de causa de um assunto, pesquisa-se de forma a tornar toda a experiência o mais próximo da realidade. Um leitor não se importa de ser enganado, desde que seja bem enganado. Começa com o facto que aparentemente num país gigante como EUA, todo o país rege-se pelo mesmo fuso horário. Vamos esclarecer isto: Emily vive em Los Angeles e vai para Yale estudar, e Sam, o melhor amigo, fica a estudar em LA – até aqui tudo bem. Para quem não sabe, Yale fica no estado de Connecticut, enquanto LA fica na Califórnia, ou seja, o primeiro estado tem uma diferença horária de três horas a mais que o último - coisa que a autora nunca faz referência, antes pelo contrário, uma vez que está constantemente a dar a entender que estão no mesmo fuso horário. Emily faz referência que são 19h e recebe uma SMS de Sam a dizer que não vai ao Skype porque está cansado e vai dormir. Nas nossas contas isto significa que Sam vai dormir às 16h?! Outra situação é Emily ir para lavandaria à hora de almoço, levar o PC para falar com Sam e este dizer que tem que desligar porque vai almoçar…. às 10h da manhã?!

Esta falta de pesquisa nota-se também na forma como Emily reage tendo em conta o que se passou com ela (bastante óbvio desde o início, mas vamos deixar isso como “segredo” aqui na crítica), o que tira um pouco de credibilidade à situação. Uma pessoa que passou pelo que Emily passou nunca iria ter o tipo de comportamento que a Emily tem. Sabemos que pessoas diferentes reagem de formas diferentes à mesma situação, mas há características comuns. Apesar de sabermos desde o início o que se tinha passado (sendo confirmado no final), o comportamento da Emily, para nós, não corresponde (mesmo que estejamos a falar de alguém que, de certa forma, já superou a situação).

Este livro está escrito na primeira pessoa, algo que a Carla não é muito fã, porque acha que torna a estória muito limitada. À Joana não incomoda tanto. No entanto, lemos bastantes livros neste formato. Não apreciamos é que andem a saltar do ponto de vista de uma personagem para outra. É certo que em alguns livros este formato até funciona bem, mas tem de ser feito de forma equilibrada. Aqui, acontece porque “dá jeito” ver o que o Liam pensa em relação a determinado momento. Outro problema em relação a este aspecto é que não se notou diferença entre a narração de Emily e a de Liam. Supostamente são duas pessoas bastante diferentes, com ideias e personalidades diferentes, mas a forma como foi escrito não se notava diferença nenhuma. Muitas vezes ficámos confusas porque não sabíamos se ainda estávamos a ler o ponto de vista de uma personagem ou da outra.

Chegamos ao final do livro e sentimo-nos incrivelmente desiludidas, porque continuámos a ler com alguma esperança que algo viesse a acontecer que valesse a pena, mas não. Tudo o que veio a acontecer era expectante desde o primeiro capítulo. Os segredos eram óbvios e nem era preciso falar deles para o leitor perceber logo o que se estava a passar. Soubemos do “grande segredo” do Sam, por exemplo, desde que o nome dele é referido pela primeira vez. E o acontecimento traumático da Emily também não nos foi novidade. E é impossível ignorar a quantidade imensa de erros que este livro tem. Temos pena de estar a ser tão duras nesta crítica, mas fazemo-lo apenas de forma sincera – o texto mais parece um rascunho para revisão do que um livro publicado. Tanta coisa a ser corrigida, repensada e melhorada…


sábado, 21 de novembro de 2015

[Filme] Star Wars: Episode I - The Phantom Menace, de George Lucas


Título Original: Star Wars: Episode I - The Phantom Menace
Título em Português: Star Wars: Episódio I - A Ameaça Fantasma
Realização: George Lucas
Argumento: George Lucas
Elenco Principal: Ewan McGregor, Liam Neeson, Natalie Portman
Ano: 1999 | Duração: 131 mins

Sinopse:
Dois cavaleiros Jedi, Qui-Gon Jinn e o jovem Obi-Wan Kenobi, juntamente com um desterrado de Naboo chamado Jar-Jar Binks, têm de ajudar a Rainha Padmé a salvar o seu mundo de comerciantes ambiciosos e, pelo caminho, descobrem um jovem chamado Anakin Skywalker, que tem o potencial de ser, também ele, um Jedi poderosíssimo.

