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terça-feira, 30 de maio de 2017

[Livro] The Pleasures of Passion, de Sabrina Jeffries

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Título em Português: --
Série:Sinful Suitors #4
Autor(a): Sabrina Jeffries
Editora: Pocket Books
Páginas: 400
Data de Publicação: 20 de Junho de 2017

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Sinopse:
When Niall Lindsey, the Earl of Margrave, is forced to flee after killing a man in a duel, he expects his secret love, Brilliana Trevor, to go with him, or at the very least wait for him. To his shock, she does neither and sends him off with no promise for the future. Seven years and one pardon later, Niall returns to England disillusioned and cynical. And being blackmailed by the government into working with his former love to help catch a counterfeiter connected to her father doesn’t improve his mood any. But as his role as Brilliana’s fake fiancé brings his long-buried feelings to the surface once again, he wonders who is more dangerous—the counterfeiter or the woman rapidly stealing his heart.
Forced to marry another man after Niall was exiled, the now widowed Brilliana wants nothing to do with the reckless rogue who she believes abandoned her to a dreary, loveless life. So having to rely on him to save her father is the last thing she wants, much less trusts him with....But as their scheme strips away the lies and secrets of their shared past, can she let go of the old hurt and put her pride aside? Or will the pleasures of their renewed passion finally enable them both to rediscover love?
~ Recebemos este eARC directamente da autora Sabrina Jeffries, em troca desta opinião honesta. Obrigada! ~


Opinião:
Primeira vez que li um livro da Sabrina Jeffries – e foi um bom começo, mas podia ser melhor.

Todo o livro revolve à volta de dois enredos interligados – a história do casal principal e um esquema de contrafeição.

Niall e Brilliana tiveram conheceram-se sete anos da nossa história, e tiveram uma relação secreta que não passou de declarações de amor e carinhos. Quando Niall se vê forçado a fugir de Inglaterra e pede a Bree para ir com ele, ela recusa por causa da mãe doente. Niall sente-se traído quando não tem qualquer notícia de Bree, excepto um recorde de jornal que o pai lhe manda com a notícia das núpcias de Bree com Mr. Trevor, poucos meses depois de Niall ter fugido para a Península Ibérica. Bree sabe que Niall fugiu porque matou um homem num duelo mas não sabe porquê, o que a torna vulnerável às ideias que lhe são apresentadas sobre Niall não ser quem ela pensa.

Todos estes desentendimentos levam a que eles odeiem as razões que os levaram a afastar-se e é necessário reconstruir a confiança perdida, tudo ao mesmo tempo que tentam descobrir se o pai de Bree anda a criar notas falsas. Com um noivado fingido e imensas dúvidas e desconfianças, o livro acaba por perder algo ao repetir várias vezes as mesmas ideias do porquê de perda de confiança e dificuldade em voltar a partilhá-la – mas para nós, leitores, não é necessário estar sempre a insistir no mesmo.

Para mim houve algumas falhas no enredo – o que aconteceu verdadeiramente à mãe de Bree? Sempre viveu com ela e Mr.Trevor ou ficou com o marido até à morte? Que problema de saúde tinha? Quanto tempo esteve doente, isto é, faleceu pouco depois de Niall fugir ou já foi tarde de mais para tentarem encontrar-se novamente? Bree escreveu a Niall – porque não escreveu ele a ela também (e Inglaterra sabia perfeitamente onde ele estava por isso não era desculpa)? Estas, entre outras perguntas, ficaram sem resposta.

A parte mais interessante pareceu-me ainda o enredo da contrafeição e como, apesar de forçados a agir de certa maneira para descobrirem o criminoso (que soube desde logo quem era), todas as personagens funcionam como uma roda bem oleada à volta deste enredo. Sem dúvidas as mais interessantes foram a (excêntrica) tia Agatha e o misterioso Lord Fulkham.

