cro

segunda-feira, 29 de junho de 2015

[Livro] Sword of Darkness, de Sherrilyn Kenyon como Kinley MacGregor


Título Original: Sword of Darkness
Título em Português: --
Série: Lords of Avalon #1
Autor(a): Sherrilyn Kenyon como Kinley MacGregor
Editora: Avon
Páginas: 320
Data de Publicação: 28 de Março de 2006

buy the book from The Book Depository, free delivery
Sinopse:
The new king of Camelot wears no shining armor: Arthur and his knights have fallen and a new king rules.

In the darkest forest...
A scared, forsaken youth has become the most powerful –– and feared –– man in the world. Ruthless and unrestrained, Kerrigan has long ceased to be human.

In the heart of London...
A spirited peasant mired in drudgery, Seren dreams of becoming her own woman, but never expects that by fleeing her fate, she will meet her destiny.

Their worlds are forever changed...
Kerrigan's goal is simple: barter or kill Seren to claim Arthur's Round Table. Yet she is the one person who holds no fear of him. More than that, her nobility sparks something foreign inside him. In his nether realm, kindness is weakness and a king who harbors any sort of compassion loses his throne. For countless centuries, Kerrigan has lived alone in the shadows. Now Seren's courage has forced him into the light that will bring either salvation to both of them...or death.

Opinião:
Desde que a Carla me apresentou à colecção dos Dark Hunters da Sherrilyn Kenyon que eu decidi que não ia perder esta autora de vista.

Andei a ver pelo Goodreads e descobri esta colecção, que nos leva a Camelot – mas é um Camelot diferente daquele que vocês podem conhecer.

Talvez ainda não tenham percebido mas eu sou o género de rapariga que quer um bad boy que é bom apenas para mim e por mim (não viram a tag Viciadas em Séries? Eu não disse que queria o pirata que era mau mas por causa da Emma virou bom?).


E foi isso que encontrei neste livro – mas dentro de uma realidade que faz sentido, isto é, não foi o Kerrigan conhecer a Seren e nesse dia torna-se um raio de luz. Nunca poderia ser.

Kerrigan é a nossa personagem masculina principal, e é ele o dono da espada Caliburn, a “gémea malvada” de Excalibur – é ele que carrega a “sword of darkness”. Para quem não sabe, estas duas espadas foram criadas pela Dama do Lago, para que houvesse um equilíbrio no mundo, assim como um Merlin de Luz e um Merlin da Escuridão – Kerrigan.

Neste livro Merlin não é exactamente o Merlin que nós conhecemos – aquele velhinho de barbas brancas com infinita sabedoria? Não é bem assim…não é velho, não tem barbas brancas, não tem infinita sabedoria…e não é um homem. Uma das coisas que mais gostei no livro foi de ela se por no lugar do Kerrigan e admitir, que na idade dele e com o que ele tinha passado, a maneira como tinha sido abordado por Morgen (a má da fita) e alguns dos cavaleiros da Távola Redonda, provavelmente até a actual Merlin da luz teria escolhido a escuridão.

O livro tem um passo rápido, é interessante e ao mesmo tempo romântico e aventureiro. Sem dúvida vou continuar a ler esta série, gosto das histórias passadas em Camelot, gosto da escrita da autora e das histórias que cria. Deixou-me com um sorriso nos lábios quando o acabei de ler e a querer saber mais das outras personagens.

domingo, 28 de junho de 2015

[Filme] Nothing But the Truth, de Rod Lurie


Título Original: Nothing But the Truth
Título em Português: A Verdade e Só a Verdade
Realização: Rod Lurie
Argumento: Rod Lurie
Elenco Principal: Kate Beckinsale, Matt Dillon, Vera Farmiga
Ano: 2008 | Duração: 108mins
Sinopse:
A história de Rachel Armstrong, uma jovem repórter da secção nacional do Capitol Sun-Times, um dos mais importantes jornais diários de Washington. Rachel escreve um artigo explosivo, revelando a identidade de uma agente da CIA sob disfarce, Erica Van Doren, que ao ser publicada desencadeia um verdadeiro vendaval, levando o Governo a pedir a identificação da fonte de Rachel. Com o apoio do seu editor, Bonnie Benjamin, do advogado do jornal, Avril Aaronson e do marido, Ray, Rachel desafia o carismático e decidido Procurador, Patton Dubois. Quando Rachel também se recusa a revelar a sua fonte ao Juíz Distrital Hall, este acusa-a de desrespeito pelo Tribunal e manda-a para a cadeia, afirmando que só ela tem o poder de sair da cela e que o tempo a passar no Centro de detenção a ajudará a percebê-lo. A história segue a dura experiência de Rachel atrás das grades, bem como a luta legal empreendida pelo seu advogado, Albert Burnside, que cita a Primeira Emenda da Constituição, quando leva o caso ao Supremo Tribunal de Justiça. Mas toda a gente está ansiosa por saber: quem é afinal a fonte e porque razão está Rachel disposta a sacrificar-se para a proteger?

Opinião:
Em casa tenho uma pilha de DVDs que ainda não foram vistos, dos mais variados géneros cinematográficos. Decidi, este Verão, ver um DVD por semana (vamos lá tentar manter uma promessa até ao final!) e para esta semana calhou Nothing but the Truth. Confesso que não faço a mais pálida ideia de como este filme veio parar cá a casa. Não o conhecia e não tinha bem a noção do que tratava até começar a ver o filme.