Opinião:
A minha relação com este tipo de projectos – que tenta reavivar outros que tiveram bastante sucesso – é sempre muito complicada.

Star Wars: Episode I – The Phantom Menace é o primeiro filme da trilogia que serve de prequela aos filmes originais. Até aqui tudo bem, sempre tive muita curiosidade em relação à estória de Darth Vader, saber como Anakin Skywalker se tornou nesta personagem mítica de Star Wars, e conhecer mais um pouco sobre a Old Republic e o Galatic Empire.

Adorei ver o pequeno Anakin; achei-o adorável e, sabendo em que se vai tornar, deixou-me ainda mais curiosa em relação como aquela criança com um sentido de dever extraordinário, uma inteligência fantástica e um carinho imenso pela mãe se irá tornar em Darth Vader e estar no lado do Galatic Empire. No entanto, achei a estória, num todo, um pouco aborrecida, nada verdadeiramente interessante aconteceu. Tendo um universo (no sentido literal da palavra) imenso para explorar, este filme não o fez. Podíamos ter explorado novos planetas, galáxias e afins, mas voltamos a Tatooine e a lugar já bem conhecidos. Okay, que aqui estamos no passado e temos que ir às origens, mas não tiraram partido do conteúdo extraordinário que a trilogia original dava de mão beijada a esta nova trilogia.

Em termos técnicos, perdemos aquele ar rústico e ultrapassado da trilogia original, e temos uma qualidade de imagem muito superior – mas há que ter em conta os 20 anos de diferença entre os filmes – mas, ao mesmo tempo, acho que isso tornou-se num ponto negativo. Demasiadas cenas eram CGI, mas um CGI que se notava demasiado. Há cenas que não tem nada de natural e os antigos efeitos visuais da trilogia original, apesar de serem rústicos, enquadravam-se bem e pareciam minimamente naturais (mesmo os mais ridículos e estúpidos). Ainda assim, um pormenor que gostei bastante tem a ver com os raccords (para quem não conhece o termo: são os "efeitos" de mudança de plano, tipo fade in/fade out) que mantiveram iguais à trilogia original, muito à La Windows Movie Maker.

Acho que parte do encanto da trilogia original é também os efeitos meio artesanais que usavam. Ou então é o meu lado Whovian, que se habituou à extraordinária capacidade desta série de fazer muito com pouco e saber tornar as coisas ridículas em algo fantástico. Porque foi a mesma sensação que tive com Star Wars: querer fazer coisas extraordinários com coisas comuns; tentar ultrapassar os limites da sua própria época; ser criativo e inovador.

Em 1999 já devia haver um maior cuidado no que toca a direcção de fotografia, mas a quantidade de falhas é imensa (começando por aquela cena que toda a gente conhece de Anakin pegar no olho de C3PO com uma mão e no plano seguinte estar a colocar com a outra). Não há desculpa para isso numa produção deste calibre.

No entanto, até gostei do filme. Dá-nos um pequeno vislumbre do passado histórico de Star Wars, mas não chega a ser suficiente, apesar de entreter.