Foi um livro agradável e que li bastante rápido, o que mostra a facilidade de escrita e o enredo que apesar de tudo consegue manter-nos interessados.


domingo, 28 de maio de 2017

[Filme] King Arthur: Legend of the Sword, de Guy Ritchie

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Título em Português: Rei Artur: A Lenda da Espada
Realização: Guy Ritchie
Argumento: Joby Harold (screenplay), Guy Ritchie (screenplay)
Elenco Principal: Charlie Hunnam, Astrid Bergès-Frisbey, Jude Law
Ano: 2017 | Duração: 2h 06mins
Sinopse:
Quando o pai de Artur é assassinado, Vortigern, tio de Artur, usurpa a coroa. Privado do seu direito de berço e sem qualquer ideia de quem realmente é, Artur acaba por crescer da maneira mais dura nas ruas e vielas da cidade. Mas no momento em que ele retira com sucesso a mítica espada da pedra, a sua vida sofre uma reviravolta e ele vê-se forçado a honrar o seu legado... quer ele queira, quer não.

Opinião:
Quem me conhece sabe que adoro mitologia, qualquer que seja a sua base. Ainda que eu esteja muito mais familiarizada com a Grega, a mitologia em volta da lenda do Rei Artur sempre me fascinou. Qualquer que seja a obra (e o seu formato) sobre este assunto eu quero absorvê-la, por esse motivo King Arthur estava na minha lista de filmes a ver.

Mas antes de mais nada há que referir o seu realizador, Guy Ritchie... e para quem acompanha o trabalho deste realizador já imagina o que eu possa estar a querer insinuar. Ritchie tem um estilo e uma forma de realizar filmes muito própria, uma marca sua que está mais do que evidente em todos os seus filmes. Ao assistir a este filme é impossível não notar nas semelhanças com Sherlock, por exemplo. Tem exactamente o mesmo estilo de narrativa, o mesmo estilo de imagem e de ritmo. Para mim, pode-se perfeitamente pegar tanto num filme como no outro tirar a temática específica e temos exactamente o mesmo filme.

Com isto não quero dizer que o filme seja mau, que não o é. Por um lado é bom, porque já se sabe com o que se pode contar, mas por outro, não há espaço para a surpresa e novidade. Eu gostei do filme e diverti-me, ainda que algumas cenas de CGI me tenham incomodado por serem demasiado exageradas e pouco credíveis.

É um filme cheio de acção e momentos cómicos. Não esperem grande coisa dele, mas se forem de mente aberta (e isto é dica para quem conhece a lenda, pois... soltem-se dela se querem aproveitar o filme) e sem grandes expectativas são capazes de gostar.


sexta-feira, 26 de maio de 2017

[Livro ]Fractured Beauty, de Adrienne Monson, Lehua Parker, Angela Corbett, Angela Brimhall, Angela Hartley

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Título em Português: --
Série: Fairy Tale Five #1
Autoras: Adrienne Monson, Lehua Parker, Angela Corbett, Angela Brimhall, Angela Hartley
Editora: Tork Media
Páginas: 170
Data de Publicação: 1 de Junho de 2017


Sinopse:
Beauty and the Beast may be a tale as old as time, but in this collection by the Fairy Tale Five you’ll meet five newly imagined Belles and the Beasts they love.
Angela Brimhall’s beast is a terrifying sea monster cursed by a scorned gypsy. He must risk all to save the strong-willed princess before losing his last chance at love and redemption, becoming forever damned to the briny deep.
Lehua Parker’s Nani is trapped by Indian and Hawaiian traditions and a fiancé locked in stasis in a medi-mod. Cultures and expectations collide in this sci-fi futuristic world where nano-bot tattoos and dreams reveal the secret of Nani’s heart.
Angela Corbett’s Ledger is determined to find out more about the mysterious woman who saved him from certain death and uncover the secrets of Withering Woods, but some beasts are better left caged.
Adrienne Monson’s Arabella rushes to an enchanted castle to pay her father’s debt, but is met with a burly beast with a mysterious past. It’s a howling paranormal regency romp that will keep you turning pages well past your bedtime.
Angela Hartley’s Porta Bella discovers there’s more to Oregon life than taking care of her father when she finds herself rescued by Bigfoot. It’s up to Porta Bella to unravel the faery’s curse and discover who’s the real monster.

~ Recebemos este eARC directamente de uma das autoras, Adrienne Monson. Obrigada! ~
Opinião:
Das cinco histórias que compõem esta antologia, só posso dizer que gostei de duas – uma delas a de Adrienne Monson, que foi a autora que me contactou e de quem eu já tinha lido dois outros livros. Quando falei com ela, foi-me dito que esta antologia seriam contos que eram retellings da Bela e do Monstro – que eu adoro – por isso fiquei bastante entusiasmada. Foi o pior que podia ter acontecido pois ainda fiquei mais desapontada com as primeiras histórias...