Nothing But the Truth é a história de uma jornalista chamada Rachel Armstrong que luta contra o governo em relação à revelação de sua fonte primária de um dos seus artigos. Artigo, este, que revelava que o Presidente dos Estados Unidos, depois de sofrer um atentado, ignorou o relatório de uma agente secreta do CIA em que dizia que Venezuela nada tinha a ver com o ataque. Ainda assim, o Presidente usou essa desculpa para atacar este país, em forma de retaliação.

Achei o filme bastante interessante, com interpretações fantásticas dos principais intervenientes. Kate Beckinsale foi a que mais sobressaiu, mostrando uma mulher determinada, honesta, integra que não se deixa ir abaixo com as ameaças do governo em silencia-la.

E um filme sem muito movimento, alguma lentidão que pode tornar o filme um pouco pesado, mas o tema do filme assim o exige. É uma questão pesada e importante. O papel de um jornalista é revelar a verdade. E é isso que Rachel faz, mas sofre as consequências porque a verdade que revela está directamente ligada ao poder. Uma forma muito interessante de abordar o tema, uma mulher que revela a verdade e sofre as consequências. Como a própria personagem diz no filme, se fosse sobre um homem possivelmente criar-se-ia um feriado em honra do homem que revelou a corrupção no governo; se fosse sobre um homem que fosse para a guerra seria erguida uma estátua, mas como é uma mulher, ela é menosprezada e fazem de tudo para a tornar numa nota de rodapé que ninguém repara.

Este filme faz-nos pensar…



sexta-feira, 26 de junho de 2015

[Filme] Pitch Perfect, de Jason Moore


Título Original: Pitch Perfect
Título em Português: Um Ritmo Perfeito
Realização: Jason Moore
Argumento: Kay Cannon (screenplay), Mickey Rapkin (based on the book by)
Elenco Principal: Anna Kendrick, Brittany Snow, Rebel Wilson
Ano: 2012 | Duração: 112 mins.

Sinopse:
Ao chegar à nova faculdade, Beca descobre que não se dá com muita gente mas, por qualquer razão, é atraída para um grupo que nunca teria escolhido por si: ao lado de raparigas ruins, queridas e estranhas, que a única coisa que têm em comum é cantar bem quando estão juntas. Quando Beca leva este grupo de cantoras acústicas para fora do seu mundo de arranjos tradicionais e harmonias perfeitas, para um registo totalmente diferente, elas irão levar as cordas vocais ao limite para chegar ao topo do canto a cappella. O resultado pode ser a melhor coisa que alguma vez fizeram ou a mais louca… ou provavelmente um pouco de ambas.

Opinião:
Como devem saber o Pitch Perfect 2 já está em exibição nas salas de cinema em Portugal (já há bastante tempo, provavelmente quase a sair de sala), e por essa razão a Joana não se calava a dizer que eu TINHA que ver o primeiro para lhe fazer companhia numa ida ao cinema para ver o segundo. E foi assim que vi Pticth Perfect.

Em 2012, quando o Pitch Perfect saiu e vi o trailer, eu até fiquei algo que entusiasmada para ver o filme, mas acho que é um daqueles filmes que se não for arrastada vai ficando, ficando, ficando até que nunca mais o vejo.

Tenho a dizer que acho sempre imensa piada a este tipo de filmes, de grupos mais artísticos que vão a campeonatos competir com outras escolas, mas sou mais virada para filmes relacionados com danças do que músicas. O que parece irónico porque eu toco (melhor dizendo, tocava) guitarra e tenho uma ligação muito mais próxima com a música do que a dança.

Assim que terminou o filme disse automaticamente que iria dar 4*, no entanto, agora que penso sobre o assunto para escrever esta crítica me apercebo que o filme não me tocou assim tanto quanto pensava inicialmente. O filme é giro, tem uma banda sonora muito boa, e as covers são incríveis. Mas… em termos de conteúdo, de história não…. “me coisou”.

Becca e Fat Amy, sem sombra de dúvida, foram as minhas personagens favoritas. Acho que não é preciso dizer muito nesse aspecto porque acho que é algo óbvio. Becca é a rapariga que vai para a faculdade apenas para fazer a vontade do pai, quando na verdade gostava de ir para Los Angeles seguir o seu sonho no mundo da música. Fat Amy é a australiana incrivelmente sarcástica, bem-humorada sempre com uma boa resposta na ponta da língua. She’s my animal spirit!

