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quinta-feira, 6 de abril de 2017

[Filme] Bela e o Monstro, de Bill Condon

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Título em Português: Bela e o Monstro
Realização: Bill Condon
Argumento: Stephen Chbosky, Evan Spiliotopoulos
Elenco Principal: Emma Watson, Dan Stevens, Luke Evans
Ano: 2017 | Duração: 2h 09min
Sinopse:
O filme A Bela e o Monstro é uma adaptação em imagem real do clássico de animação. Esta versão moderniza as personagens clássicas para um público contemporâneo, mantendo-se fiel à música original e atualizando a banda sonora com novas canções. A Bela e o Monstro é sobre a fantástica história de Bela, uma jovem brilhante, bonita e independente, que é aprisionada por um Monstro no seu castelo. Apesar dos seus receios, torna-se amiga dos empregados encantados do castelo e consegue ver para além do terrível exterior do Monstro quando começa a conhecer a alma e o coração do verdadeiro Príncipe que vive no seu interior.

Opinião:
Como seria de esperar de uma fã do filme original de animação da Bela e do Monstro, as expectativas eram altas. Já tinha ouvido muito bem e muito mau sobre o filme, por isso tentei preparar-me para o pior. E acabou por não ser tão mau quanto isso.

Gostei imenso do Luke Evans como Gaston – perfeito! Deu mais profundidade à personagem, e foi um vilão incrível. Melhor personagem e actor do filme! Josh Gad também está muito bem, trazendo a Le Fou um interesse maior que só o companheiro de aventuras de Gaston. Torna-se uma personagem de mérito próprio e tão divertido! A minha cena favorita foi a dança na taberna – Gaston!


Dan Stevens para mim só está bem como Beast – e mesmo assim. Eu gosto imenso dele, desde que o vi em Downtown Abbey (porquê, porque é que mataram o Matthew?), mas achei que aqui, como príncipe, não estava bem enquadrado (nos primeiros minutos sim, mas no fim não). Como Beast..talvez. A personagem estava mais polida e fazia mais sentido, mas achei que perdeu grandes cenas que havia na animação e que traziam um maior interesse na sua mudança/evolução.

Quanto a Emma Watson... Adoro a actriz, a pessoa incrível que ela é (e quem é que não gosta da nossa bookworm Hermione?) e fiquei feliz quando ela foi escolhida para ser a Belle. Mas... não a achei fantástica, como já a vi noutros papéis. Houve várias cenas que parecia quase que ela se estava a conter, e havia alguma falta de emoção. Gostei da maioria das reviravoltas que deram à personagem, criando um pano de fundo que mostra que ela não é apenas uma bookworm mas algo mais – uma inventora, uma mulher que “tem cérebro” (e beleza). Mais uma vez, a personagem enquadra-se com a actriz, que também ajudou a formar a nova Belle.

Fiquei tão triste com a Mrs. Potts. Adoro, adoro a Emma Thompson, uma das minha actrizes favoritas e aqui.... Aquele sotaque (francês?), aqueles tiques... Não funcionou para mim – o mesmo aconteceu com o Lumière. Uma personagem incrível na animação que aqui perdeu todo o seu carisma, mesmo com Ewan McGregor. Que pena.

Cogsworth. Mais um actor favorito. Ian McKellen traz sempre tanta vida às suas personagens. Dos três, foi o menos mau. Gostei bastante dos pormenores que o relógio tinha, com o canhão e a espada:


Audra McDonald tem uma voz fantástica e mostra-a com um solo logo no início do filme. É pena que a personagem não tenha mais destaque, mas esteve muito bem de qualquer maneira. Stanley Tucci faz do apaixonado de Madame Garderobe (Audra McDonald) mas está pouco presente no filme, o que é uma pena. Não percebi a necessidade de criarem mais esta personagem, não achei que fizesse falta.

Kevin Kline como Maurice, o pai de Belle, está bastante interessante. Com um passado mais conturbado que nos leva a conhecer a história da mãe de Belle, Maurice traz uma força enorme à filha e à sua vivência. Tudo por uma simples rosa – afinal foi uma rosa que também amaldiçoou um príncipe, não foi?

Resumindo, tem efeitos especiais bons mas acho que por vezes parece que querem tanto usar e mostrar a tecnologia actual, que esbanjam e criam quase sem pensar, chegando por vezes a roçar demasiado o exagero. Não foi tão mau como pensei que poderia chegar a ser, mas não foi de todo tão bom quanto poderia ter sido.


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