Falando brevemente de cada uma delas, a primeira história, de Angela Brimhall, para mim é uma mistura do retelling da Bela e do Monstro e da Pequena Sereia. Temos uma rapariga de etnia cigana que tem uma rosa mágica e se acha apaixonada por um príncipe, que ao conhecê-la lhe tenta dar uma oportunidade. O irmão deste, no entanto, não acredita nela quando ela pede ajuda e ela amaldiçoou-o (tornando-o parte tubarão) e à sua linhagem para que todos morram se navegarem no oceano. Até à altura em que um rei desta família tem um naufrágio e sonha apenas em voltar para a sua rainha e os seus filhos bebés, gémeos. A feiticeira salva-o e faz um acordo que daí a 17 anos, as crianças irão passar a viver com ela no oceano. Na altura, o rei achou ter feito o melhor, pois senão ele, a sua mulher e as crianças teriam morrido, mas as coisas não são tão simples quanto parecem. O monstro, Mathias (o príncipe transformado em tubarão) é amaldiçoado e vê a bebé crescer pelos olhos do seu pai e acaba por se apaixonar por ela. Temos umas quantas desventuras e um plano forma-se para tentar escapar à feiticeira. O que deveria ser uma surpresa e uma twist inesperada foi, para mim, completamente óbvio e achei que a história não foi muito bem pensada. É pena, porque queria mesmo gostar mas foi muito fraquinha para mim (1.75*).

A segunda história, de Lehua Parker, começou mal, melhorou e quando comecei a pensar que podia não ser assim tão má, não é que piora para não melhorar de vez? É uma mistura entre tradições indianas e havaianas e um mundo futurista/robótico. Foi tão....estranho. Não fez sentido para mim. Talvez tenha sido eu que não percebi o significado? Não sei, mas no fim não gostei e foi confuso. (1.5*)

A terceira história, de Angela Corbett, foi muito melhor. Gostei da mistura de paranormal e romance, e de um passado que uniu as personagens principais. Foi uma história que me manteve presa a querer saber mais e apesar de ter um ou outro ponto que poderia ter sido melhorado, foi muito, mas muito mais agradável de ler que as anteriores. (3.5*)

A história de Adrienne Monson foi talvez a mais fiel ao conto original (não a versão da Disney, ainda que mantenha alguns dos pormenores dessa mesma versão), com uma mistura de paranormal – o que eu gostei. Esta e a história anterior foram as minhas favoritas, e estão praticamente ao mesmo nível. Eu gostei imenso que o Monstro tivesse dentro dele mesmo o poder para mudar a sua aparência, e como ele aprendeu a mudar a sua visão do mundo. Arabella foi uma óptima personagem, tão verdadeiramente ela, eu mal me lembro do seu aspecto físico, mas lembro-me que ela era sempre, sempre bondosa e tentava sempre ver o melhor em todas as situações, nunca deixado de ser forte. (3.75*)

Por fim, temos a história de Angela Hartley, que é uma mistura da história do Peter Pan e do Pé Grande. Não funcionou para mim. A única parte que fez sentido foi quando a Porta Bella fez algo altruísta (que mesmo assim conseguiu ter algo de egoísta, na minha opinião). Toda a mistura das fadas, da Tinkerbell, do Pé Grande foi...estranha, novamente. Preferia ter sabido mais sobre Tom (Pé Grande) e da rapariga de quem ele originalmente gostava, de como ele cuidou de Bella... E o facto de ter como personagem principal uma personagem não-binária poderia ter sido tão melhor explorado!!! E outra coisa que não gostei foi o facto de ser na primeira pessoa – não me entendam mal, não tenho nada contra histórias na primeira pessoa, na verdade até costumo gostar bastante delas, mas aqui passei o tempo a achar que Bella era pretensiosa e irritante e não consegui gostar nada, mas mesmo nada dela. E Tom pareceu-me uma personagem tão fraca, tão posta de lado... E ficamos sem saber o que acontece ao pai e às “irmãs” de Bella, e é tudo uma confusão sem sentido. Foi uma desilusão. (1*)