Não tenho muito mais que acrescentar nesta crítica porque cada vez que mais penso no assunto menos tenho para dizer. Foi giro, divertido e foram quase 2 horas de entretenimento, mas assim que termina não há nada que fique. Becca, Fat Amy e as covers são o sumo deste filme o que me fez dar a nota que dei.



quarta-feira, 24 de junho de 2015

[Teatro] Nham Nham: Um Delicioso Musical, de Claudio Hochman


Título: Nham Nham: Um Delicioso Musical
Texto: Claudio Hochman
Encenador(a): Claudio Hochman
Elenco: Ana Rita Franco, Andreia Rodrigues, Catarina Vargas, Célias Celas, Christophe Santos, Flávio Jovchelevitch, Gonçalo Beja, Henrique Laurentino, Margarida Silva, Sofia Assis, Soraia Tavares, Tânia Lopes, Teotónio Vernardo
Coreografias: Bruno Cochat
Composições/Direcção Musical: Carlos Garcia
Desenho de Luzes: Alexandre Costa e Claudio Hochman
Músicos: Alexandre Alves (bateria), Cícero Lee (baixo/contrabaixo), Carlos Garcia (piano), João Capinha (saxofone), Tiago Oliveira (guitarra)
Coprodução: Academia INATEL/Teatro da Trindade INATEL (no âmbito das Comemorações 80 anos da INATEL)

Sinopse:
NHAN NHAM – Um delicioso musical, é um puzzle onde se refletem situações que sucedem diariamente num restaurante. Atitudes, comportamentos, vícios, condutas estabelecidas, hábitos, costumes. Um restaurante como espelho da vida, um espaço recortado onde aparecem os mais delirantes episódios, encontros e desencontros frente a frente com um prato de comida pelo meio.

NHAN NHAM é um musical criado de raiz com a entrega e trabalho de um elenco de formandos –intérpretes do Curso de Teatro Musical da Academia INATEL, com a ajuda do corpo docente, constituindo o primeiro espetáculo deste curso.

Opinião Carla:
Se seguem o blog, sabem o quanto fiquei fã das encenações de Claudio Hochman. Esta é, se não estou em erro, a quarta peça que assisto e não desiludiu, antes pelo contrário: subiu ainda mais a fasquia. Confesso que não tinha conhecimento desta peça até a Joana me falar nela, precisamente porque era encenada por Hochman. Decidimos imediatamente ir – não podíamos faltar, porque seria, seguramente, um momento extraordinário e muito divertido.

E não nos enganamos. Nham Nham: Um Delicioso Musical é o resultado de um curso para actores, organizado pela Academia da INATEL, em que eram não só formados em interpretação, mas também como em canto, dança, improvisação, composição e até escrita da peça. Foram os actores, juntamente com os seus professores, que produziram – de raiz – esta peça, em todos os aspectos possíveis. E o trabalho ficou extraordinariamente bem feito.

Começo por dizer que a música era ao vivo. Extraordinários músicos que estavam no canto esquerdo do palco, acompanhando todos os momentos musicais – e não só – da peça. Esta, num resumo muito inglório, descreve várias peripécias dentro de um restaurante, mas não só. Ela é também meta-teatral, referindo-se a ela própria; construindo-se à frente dos nossos olhos.

Todos os actores, sem excepção, estiveram lindamente. Representações impecáveis. Vozes extraordinárias. Um cenário simples, mas perfeito e que se ia construíndo e moldando à nossa frente. Nunca me ri tanto numa peça como em Nham Nham. Vieram-me as lágrimas aos olhos de tanto rir.

É uma crítica pequenina porque não me sinto à altura do trabalho extraordinário que fizeram. Um trabalho verdadeiramente profissional, que tem mérito não só cá, no nosso pequenino país, à beira mal plantando, como em todo o mundo. Um musical cheio de vida, de boa música e boas representações. Muitos parabéns a estes homens e mulheres que criaram um espectáculo que encheu a alma.

Temos talento em Portugal. Temos coisas boas feitas por portugueses. Temos lugares tão bonitos como o Teatro da Trindade. Apostem na cultura. Apostem na cultura de Portugal e por portugueses.

Estava reticente a dar as 5 estrelas, porque normalmente guardo essa classificação para "coisas do outro mundo", mas Nham Nham: Um Delicioso Musical merece. Merece pelo esforço e dedicação de todos. Merece pelo trabalho de cada um. Merece pelo talento. Merece pela diversão. Merece pela qualidade.




Opinião Joana:
Começo por dizer que sempre adorei musicais e este teatro apelava a mim por várias razões, entre elas exactamente o facto de ser teatro musical, ser do Claudio Hochaman e ter uma pessoa que conheço na peça – e só tenho a agradecer porque foi através dela que soube desta peça! :)

Este teatro passa-se num restaurante e, dentro da própria peça, os actores estavam a fazer audições para os papéis de uma peça num restaurante, discutiam que cenas deveriam fazer parte, etc. Foi muito interessante de ver.

Gostei bastante das músicas, que foram em parte escritas pelos actores e pelo director musical, gostei que eles tivessem tido uma parte activa na construção da peça, isto é, não lhes foi dado um guião e “decorem isto”, não, eles sabiam que era uma peça passada num restaurante e o resto era desenvolvido por eles, foram eles que criaram em grande parte as cenas que estavam a representar.

Vimos caras conhecidas, como o Chris Santos (aka o Merlin de Rei Artur), e caras novas, que mostraram o seu talento pela primeira vez.

Acho que o público gostou especialmente desta peça porque retracta situações caricatas que ocorrem todos os dias por restaurantes em todo o mundo, desde o cliente mais picuinhas ao mais indeciso, ao que não dá gorjeta e ao que é mais ignorado simplesmente porque pode não estar tão elegante quanto o restaurante deseja num cliente – mostrava a realidade.