quinta-feira, 19 de novembro de 2015

[Livro] The Bed Wife, de Suzanna Lynn


Título Original: The Bed WIfe
Título em Português: --
Série: The Bed wife Chronicles #1
Autor(a): Suzanna Lynn
Editora: Amazon Digital Services
Páginas: 130
Data de Publicação: 21 de Janeiro de 2015
Sinopse:
The Bed Wife Chronicles: Love brought them together. Would tradition tear them apart? Once inseparable childhood friends, Luana and Baylin are now grown and in two separate worlds. Luana, the daughter of the town drunk, overlooks her family's goat farm to make ends meet. Baylin, Prince and future King of Grasmere, is off combatting the veils that lurk in the Kingdom. However, fate intercedes with a time-honored tradition that has been custom for the past five hundred years. Luana's life is now forced into the hands of her long-lost childhood friend. Will resentment, hurt, and duty consume them? Or will Luana and Baylin find love and rekindle their friendship?
~ Recebemos este livro via Goodreads. Obrigada! ~

Opinião:
Não tenho muito a dizer sobre este pequeno livro. Não achei nada de extraordinário, não gostei da premissa da história, de lenda pela qual a sociedade do livro se rege: um nobre pode escolher qualquer rapariga plebeia a partir de uma certa idade para ser a sua “bed wife”, além de ter a sua esposa.

Temos o típico príncipe que se apaixona pela plebeia e que não pode ficar com ela e que decide então tê-la como bed wife, para poderem estar juntos em parte. Mas acaba por não fazer amor com ela porque a respeita e quer dar-lhe uma vida melhor no palácio. No fim, lá acabam por ir para a cama, mas toda a história tem uma falta de substância imensa.

A escrita não é má, o livro acaba por ser fluído e até poderia ser uma história amorosa, como suspeito que a autora tente fazer com os próximos livros (serei a única a ter certezas que o príncipe e a plebeia no fim casam-se e serão rei e rainha?).

Não tenho nada contra livros previsíveis, como se pode ver pelos meus gostos literários, mas este simplesmente não me agradou porque não gosto da perspectiva que dá sobre as mulheres.
No entanto, não posso dizer que seja um “mau” livro, daí não dar menos que esta classificação.


quarta-feira, 18 de novembro de 2015

[Livro] Talonsphere, de Peter Koevari


Título Original: Talonsphere
Título em Português: --
Série: Legends of Marithia
Autor(a): Peter Koevari
Editora: Smashwords Inc.
Páginas: 265
Data de Publicação: 05 de Fevereiro de 2015

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Sinopse:
The glowing stronghold of Marithian resistance, Greenhaven, has been recaptured from the Forces of Darkness in a victory overshadowed by a dark secret's revalation.
Vampire-sorceress Kassina is hell-bent on seeing out the Blood Red Moon prophecy and enact a grim conclusion to the world as they know it. As the realm of the underworld merges with Marithia, the Lord of Darkness, Shindar, is ever closer to marching into Marithia with his army.
Prince Vartan must walk his fated path and seek out Talonsphere, the ultimate weapon that will save them all that resides in the elusive location, Daessar. He is aided by the legendary dragons, a woman from the stars, a demon hunter, and a trusted knight.
Everything they fought for has led to this moment, and the gods watch from the stars above as the prophecies collide.
Who will be left standing?
~ Recebemos este eBook directamente do autor. Thank you! ~

Opinião:
Eu nem sei como começar esta crítica. Estou ainda em estado de choque depois do final deste livro.

Peter Koevari conseguiu surpreender; conseguiu deixar-me de boca aberta e completamente perdida (no bom sentido). Talonsphere é, sem sombra de dúvida, o grande livro desta trilogia. Adorei o Prophecies Awakening; gostei do Darkness Rising, mas não fiquei muito convencida; e agora Talonsphere veio para destabilizar completamente tudo aquilo que andei a acompanhar nesta trilogia.

É uma crítica complicada e ingrata porque não quero revelar o mínimo spoiler, uma vez que quero que quem leia este livro leve a bofetada da cara que levei; e quero que aproveitem esta aventura da melhor forma que apenas pode ser feita deixando-se surpreender. O que não me deixa muita margem de manobrar sobre o que escrever.

O autor conseguiu guardar um segredo incrível durante dois livros e meio. Estava tão certa de determinadas situações e personagens que ao chegar ao Talonsphere foi tudo por água abaixo. Supreendentemente incrível!