Não faço ideia quanto deveria dar a este livro, porque tenho sentimentos contraditórios sobre as várias histórias. Acho que vou deixar só com as pontuações individuais.


terça-feira, 23 de maio de 2017

[Filme] Guardians of the Galaxy vol. 2, de James Gunn

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Título em Português: Guardiões da Galáxia vol. 2
Realização: James Gunn
Argumento: James Gunn, Dan Abnett (based on the Marvel comics by)
Elenco Principal: Chris Pratt, Zoe Saldana, Dave Bautista
Ano: 2017 | Duração: 2h 16mins
Sinopse:
Guardiões da Galáxia Vol. 2, da Marvel, continua a acompanhar as aventuras da equipa enquanto atravessa os limites do cosmos. Os Guardiões devem lutar para manter a sua família recém-descoberta unida, enquanto tentam desvendar o mistério do verdadeiro parentesco de Peter Quill. Antigos inimigos tornam-se novos aliados e as personagens favoritas das bandas desenhadas clássicas irão ajudar os nossos heróis, continuando a expansão do Universo Cinematográfico Marvel.

Opinião:
Que eu sou fã de Marvel acho que já nem é preciso dizer, pois é evidente… por essa razão é óbvio que iria querer ver Guardians of the Galaxy vol. 2. O primeiro é um dos meus filmes favoritos da Marvel, pela aposta na comédia e no comic relif e isso voltou a acontecer neste segundo filme.

Podemos facilmente resumir este filme a: daddy issues, o que parece simplório, mas não tem que o ser. Não vou escrever muito sobre este filme porque apesar de ter sido um filme muito divertido (e cheio de easter eggs), acho que saí da sala de cinema mais satisfeita com o primeiro filme do que com este. No entanto, tenham em mente de que gostei bastante e diverti-me imenso! Eu recomendo, sem sombra de dúvida, este filme.


sábado, 20 de maio de 2017

[Livro] Dragon Redeemer, de Amy Bearce

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Título em Português: --
Série: World of Aluvia #3
Autor(a): Amy Bearce
Editora: Curiosity Quills Press
Páginas: 220
Data de Publicação: 23 de Maio de 2017


Sinopse:
Four years have passed since a fairy swarm released the voice of prophecy in Nell Brennan. In that painful moment, a skilled warrior became a reluctant leader and defender of Aluvia’s magic. Now a new enemy threatens their still-fragile lands, one Nell feels powerless to stop even with help from the voice within her. A mysterious dark alchemist from the Ice-Locked Lands is rising to power on the strength of his sword arm and an ice-breathing dragon obedient to his command. He promises unlimited magic to his followers and death to those who defy him. If he takes over the ports, his corrupt elixirs will disrupt the delicate balance of peace between Aluvia's people and all magical creatures. The voice of prophecy sends Nell and her friends to their enemy’s treacherous domain to find a sword of legend. Only the sword’s magic can prevent a return to a world of dying fairies and caged merfolk. But Nell’s up against the toughest foe she’s ever faced. In order to defeat him, she must master the unimaginable power of the sword―and the unwanted magic inside herself.

~ Recebemos este eARC directamente da editora Curiosity Quills. Obrigada! ~
Opinião:
Este é o terceiro e último livro da série World of Aluvia. O primeiro era sobre Sierra, o segundo sobre Phoebe e o terceiro é sobre Nell, ainda que todos eles tenham personagens tão importantes como estas heroínas.

Nell é uma guerreira e sente que a sua vida está um pouco fora do seu controle desde que (no primeiro livro) foi picada por fadas e uma magia no seu interior foi desperta, tornando-a uma profetisa pela salvação de Aluvia. Apesar de perceber a importância desta função e o quanto a sua vida melhorou, Nell sente falta de...não é bem de lutar, mas de ter uma espada na mão, por assim dizer. E Corbin, o seu apaixonado e fairy keeper, não percebe esta ânsia de algo mais.

Quando Aluvia se vê confrontada com um novo vilão que quer roubar a magia e fazer com que todas as criaturas mágicas lhes obedeçam, Nell, Corbin, Sierra, Micah, Phoebe e Tristan vêem-se numa nova missão por terras de gelo.