Recomendaria vivamente que fossem ver, não fosse esta peça já ter saído de cena: esteve (apenas) durante sete dias no Teatro da Trindade. Em suma, um tempo bem passado, com situações que todos reconhecemos, com músicas bem construídas, um cenário simples de mesas, cadeiras, copos, pratos e talheres, que serviam como elementos músicas a acompanhar a banda ao vivo.

Só tenho a dar os meus parabéns aos actores, directores, e todos participantes de curso de teatro musical da Academia Inatel. Como a Carla diz, e também foi dito na conversa pós-teatro que se teve entre o público, os actores, os directores do curso, etc, a cultura tem valor e a nossa cultura portuguesa passa muito pelo teatro, o nosso teatro que é tão bom, que merece ser valorizado. É continuar no bom caminho, com produções que verdadeiramente mostram o quão bons são os nossos actores.


terça-feira, 23 de junho de 2015

[Livro] O Pintor de Sombras, de Esteban Martín


Título Original: El Pintor de Sombras
Título em Português: O Pintor de Sombras
Série: --
Autor(a): Esteban Martín
Editora: Saída de Emergência
Páginas: 320
Data de Publicação: 21 de Maio de 2011

Sinopse:
QUEM QUER INCRIMINAR PICASSO?
RESTARÁ ALGUÉM EM QUEM ELE POSSA CONFIAR?


Barcelona, finais do séc. XIX. Um dos maiores génios artísticos de todos os tempos é revelado ao mundo: Picasso. Desde criança que o seu talento irrequieto é avassalador. Picasso é um jovem rebelde que cedo vê os seus estudos académicos serem prejudicados pela sua irreverência. Depois de se apaixonar loucamente por uma mulher, ela abandona-o sem deixar rasto. Ela era a sua musa, a sua inspiração, a primeira mulher que amou verdadeiramente na vida. De coração partido, Picasso começa a procurar consolo na vida boémia e nos bordéis da rua Avignon. Mas tudo se complica quando alguém parece seguir os seus passos, deixando entre as prostitutas um rasto de mortes violentas que apontam Picasso como o principal suspeito. Uma por uma, as estranhas mortes vão-se tornando cada vez mais violentas e assemelham-se em tudo às que 10 anos antes assombraram as ruas de Londres.

Poderá Jack, o Estripador, ter chegado a Barcelona?

Opinião:
Comprei este livro, se não estou em erro, na Feira do Livro de 2014. Julgo que foi oferta naquelas promoções da Saída de Emergência: Compre 3 pague 2. Ao ler a contra capa e ver referência não só a Pablo Picasso, mas também a Jack, the Ripper, tive que o trazer comigo. Para quem me conhece sabe que tenho um fascínio mórbido por esta personagem da história da humanidade. Não sou uma groupie nem nada que se pareça, mas sempre me interessou a mente por trás da história.

O Pintor de Sombras está dividido em duas partes. A primeira tem o título de “Pablo Picasso” e a segunda, o de “Começa a jogo”. Como é óbvio, a primeira parte centra-se na vida de Pablo Picasso. Onde conhecemos o jovem Pablo, a sua personalidade, as suas aventuras, os seus amigos. Achei esta parte, que tem pouco mais de 100 páginas, algo maçadora. Custou-me imenso a avançar e estava a sentir-me ligeiramente frustrada e desiludida com a história. Até que certa altura há um crime – de uma prostituta que Pablo tão bem conhecia. E eis que as coisas tornam-se muito mais interessantes e entramos no segundo bloco deste livro.

Que Pablo Picasso e Jack, the Ripper faziam parte do livro, isso já sabia, o que não estava à espera era que “Sherlock Holmes” e “John Watson” aparecessem também nesta trama. Passo a explicar: vendo que a polícia de Barcelona não tinha capacidade de lidar com o crime, decidem chamar o único Detective Consultor do mundo – que é um inglês e que criou a sua própria profissão (onde é que já ouvimos isto?). Arrow e Sherrinford são dois amigos em tudo semelhantes a Sherlock Holmes e Dr. Watson, não fossem eles, neste livro, a inspiração de Sir Arthur Conan Doyle para estas personagens ficcionais.

As semelhanças entre os crimes que acontecem em Barcelona (e uns que ocorreram uns anos antes, também, em Barcelona) com os crime de Jack, the Ripper são notórias. São prostitutas, são cinco crimes horrendos, feitos com o mesmo modus operandi. Enquanto estava a ler o livro iam surgindo alguns nomes que me soavam familiares. Com a minha curiosidade a dar cabo dos meus nervos decidi investigar. Há uns anos li Jack, o Estripador: Retrato de um Assassino, de Patricia Cornwell – um livro sobre a investigação de Cornwell sobre a possível identidade e motivos do Estripador. Esse livro tem referências a pessoas que surgem neste livro como personagens. O plot, no seu termo mais geral, em tudo me fazia lembrar o filme From Hell, dos irmãos Hudges e protagonizado por Johnny Depp. Que vim a descobrir, através dos agradecimentos, que estas obras que referi, e muitas outras, serviram de inspiração para o autor.

O que acontece neste livro é que Jack, the Ripper aparecem em Barcelona e por uma razão (que não vou revelar e que terão que ler para descobrir) arranja forma de culpabilizar o jovem pintor, Pablo Picasso.