Neste livro me apercebo, no entanto, que tinha razão ao gostar tanto de determinadas personagens, principalmente Kassina. Eu não quero revelar o que lhe acontece e o que ela faz, mas eu gostei dela desde o início, como disse na minha crítica ao primeiro livro; ela tinha qualquer coisa de interessante e prometia ser uma personagem desafiadora. Todas as personagens estão muito bem desenvolvidas, bem criadas e dá para perceber o trabalho e a dedicação que o autor teve para com esta trilogia. Pequenos hints que numa primeira leitura nos passam despercebidos, mas que quando chegamos a Talonsphere ficamos a pensar “como é que eu não antevi isto?!”. E isso acontece pela forma extraordinária que esta trilogia está escrita e o trabalho, dedicação e carinho do autor teve para com estes livros.

Resumindo: adorei e recomendo imenso estes livros a quem gosta de fantasia épica, criaturas maravilhosas e ser completamente surpreendido.


• Prophecies Awakening (Legends of Marithia #1) (Carla)
• Darkness Rising (Legends of Marithia #2) (Carla)
• Talonsphere (Legends of Marithia #3) (Carla)

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

[Filme] Star Wars: Episode VI - Return of the Jedi, de Richard Marquand


Título Original: Star Wars: Episode VI - Return of the Jedi
Título em Português: Guerra das Estrelas: Episódio VI - O Regresso de Jedi
Realização: Richard Marquand
Argumento: Lawrence Kasdan & George Lucas (screenplay); George Lucas (story)
Elenco Principal: Mark Hamill, Harrison Ford, Carrie Fisher
Ano: 1983 | Duração: 134 mins
Sinopse:
o espectacular capítulo final da saga Star Wars, Luke Skywalker e a Princesa Leia têm de ir a Tatooine para libertarem Han Solo, infiltrando-se na fortaleza imunda de Jabba the Hutt, o mais temido vilão da galáxia. Novamente unidos, os Rebeldes juntam forças com as tribos de Ewoks para enfrentarem as forças imperiais na lua floresta de Endor. Entretanto o Imperador e Darth Vader conspiram de forma a trazer Luke para o lado negro, mas o jovem Skywalker está determinado em honrar o espírito Jedi, que viveu no seu pai. A Guerra Civil Galáctica, culmina numa última grande batalha, enquanto as forças Rebeldes se reúnem para atacar a indefesa e incompleta segunda Estrela da Morte, numa batalha que vai determinar o destino da galáxia.

Opinião:
Acho que não tenho muito a acrescentar ao que já disse em relação aos filmes da trilogia original de Star Wars da qual Star Wars: Episode VI - Return of the Jedi é o filme que culmina esta primeira trilogia e que fá-lo de forma extraordinária. A este ponto posso dizer que foi o que mais gostei, porque houve mais inclusão dos vários lados da guerra, mas acho-os todos ao mesmo nível e funcionam bem como um todo que são.



A magia de Star Wars e o facto de se ter tornado num clássico do cinema está na novidade, na inteligência, na criatividade e mais do que isso na consistência. Em Star Wars temos a introdução de uma galáxia cheia de planetas diferentes, criaturas, espécies e personalidades diferentes. Para a altura em que foi criada esta trilogia tudo era novidade e tecnologia de ponta, mas ainda hoje, quando muitos dos efeitos são rudimentares e talvez até um pouco obsoletos e ridículos, eles continuam a deixar-nos deslumbrados. As faltas de lógica em algumas sequências são perdoadas pelo projecto no seu todo que é extraordinário.

Já tinha visto os dois filmes anteriores mais do que uma vez, mas este nunca, e gostei. Posso dizer, agora oficialmente, que sou fã de Star Wars.

Que venha a prequela.

(nice touch... mudarem o antigo Anakin Skywalker (Sebastian Shaw) pelo novo (Hayden Christensen)
assim fazendo a ligação entre as duas trilogias)