Nell é assombrada por magia negra que puxa pelas suas piores características e tem de lutar não só uma batalha física por ela e pelos seus amigos, mas também uma batalha emocional por quem ela verdadeiramente é e pelo quanto evolui desde que a conhecemos no primeiro livro.

Não querendo de todo estragar o enredo para quem queira ler o livro, direi apenas que a magia continua o tema frequente, com relações interpessoais a passarem por vários testes. Tive pena que praticamente só a Nell (e o Corbin) tivessem mais importância aqui, porque apesar de ser o livro deles, foi quase como se o resto do grupo não fizesse ali falta, o que não senti nos outros livros. É verdade que há momentos que a magia de Micah e Tristan é imprescindível mas...não é tanto a magia deles (indivíduos) mas a magia da terra e do mar, que poderia ser manuseada por outras personagens (se estas tivessem sido criadas, claro). Sierra ainda foi a que para mim esteve menos presente, o que foi uma pena. Gostava de ter visto mais interacção entre o grupo e não só a Nell e o Corbin e a Nell e o Dragão (o homem que quer roubar a magia de Aluvia).

Gostei de ler a luta interior de Nell e como a voz que fez dela uma profetisa se manifestou ao longo do livro, e gostei principalmente do final, com uma história de redenção e evolução. Foi um bom final para esta série, apesar de ter falhado nalguns pontos.






Fairy Keeper , by Amy Bearce (World of Aluvia #1) (Joana)
Mer-charmer, by Amy Bearce (World of Aluvia #2) (Joana)



SOBRE A AUTORA/ABOUT THE AUTHOR:

Amy writes stories for tweens and teens. She is a former reading teacher with a Masters in Library Science. As an Army kid, she moved eight times before she was eighteen, so she feels especially fortunate to be married to her high school sweetheart. Together they’re raising two daughters and are currently living in Germany, though they still call Texas home. A perfect day for Amy involves rain pattering on the windows, popcorn, and every member of her family curled up in one cosy room reading a good book.

Find Amy Bearce Online:

quarta-feira, 17 de maio de 2017

[Entrevista] Madeline Hunter


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Olá olá! Este mês temos uma entrevista à incrível autora Madeline Hunter, uma autora que a Joana já teve o prazer de conhecer em pessoa, e que já nos deu goodies que nos permitiram fazer passatempos para vocês! Como o seu mais recente livro vai sair no dia 30 de Maio (lá fora, por Portugal ainda não temos data) achámos que seria interessante fazer agora esta entrevista.

Todas as críticas e rubricas ligadas aos livros de Madeline Hunter podem ser encontradas aqui, assim como a opinião do mais recente livro The Most Dangerous Duke.


Primeiro que tudo, queremos agradecer à Madeline Hunter por ter respondido às nossas questões, e por ser uma pessoa incrível e uma extraordinária escritora. Os seus livros fazem parte dos livros a não perder para os fãs de romances históricos, como a Joana. E agora, sem mais delongas, vamos à entrevista! :)


1) Para aqueles que estão a ler o seu nome pela primeira vez, qual é a coisa mais importante que gostaria que eles soubessem?
Escrevo romances históricos. A maioria ocorre no século XIX, mas algumas das minhas primeiras obras eram romances medievais. A maioria das minhas personagens vive em Inglaterra, apesar de em alguns livros viajarem pela Europa. Nem todas as minhas personagens são inglesas – ou completamente inglesas. O meu herói em The Most Dangerous Duke é meio frânces. Tenho até uma heroína que é meia portuguesa (Os Pecados de Lord Easterbrook).
Penso que os leitores deveriam saber que o que acontece nos meus livros é sensual e que não “fecho a porta do quarto”. Não quereria que alguém “caísse” nessas cenas sem saber que elas faziam parte do livro. Todos os meus livros têm enredos ricos, com intriga ou mistério a acompanhar os romances.

2) Se um(a) leitor(a) vai começar a ler os seus livros, qual recomendaria primeiro?
Difícil. Depende verdadeiramente daquilo que gostam de ler. Aventuras? Então O Triunfo da Amante. Casamentos arranjados? Qualquer coisa desde o meu primeiro livro Casamento de Conveniência ao The Wicked Duke (ainda não publicado em português). Talvez o melhor seria começar pelo meu primeiro romance da época da Regência. O Sedutor. Daniel St. John continua a ser um favorito entre leitores, e a Diane é uma heroína muito distinta.