Não consegui sentir qualquer ligação com a personagem de Pablo. No entanto, Arrow e Sherrinford foram super interessantes. E, para mim, o melhor aspecto deste livro. Achei o enredo muito bem construído – principalmente a parte dos crimes e a sua solução; a relação de Arrow e Sherrinford é muito interessante e cativante; e a forma como determinadas personagens foram sendo desenvolvidas está extraordinariamente bem feito. No entanto, não sei se por estar algo familiarizada com a história de Jack, the Ripper e conseguir reconhecer alguns nomes e alguns motivos, a identidade do assassino tornou-se algo óbvia cedo de mais.

Antes de terminar queria deixar aqui duas citações – duas falas de Arrow, o Detective Consultor – que achei tremendamente interessantes e acutilantes:

Em dois meses e meio, o nosso monstro matou e mutilou pelo menos cinco mulheres em Whitechapel, ainda que existam outros crimes sem solução que a imprensa não hesitou em atribuir-lhe. Graças aos jornais, converteu-se no assassino mais célebre da história e é isso que me leva a dizer que se tornou parte da mitologia popular. Tornaram-no famoso, Sherrinford, e é precisamente este fascínio mórbido o que me inquieta, esta atenção da imprensa. Aonde queremos conduzir o público e o que queremos fazer com ele? Os novos meios de comunicação inquietam-me.
(…)

Mas não é cultura. O lixo atrofia a menta e leva as pessoas a pedirem mais e mais lixo até se transformarem em porcos, como os companheiros de Ulisses.

sábado, 20 de junho de 2015

[Livro] Love in the Ley Lines, de Kate Carson


Título Original: Love in the Ley Lines
Título em Português: --
Série: The Ley Lines
Autor(a): Kate Carson
Editora: Snow Fox Publishing
Páginas: 66
Data de Lançamento: 27 de Junho de 2015
Sinopse:
The dissolution of the pending union between Isabel and Nicol has left Millie to deal with the fallout and its devastating consequences. As her time in the past nears its end, she must decide which battles are worth fighting, and how far her feelings for Cian MacKay will test the boundaries of her new family's trust. Can Millie reverse the fate of the MacAllister Clan and change their fortunes? Will Cian comply with his family's plans? Does Millie's heart belong in the past or present?
~ Recebemos este livro directamente da autora. Obrigada! ~

Opinião:
Se têm acompanhado o blog sabem o quanto eu e a Joana temos gostado da trilogia The Ley Lines e como estávamos ansiosas por receber o terceiro e último livro. Chegou até nós na passada quinta-feira e metemos logo mãos à obra!

Uma vez que Love in the Ley Lines é o último livro da trilogia, é onde tudo termina. Todas as questões são respondidas, todos os momentos têm um significado, tudo faz sentido. Há uns tempos perguntei a Kate Carson, a autora, porque é que ela não escrevia um único livro em vez de três pequenas partes, ao que ela me respondeu que era uma grande fã de séries e que queria transportar isso para a sua escrita. Na minha opinião, foi algo novo para mim, mas que resultou bastante bem. Eu sentia a mesma “necessidade” que sinto quando sigo uma série de televisão: a mesma ânsia de saber o que vai acontecer a seguir. Carson conseguiu criar cliffhangers extraordinários e são, possivelmente, uma das melhores coisas desta trilogia.

Love in the Ley Lines é o final perfeito para esta estória. Não vou desenvolver muito esse aspecto, porque eu quero que tenham a mesma experiência que eu tive ao ler esta trilogia. Mas deixem-me evidenciar uma coisa: Millie tornou-se numa das minhas personagens femininas favoritas. Ela é corajosa, forte, determinada, e está disposta a fazer tudo por aqueles que ama.

Eu gostei da maneira como certas personagens cresceram ao longo da estória. Eu gostei como Millie influenciou as pessoas e os acontecimentos do século XIV, mas também como eles a influenciaram a ela. Cian é uma personagem masculina bastante interessante. Para dizer a verdade, gostaria de ler mais sobre ele. Mas Abraham é a minha personagem favorita. A relação dele com Millie é incrível, muito carinhosa e adorável. Ele é realmente o pai de Millie. E é divertido!

Resumindo, este terceiro livro mantém a consistência dos anteriores. Tudo acontece naturalmente. Eu não sabia como Kate Carsons iria trazer Millie para o presente, e fê-lo de uma forma bastante interessante e perfeita. Só tenho que apontar um aspecto negativo: a cena da batalha pareceu-me demasiado confusa. Eu não sei se é porque estava super ensonada e cansada, mas às vezes não conseguia perceber bem como X se transformava em Y. Mas, para ser sincera, batalhas são confusas, por isso, se calhar, até é um ponto positivo.

Adorei e vou continuar a acompanhar a escrita de Kate Carson, sem dúvida!


