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domingo, 16 de agosto de 2015

[Filme] O Pátio das Cantigas, de Leonel Vieira


Título Original: O Pátio das Cantigas
Realização: Leonel Vieira
Argumento: António Lopes Ribeiro, Francisco Ribeiro e Vasco Santana (argumento original) e Pedro Varela
Elenco Principal: Miguel Guilherme, César Morão, Dânia Neto, Sara Matos
Ano: 2015 | Duração: 110 mins

Sinopse:
"Bom dia menina Rosa!" é como arranca o "O Pátio das Cantigas" onde mora a linda balconista Rosa e os seus dois pretendentes: Narciso, um guia turístico poliglota que trabalha noite e dia… e o Evaristo, dono da mercearia gourmet, pessoa de génio agreste e pai da menina Celeste, aspirante a artista de telenovela.

Já não tarda o Santo António, e eis o caso nunca visto das tentações do demónio do pátio do Evaristo.

Opinião:
Num dia chuvoso nada melhor do que fazer um plano em família e ir ao cinema. O filme escolhido: O Pátio das Cantigas. E foi um programa incrível.

O nome O Pátio das Cantigas certamente que é familiar, uma vez que é um dos filmes mais icónicos do cinema português. Por essa razão, quando se começou a falar de que haveria um novo O Pátio das Cantigas fiquei automaticamente curiosa e com vontade de ver. Uma das coisas que acho que é preciso ter em mente é que o filme nunca pretende ser um remake fiel do filme de 1942. Usa as mesmas personagens, algumas falas emblemáticas, um alinhamento de enredo semelhante, mas é mais do que isso. O Pátio das Cantigas é uma comédia ligeira portuguesa, um filme em que rimos do início ao fim; reconhecemos caras dos actores e os nomes das personagens; damos um saltinho na cadeira quando chegam momentos tão característicos que mesmo quem nunca viu o filme original as conhece.

Um dos factores mais fortes do filme, para mim, é a cor e os planos. Um bairro muito característico de Lisboa, cheio de vida e cor, como é normal durante os Santos. Vila Berta, na Graça, acolheu O Pátio das Cantigas no seu seio, tendo sido toda restaurada pela Câmara Municipal de Lisboa, voltando ao seu estado magnífico. Em termos técnicos, acho um filme bastante bom: sequências interessantes, planos bem enquadrados, alguns até algo arrojados, cores fortes e marcantes. É, sem dúvida, um filmes português. Em termos de representação já não se pode dizer o mesmo, mas, para dizer a verdade, algumas vezes esse é o mote da comédia, mas para mim, algumas interpretações não me convenceram e foram algo dolorosas de ver.

Tenho que acrescentar que adorei ver uma sala de cinema cheia (mesmo que não fosse a maior) sem lugares vagos num filme português. Não se acanhem porque “é um filme português” e dirijam-se as inúmeras salas de cinema espalhadas por todo o país e vejam o filme, será um momento muito bem passado, vão-se rir e divertir muito. Já disse isso a quando da crítica do Capitão Falcão, apostem no cinema português. Percam o preconceito. Há bom cinema português.

Em Dezembro esperamos pelo O Leão da Estrela, pela mão do mesmo realizador e com o mesmo elenco – tal como os filmes originais.


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