3) Escreve romances históricos. É este o seu género favorito para leituras também? Ou prefere ler algo diferente? Quais os seus autores favoritos?
Leio todo o tipo de romances, mas os históricos continuam a ser os meus favoritos. Também leio ficção histórica, livros de história, biografias e mistérios. Nunca nomeio autores favoritos porque de certeza que vou deixar alguém que admiro de fora, e podem sentir-se tristes por não serem escolhidos.

4) O seu dia-a-dia influencia a sua escrita? O que a inspira a escrever?
A minha vida diária não influencia a minha escrita directamente, apesar de achar que todos os escritores retiram algo da sua experiência. Há muito de mim nos livros, sem duplicarem experiências específicas. Por exemplo, se estiver a escrever uma cena e a personagem reage a algo – essa reacção seria provavelmente a minha reacção. Em termos de enredo, penso que o facto de ser historiadora de arte afecta de algum modo as minhas histórias, pela maneira como as descrevo, influenciadas por certos estilos de pintura.

5) Vê-se a si própria em alguma das suas personagens? Alguma vez criou uma personagem com base em alguém que conhece?
É muito raro basear uma personagem em alguém, mas já aconteceu. Duas vezes que identifico com facilidade e provavelmente mais do que isso. Vejo-me em todas as personagens, o que é estranho. Mesmo os homens. Mesmo os vilões. Mas nenhuma das minhas heroínas é “eu”, se é que isso faz sentido.

6) De onde vêem as suas ideias? Escreve pontos de um enredo ou prefere ver onde uma ideia a leva? Usa imagens para se basear em personagens ou cenários?
Trabalho sempre as minhas ideias para ter a certeza que há ali um livro. Se não arrisco-me a escrever 200 páginas e no fim dizer “OOPS, não há nada mais a fazer com esta ideia!”. As minhas ideias vêem de todo o lado. Às vezes é algo que vejo ou testemunho uma situação que me dá uma ideia, outras vezes é só a minha imaginação. Não escolho caras que identifico com as minhas personagens, mas costumo desenhar as salas, os edifícios e terrenos, e coisas parecidas, de modo que mova as minhas personagens através dos espaços de forma coerente.

7) Parabéns pelo seu novo livro The Most Dangerous Duke in London. Diga-nos um pouco sobre ele.
Este é o primeiro livro de uma série, por isso parte é uma introdução dos leitores ao mundo desta série e às suas personagens. O enredo é sobre um homem que herda o seu título depois do seu pai se suicidar. Ele vai para França e o livro começa com o seu retorno a Inglaterra depois de cinco anos, pronto a assumir a sua vida e deveres, mas também para descobrir a verdade dos rumores que levaram à morte do seu pai. Quando conhece a filha mais velha do homem que provavelmente era seu inimigo, as coisas complicam-se. Portanto é uma história de vingança combinada com o que chamado enredo de “de inimigos a amantes”.

8) O que nos fará apaixonar por Adam Penrose? E qual a sua característica favorita de Clara Cheswick?
Adam é, claro, lindo e encantador, mas também está ferido e tem um lado negro. Ele é muito persistente no que respeita a Clara. Clara é inteligente e independente, e não ature tolices de ninguém, especialmente de homens. Ela é muito centrada e sabe bem o que quer.

9) Tem alguma citação favorita do livro The Most Dangerous Duke in London?
Tenho várias, mas esta cena mostra como a relação de Adam e Clara passa de uma mera atracção a amor, e como uma história com humor e personagens a “picarem-se” consegue ter também emoções profundas:
“I have thought since I first met you that you carried a darkness in you,” she said. “ Something that made you brood. Just now, while we were together in pleasure, I was spared even the slightest touch of grief for the first time in six months. It seemed to me that perhaps the darkness lifted in you too, for a while. If so, I am glad.” It had lifted, in ways it never had in France no matter whose bed he shared. That she had noticed impressed him. That she was glad for it touched him.