• Lass of the Ley Lines (The Ley Lines #1) (Joana)
• Lass of the Ley Lines (The Ley Lines #1) (Carla)
• Lost in the Ley Lines (The Ley Lines #2) (Joana)
• Lost in the Ley Lines (The Ley Lines #2) (Carla)
Love in the Ley Lines (The Ley Lines #3) (Joana)
• Love in the Ley Lines (The Ley Lines #3) (Carla)

sexta-feira, 19 de junho de 2015

[Livro] Love in the Ley Lines, de Kate Carson


Título Original: Love in the Ley Lines
Título em Português: --
Série: The Ley Lines
Autor(a): Kate Carson
Editora: Snow Fox Publishing
Páginas: 66
Data de Lançamento: 27 de Junho de 2015
Sinopse:
The dissolution of the pending union between Isabel and Nicol has left Millie to deal with the fallout and its devastating consequences. As her time in the past nears its end, she must decide which battles are worth fighting, and how far her feelings for Cian MacKay will test the boundaries of her new family's trust. Can Millie reverse the fate of the MacAllister Clan and change their fortunes? Will Cian comply with his family's plans? Does Millie's heart belong in the past or present?
~ Recebemos este livro directamente da autora. Obrigada! ~

Opinião:
Finalmente chegou o terceiro e último livro das Ley Lines! Caso ainda não tenham percebido, eu a e Carla estávamos ansiosas por o ler!

A autora começa por fazer um pequeno resumo de tudo o que se passou nos últimos dois livros relembrando (quem poderia esquecer?) tudo aquilo pelo qual os nossos heróis tinham passado.

Como os livros anteriores, cenas românticas não faltam, mas neste livro temos mais que isso. Temos o amor (do qual não tínhamos dúvidas) a ser declarado e consumado. Agora de qual dos amores presentes nesta história estarei a falar isso já é algo que terão de ser vocês a descobrir. Abraham, como foi nos outros livros, continua a ser a minha personagem favorita e, sou sincera, tinha medo que a autora decidisse fazer com ele algo que eu não gostasse (tipo George R.R. Martin, que aparentemente mata as personagens favoritas de todos) mas não tive razões de queixa.

Isabel...ai Isabel e os seus desmaios e quase desmaios... Tirando isso (que eu até percebo porque as mulheres da sua época não iam para a batalha) adorei que ela, finalmente, falasse por si própria!

Como o Cian e a Millie, não gostei que se perdessem tantas vidas mas fazia parte, era necessário ao enredo.

A Millie, como sempre, pôs as mãos ao trabalho e foi ela que decidiu o destino dos clãs, praticamente. You go girl!

E o melhor momento foi, sem dúvida, com o horrível Nicol. Eu não fazia ideia como a Kate Carson ia conseguir trazer a Millie de volta ao século XXI mas ela fê-lo de maneira genial! Não estava nada à espera, e é difícil surpreender-me.

Como imagino que saibam, estas histórias normalmente têm finais felizes esta não é excepção: mas nós não lemos estes livros pelo seu final, até ficamos desapontados se não for o que quase nos é prometido logo de início. Nós lemo-los pelas suas personagens, por aquilo que cada uma delas traz para a mesa. Cian, Millie, Isabel, Abraham, foram sem dúvida personagens completas, interessantes, complexas e simples na sua complexidade, personagens que nos fizeram torcer pela sua felicidade.

Depois de isto tudo, se Millie ficou ou não com Cian (ou se ele morreu na batalha), se Millie voltou sozinha (ou acompanhada) para o século XXI ou decidiu ficar no século XIV, se Isabel casou com Cian ou decidiu-se por outra pessoa, isso serão coisas que, para descobrirem, terão de ler o livro.



• Lass of the Ley Lines (The Ley Lines #1) (Joana)
• Lass of the Ley Lines (The Ley Lines #1) (Carla)
• Lost in the Ley Lines (The Ley Lines #2) (Joana)
• Lost in the Ley Lines (The Ley Lines #2) (Carla)
• Love in the Ley Lines (The Ley Lines #3) (Joana)
Love in the Ley Lines (The Ley Lines #3) (Carla)

quinta-feira, 18 de junho de 2015

[Filme] The DUFF, de Ari Sandel


Título Original: The DUFF
Título em Português: --
Realização: Ari Sandel
Argumento: Josh A. Cagan (screenplay), Kody Keplinger (novel)
Elenco Principal: Mae Whitman, Bella Thorne, Robbie Amell
Ano: 2015 | Duração: 101 mins.

Sinopse:
A high school senior instigates a social pecking order revolution after finding out that she has been labeled the DUFF - Designated Ugly Fat Friend - by her prettier, more popular counterparts.


Opinião:
Eu sou uma pessoa com um espírito muito aberto em relação a adaptações/remakes/reboots de obras (quer sejam literárias ou cinematográficas), mas isso não me impede que tenha determinados “requisitos” que desejo ver satisfeitos. Ainda assim, antes de uma avaliação comparativa, consigo separar as duas coisas. E para que é esta conversa toda? Porque vi The DUFF, de Ari Sandel, uma adaptação do livro homónimo de Kody Keplinger.

Começo por dizer que gostei imenso do livro, já o li há uns aninhos por isso alguns pormenores estão um pouco blurry . Não é o único livro que li da Kody Keplinger. E entre os vários que li desta autora, o The DUFF está no top. Mas vou-me calar porque eu não estou aqui para fazer a review do livro, mas sim da sua adaptação ao cinema.

