Título Original: Big Eyes
Título em Português: Olhos Grandes
Realização: Tim Burton
Argumento: Scott Alexander e Larry Karaszewski
Elenco Principal: Amy Adams, Christoph Waltz, Krysten Ritter
Ano: 2014 | Duração: 106 mins
Título em Português: Olhos Grandes
Realização: Tim Burton
Argumento: Scott Alexander e Larry Karaszewski
Elenco Principal: Amy Adams, Christoph Waltz, Krysten Ritter
Ano: 2014 | Duração: 106 mins
Sinopse:
Margaret (Amy Adams) era uma mãe solteira tímida e insegura que se exprimia através de pinturas de crianças com olhos tristes e exageradamente grandes. Em 1955, casou-se com Walter (Christoph Waltz), um homem ambicioso que lhe prometia uma vida tranquila. Quando ele se apercebeu das potencialidades artísticas da sua jovem mulher, decidiu dedicar-se de corpo e alma à venda dos quadros dela, publicitando-os como se fossem criações suas. Margaret, em nome de Walter Keane, tornou-se assim uma das artistas mais populares das décadas de 1950 e 60, com retratos encomendados por famosos do mundo inteiro, como Natalie Wood, Robert Wagner, Kim Novak, Liberace, Zsa Zsa Gabor, Joan Crawford, Jerry Lewis, Dean Martin, Helena Bonham Carter, Adlai Stevenson ou o casal John e Carolyn Kennedy. Até que a chocante verdade acaba por vir a público: o mérito de todo aquele sucesso não pertencia a Walter, mas à tímida Margaret, que durante todos aqueles anos se tinha escondido na sombra de um marido autoritário…
Opinião:
Tenho que começar esta crítica dizendo que Tim Burton é um dos meus realizadores favoritos. No entanto, ultimamente não tenho sentido grande afinidade com os seus filmes. Falta algo. Falta aquele toque "Burtoniano" que sempre me apaixonou. E Big Eyes não é diferente.
É uma história baseada em factos reais. A história de Margaret Keane a verdadeira autora dos quadros Big Eyes, que durante anos a autoria foi atribuída ao seu marido Walter Keane. A premissa é interessante, ver a história de uma mulher que largou o marido e se tornou mãe solteira ainda antes de a ideia passar pela cabeça de quem quer que seja. Uma mulher cheia de talento que se dedicava de corpo e alma aos seus quadros, mas que não tinha grande sucesso porque era mulher numa altura em que ainda se via a mulher como uma extensão da cozinha e pouco mais do que isso. Conhece Walter Keane (também ele pintor – o que será que não?), com quem acabou por casar, que com a sua lábia e encanto conseguiu vender os quadros de Margaret, mas assumiu a autoria dos mesmos. Ela nunca o contradisse porque achava que era a única forma de a sua arte proliferar e chegar ao maior número de pessoas. Mas Walter só queria saber do dinheiro e tornou-se num homem obsessivo, desconfiado e até violento, chegando a ameaçar Margaret.
Big Eyes é um filme interessante e até bastante apelativo ao olhar. No início, há remotas semelhanças com Edward Scissorhands, com a forma característica de como o Burton apresenta a América dos anos 50 - mesma geometria, as cores fortes -, mas no decorrer do filme, começa a desaparecer aquele toque característico de Burton. A certa altura era com dificuldade que associava o filme ao meu realizador favorito. Faltava algo. Ainda assim, é um filme bom e agradável, com uma interpretação fantástica de Amy Adams e Christoph Waltz, este último sobressaindo através da crescente loucura da personagem.
Mais uma vez, como já é característico de Burton, a música ficou ao encargo de Danny Elfman – que já trabalhou com Burton em Edward Scissorhands, Sleepy Hollow, Batman e Batman Returns, Corpse Bride, Alice in Wonderland, entre outros – e não desapontou, criando uma suavidade e leveza durante todo o filme, mas nos momentos chave marcando a tensão perfeitamente. É um filme colorido, cheio de cores, suavidade, leveza que Amy Adams apresenta na perfeição. Resumindo, é um filme bonito.