10) O que se segue? Sabemos que The Most Dangerous Duke in London é parte de uma série. O que nos pode dizer sobre os próximos livros?
O segundo livro chama-se A Devil of a Duke e é o que estou a escrever agora. O Duque de Langford (Gabriel) é o mais irreformável dos duques, dado a vinho, mulheres e canções. Ele fica intrigado com uma mulher que conhece num baile e cuja identidade lhe é desconhecida. Esta mulher pede-lhe ajuda mas não pode arriscar que ele descubra a sua identidade.
Já o livro três, a história do Duque de Brentworth – ainda estou a meditar sobre ela.


Obrigada por se ter juntado a nós!
Obrigada por me terem.


Madeline Hunter
Madeline Hunter publicou o seu primeiro romance em Junho de 2000. Desde então, já publicou vinte e quatro romances históricos e uma novela, e os seus livros foram traduzidos em doze línguas. Mais de seis milhões dos seus livros estão impressos. Foi finalista do prémio RITA (da Romance Writers of America) sete vezes, e ganhou-o duas vezes (com Stealing Heaven em 2003 e Lessons of Desire em 2008). Vinte e três dos seus livros fizeram parte da lista USA Today, e teve também títulos na lista impressa do New York Times, do Publishers Weekly e da lista de ficção da Waldenbooks. Recebeu críticas literárias de duas estrelas pela Publishers Weekly e Romantic Times deu a vinte e dois dos seus livros 4.5 estrelas. Madeline tem um doutoramento em História de Arte e ensina a nível universitário. Actualmente vive na Pensilvânia com o seu marido e dois filhos.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

[Livro] Alice Takes Back Wonderland, de David D. Hammons

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Título em Português: --
Série: --
Autor(a): David D. Hammons
Editora: Curiosity Quills Press
Páginas: 283
Data de Publicação: 28 Setembro 2015

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Sinopse:
After ten years of being told she can't tell the difference between real life and a fairy tale, Alice finally stops believing in Wonderland. So when the White Rabbit shows up at her house, Alice thinks she's going crazy.

Only when the White Rabbit kicks her down the rabbit hole does Alice realize that the magical land she visited as a child is real.

But all is not well in Wonderland.

The Ace of Spades has taken over Wonderland and is systematically dismantling all that makes it wonderful. Plain is replacing wondrous, logical is replacing magical, and reason is destroying madness. Alice decides she must help the Mad Hatter and all those fighting to keep Wonderland wonderful.

But how can she face such danger when she is just a girl?

Alice must journey across the stars to unite an army. She discovers that fairy tales are real in the magical world beyond the rabbit hole. But they are not the fairy tales she knows.

Fairy tales have dangers and adventures of their own, and Alice must overcome the trials of these old stories if she wants to unite the lands against Ace.

With the help of Peter Pan, Pinocchio, Snow White and heroes old and new, Alice may have the strength to take back Wonderland.
~ Recebemos este eARC através da Curiosity Quills. Thank you! ~

Opinião:
Antes de mais nada quero agradecer à Curiosity Quills por me ter cedido Alice Takes Back Wonderland para leitura. Qualquer coisa relacionada com Wonderland e eu estou pronta para agarrar com unhas e dentes.

Muito sinceramente não sei o que estava à espera deste livro. O início foi algo enfadonho e, confesso, continuei a ler porque era um eARC do qual teria que escrever uma crítica. Mas ainda bem que o fiz porque melhora substancialmente. Não fazia ideia que Alice Takes Bacl Wonderland seria uma mistura de tantos contos de fadas (só para referir alguns: Peter Pan, Pinocchio, Branca de Neve… entre muitos outros, mas também mitologias como a Grega e Viking.) e acho que essa foi uma das partes que mais gostei do livro. Há crossovers entre os vários contos, havendo mesmo sobreposição de personagens – que não vou revelar para não deixar passar nenhum spoiler.

Apesar de o livro melhorar mais ou menos a meio, o livro soube-me a pouco. Não senti aquele nonsense e maravilhoso de Wonderland. Fiquei um tanto ao quanto desiludida, ainda que tenha sido uma leitura minimamente decente, pois não tiro o mérito ao autor, uma vez que é, de facto, um livro bem escrito. Só que para mim falta qualquer coisa que para um livro relacionado com Wonderland tem que ser.