Como qualquer filme para adolescentes, o seu tom – um pouco também como acontece no livro – é leve e divertido. Temos Bianca, uma rapariga determinada, inteligente, alternativa, com ideias muito particulares de ver a vida que nunca pensou ser a DUFF do grupo. E o que quer dizer DUFF? Designated Ugly Fat Friend. Bianca está de longe de ser ugly ou fat, mas em comparação com as suas duas melhores amigas é exactamente isso que ela é. Ela é aquele membro do grupo que não precisa de ser feio ou gordo, mas é o que faz os restantes parecerem ainda melhores.

Querendo mudar a situação, Bianca pede ajuda ao amigo de infância/vizinho/popular jogador de futebol Wes para a ajudar a deixar de ser DUFF em troca de fazer com que ele passe a química. A partir daqui a continuação da estória é bastante óbvia. A meu ver, a originalidade da estória não é a parte importante deste filme, possivelmente o contrário. É a proximidade que qualquer um pode ter com as personagens – em especial com Bianca – e criar uma ligação com elas.

Apesar do tom leve e divertido, temos uma mensagem muito importante e significativa neste filme. Todos somos DUFFs de alguém, mas isso não nos faz menores ou insignificantes. Haverá sempre alguém mais giro, mais inteligente, mais divertido, mas em algum aspecto alguém será o nosso DUFF. Temos que ser nós mesmos e aceitar-nos tal como somos. Se queremos ser melhores, tudo bem, trabalhar para isso, mas não devemos moldar-nos ao que os outros pensam ou esperam de nós. Cliché, mas verdadeiro.

Não é um filme extraordinário, mas é giro e divertido. Cumpre o que promete. E está relativamente fiel ao livro; o essencial está lá. Não há representações do outro mundo, mas é-nos próximo. Deixa uma mensagem interessante numa sociedade que dá tanto valor às redes sociais, às aparências e ao que os outros pensam. No final ficamos com aquele sentimento “warm and fuzzy”.


segunda-feira, 15 de junho de 2015

Feira do Livro de Lisboa 2015

Todos os anos decorre no Parque Eduardo VII, como todos devem saber, a Feira do Livro de Lisboa, sendo este ano a 85ª edição da mesma - de 28 de Maio até 14 de Junho. Sendo ambas grandes consumidoras e amantes de livros é um evento a que não poderíamos faltar. 

Queríamos ter feito algo mais em relação à FLL aqui no blog, mas o trabalho imenso em que estivemos, ambas, envolvidas não permitiu. No entanto, não queríamos deixar isto passar em branco. Achamos que este este ano a Feira do Livro estava ligeiramente àquem do que costuma ser. Não nos sentimos tão entusiasmadas com a oferta (apesar de a pilha da Carla parecer dizer o contrário). A Carla porque nas duas últimas edições perdeu a cabeça e comprou montanhas de livros que estão por ler, ainda; a Joana porque porque viu poucos livros que a prendessem e os que prendiam já os tinha. 

Ainda assim, não viemos de mãos vazias. E agora que a mesma terminou, vejam o que veio connosco para casa: 


Compras da Carla:

- Gramática de Alemão | Goodreads | Wook
- A Estranha Vida de Nobody Owens, de Neil Gaiman | Goodreads | Wook | Bookdepository
- O Sobrinho Mágico, de C.S. Lewis | Goodreads  | Wook | Boodepository
- O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, de C.S. Lewis | Goodreads | Wook | Bookdepository
- O Cavalo e o seu Rapaz, de C.S. Lewis | Goodreads | Wook | Bookdepository
- O Princípe Caspian, de C.S. Lewis | Goodreads | Wook | Bookdepository
- A Viagem do Caminheiro da Alvorada, de C.S. Lewis | Goodreads | Wook | Bookdepository
- O Trono de Prata, de C.S. Lewis | Goodreads | Wook | Bookdepository
- A Última Batalha, de C.S. Lewis | Goodreads | Wook | Bookdepository
- * Valentina, de Evie Blake | Goodreads | Wook | Bookdepository
- * 365 Razões para Correr | Wook
- Mitos e Lendas da Grécia Antiga, de Marília P. Futre Pinheiro | Goodreads | Wook

* Foram oferta num jogo da Editorial Presença (tive a infelicidade de me calhar 2x o mesmo livro. *tears*)


Compras da Joana:



- Incarnate – Encarnação, de Jodi Meadows | Goodreads | Wook | Bookdepository
- Oblívio, de Filipe Faria | Goodreads | Wook
- Escritos dos Ancestrais, de Rodrigo McSilva | Goodreads | Wook
- Tentadora ao Cair da Noite, de Emma Wildes | Goodreads | Wook
- * 365 Razões para Correr | Wook

* Foi oferta num jogo da Editorial Presença - e não está na foto porque eu ofereci-o xD


E vocês? Foram à Feira do Livro? Muitas compras? Mostrem-nos os amigos que foram com vocês para casa, e digam-nos o que mais gostam da Feira do Livro de Lisboa. :)


sábado, 13 de junho de 2015

[Série] iZombie | Temporada 1


Título Original: iZombie
Criado por: Rob Thomas e Diane Ruggiero-Wright
Baseado em: iZombie, de Chris Roberson e Michael Allred
Elenco: Rose McIver, Malcolm Goodwin, Rahul Kohli, Robert Buckley e David Anders
Banda Sonora: Josh Kramon
Género: Terror, Crime, Comédia-drama
Canal: The CW | Ano: 2015 -
Temporadas: 1 | Episódios: 13

Sinopse:
A med student-turned-zombie takes a job in the coroner’s office to gain access to the brains she must reluctantly eat to maintain her humanity, but with each brain she consumes, she inherits the corpse’s memories. With the help of her medical examiner boss and a police detective, she solves homicide cases in order to quiet the disturbing voices in her head. Based on the characters created by Chris Roberson and Michael Allred, and published by DC Comics’ Vertigo imprint.