Tenho que começar esta crítica dizendo que Tim Burton é um dos meus realizadores favoritos. No entanto, ultimamente não tenho sentido grande afinidade com os seus filmes. Falta algo. Falta aquele toque "Burtoniano" que sempre me apaixonou. E Big Eyes não é diferente.
É uma história baseada em factos reais. A história de Margaret Keane a verdadeira autora dos quadros Big Eyes, que durante anos a autoria foi atribuída ao seu marido Walter Keane. A premissa é interessante, ver a história de uma mulher que largou o marido e se tornou mãe solteira ainda antes de a ideia passar pela cabeça de quem quer que seja. Uma mulher cheia de talento que se dedicava de corpo e alma aos seus quadros, mas que não tinha grande sucesso porque era mulher numa altura em que ainda se via a mulher como uma extensão da cozinha e pouco mais do que isso. Conhece Walter Keane (também ele pintor – o que será que não?), com quem acabou por casar, que com a sua lábia e encanto conseguiu vender os quadros de Margaret, mas assumiu a autoria dos mesmos. Ela nunca o contradisse porque achava que era a única forma de a sua arte proliferar e chegar ao maior número de pessoas. Mas Walter só queria saber do dinheiro e tornou-se num homem obsessivo, desconfiado e até violento, chegando a ameaçar Margaret.
Big Eyes é um filme interessante e até bastante apelativo ao olhar. No início, há remotas semelhanças com Edward Scissorhands, com a forma característica de como o Burton apresenta a América dos anos 50 - mesma geometria, as cores fortes -, mas no decorrer do filme, começa a desaparecer aquele toque característico de Burton. A certa altura era com dificuldade que associava o filme ao meu realizador favorito. Faltava algo. Ainda assim, é um filme bom e agradável, com uma interpretação fantástica de Amy Adams e Christoph Waltz, este último sobressaindo através da crescente loucura da personagem.
Mais uma vez, como já é característico de Burton, a música ficou ao encargo de Danny Elfman – que já trabalhou com Burton em Edward Scissorhands, Sleepy Hollow, Batman e Batman Returns, Corpse Bride, Alice in Wonderland, entre outros – e não desapontou, criando uma suavidade e leveza durante todo o filme, mas nos momentos chave marcando a tensão perfeitamente. É um filme colorido, cheio de cores, suavidade, leveza que Amy Adams apresenta na perfeição. Resumindo, é um filme bonito.
Concordo que os actores fizeram excelentes papeis! O Christopher Waltz chegou a um ponto que me metia medo só de imaginar que alguém pode ser assim!
ResponderEliminarVerdade, a parte final deixou-me angustiada. x)
EliminarNo entanto, o filme como um todo não me satisfez. Tendo em conta que Tim Burton é o meu realizador favorito tenho a tendência de me tornar um pouco mais "exigente", porque acho o Tim Burton tem uma visão muito especial e é uma das coisas que gosto no trabalho dele, por isso espero que sempre que ele se supere ou deixe a sua marca caracteristica (que não sei sequer como explicar, é algo que sinto). Coisa que aqui não aconteceu. É um bom filme, sim, não digo o contrário, mas tendo a assinatura de Tim Burton queria algo mais. Falta algo, como disse. x)
(Carla D.)
Adoro mesmo Tim Burton, mas tenho sentido que ele já não é o que era, falta qualquer coisa. Mas continua a ser o meu realizador preferido sem dúvida!
ResponderEliminarConcordo. Aquela magia tão caracteristica do Tim Burton não se tem reflectido nestes últimos filmes. Se calhar por serem adaptações, ou algo do género, e sente que não pode ir além de certos limites. Não sei. Mas tenho pena porque era dos poucos realizadores com uma visão bastante interessante (e diferente, diga-se) do cinema e era algo que adorava. x)
Eliminar(Carla D.)