Opinião:
Aqui temos mais uma crítica a uma série que é baseada em comics, ideia que não passa despercebida no próprio opening da série iZombie.



Esta série começou a midseason, grande parte das séries já iam a meio das temporadas quando iZombie começou. Inicialmente, comecei a ver porque achei o trailer engraçado e era sobre zombies. Não esperem nada no género de The Walking Dead ou Dawn of the Dead. Não tem nada a ver. A meu ver é algo novo e refrescante. Fazendo um resumo incrivelmente breve: iZombie é sobre a Olivia "Liv" Moore, uma médica que é transformada em zombie e que passa a trabalhar na morgue onde come os cérebros dos mortos. Por causa disso, tem visões e ajuda o Detective a resolver os crimes. Basicamente, uma medium médica-legista zombie.

A série tem um tom leve, prima pela diversão aleada ao um lado criminal e científico. Antes de ser transformada, Liv estava noiva de Major e, depois de ser transformada, termina o noivado, deixa a carreira brilhante de médica e passa a trabalhar como assistente na morgue. Ela é uma pessoa normal que apenas precisa de se alimentar de cérebros, de tanto em tanto tempo, para não entrar em modo "full on zombie" e virar o típico zombie dos filmes. Ravi, o chefe, é o único que sabe do seu segredo e que tenta ajudá-la a encontrar uma cura. Ele é a minha personagem secundária favorita. Aquele sotaque britânico é incrível. Para dizer a verdade, as minhas duas personagens favoritas têm sotaque britânico. O que será que isso diz sobre mim?


Liv considera Major o amor da sua vida, no entanto, nunca consegui ver grande química entre eles. Melhores amigos, sim, mas casal? Não. Não os consigo imaginar juntos, a coisa não me parece certa. No entanto, temos o Lowell… mas já lá iremos.

Liv achava que era a única zombie até conhecer Blaine, o outro zombie e que curiosamente foi quem a transformou. Blaine é uma personagem interessante. Muito pragmático, ambicioso, determinado, uma pessoa – ou zombie – que não olha a meios para atingir os seus fins. Rapidamente, vamos conhecendo novos zombies e apercebemo-nos que Blaine tem algo a ver com o seu aparecimento.

Uma das premissas desta série é que um zombie ao comer os cérebros dos mortos adquire momentamente as suas memórias e a sua personalidade. Ou seja, Liv apesar de continuar a ser a Liv de sempre, em todos os episódios temos traços de personalidade diferentes, às vezes dentro do mesmo episódio temos várias Liv diferentes. O que, a meu ver, é um ponto positivo em relação não só à série, mas à prestação, principalmente, de Rose McIver que dá vida a Olivia Moore. Tanto num episódio temos uma mãe protectora, ou uma adolescente cheerleader, como noutro temos uma sniper implacável.

Bradley, tu és giro que se farta. Loiro ficas uma brasa, mas de cabelo preto e com esses olhões incríveis, ficas... nem tenho palavras! 
Look at that smile! *heavy breathing*

No episódio 5 conhecemos Lowell Tracy, um músico emo britânico, de cabelos negros e olhos azuis (a primeira vez que o vi fiquei: Eu conheço a tua cara de algum lado… até que BAM! É o Arthur da série da BBC Merlin!!). Só perto do final do episódio é que sabemos que ele é, também, um zombie. Enquanto Liv e Blaine mantêm o visual de zombie - pele e cabelos brancos (well, a certa altura Blain deixa o cabelo branco, mas bronzeia a pele) – Lowell pinta o cabelo e vai ao solário, não deixando adivinhar que é também um zombie antes de ele próprio o revelar.

Para mim, Lowell é o par ideal para Liv: são os dois zombies, podem ser verdadeiros um com o outro, eles entendem o que cada um está a passar e podem ajudar-se mutuamente; têm química; os momentos entre os dois são uma mistura de fofice e diversão; são incrivelmente fofos juntos. Resumindo: são perfeitos. A relação deles para além de super cute, cheia de química é, também, super divertida! Mas… they had to do it, didn't they?

Writers, I'll never forgive you!

Em suma, foi uma série curtinha, apenas com 13 episódios (enfim, quem é fã de Sherlock, ou qualquer outra série britânica, em geral, ter 13 episódio é um luxo!), mas que condensa muitos aspectos interessantes: diversão, momentos de tensão, lutas, fofice, e coisas diferentes todos os episódios. Definitivamente não é uma série aborrecida. iZombie é uma das novas séries que mais gostei desta temporada (apesar de ter ficado ligeraimente desiludida com o final da temporada), com conceitos novos em um tema que já não é novidade (zombies are the new vampires).

TEMPORADA 2 JÁ FOI CONFIRMADA E iZOMBIE ESTARÁ DE VOLTA!