Título em Português: O Nosso Milagre
Realização: Patricia Riggen
Argumento: Christy Beam (livro), Randy Brown (adaptação)
Elenco Principal: Jennifer Garner, Kylie Rogers, Martin Henderson
Ano: 2016 | Duração: 1h49min
Realização: Patricia Riggen
Argumento: Christy Beam (livro), Randy Brown (adaptação)
Elenco Principal: Jennifer Garner, Kylie Rogers, Martin Henderson
Ano: 2016 | Duração: 1h49min
Sinopse:
Aos cinco anos, Anna foi diagnosticada com uma doença incurável que lhe causava dores de estômago fortíssimas e que a impedia de comer normalmente. A família, desesperada, recorreu a vários médicos, procurando uma solução. Mas, infelizmente, nada podia ser feito por ela. Um dia, já com dez anos, a pequena sofre uma queda aparatosa de uma árvore e quase perde a vida. Depois de levada de urgência para o hospital, todos se deparam com algo extraordinário: para além de ter sobrevivido à queda apenas com alguns arranhões, deixou de ter quaisquer sintomas da doença que, supostamente, não tinha cura. Apesar de confusa e sem explicação para o sucedido, a família fica exultante com a notícia. Mas, com o passar dos dias, Anna conta que, durante o tempo em que esteve sem sentidos, visitou o Céu e conversou com Jesus, que a enviou de novo para junto da família, dizendo-lhe que tinha planos para ela na Terra.
Opinião:
Já tinha visto o filme “O Céu existe mesmo”, e este é dentro do mesmo género. Em comparação, “O Céu existe mesmo”, foi um filme melhor que este, e passo a explicar porquê.
Em “O Nosso Milagre”, o filme é mais sobre o tempo que Anna Beam está doente, e menos sobre a transformação que a família sofre devido à misteriosa doença da menina. A mãe de Anna, Christy Beam (Jennifer Garner), é quem mais sofre uma luta interior (e exterior) durante todo o filme, e nesse sentido aplaudo a actriz pelo seu desempenho. Com as emoções ao rubro, este é um filme “a puxar ao sentimento”, como se costuma dizer.
Achei que faltava algo, além da luta desta mãe e filha contra um inimigo que não tinham como lutar contra, como acontece com tantas outras pessoas. Porque, sinceramente, o que interessa não é talvez a doença em si, mas a maneira como cada um lida com ela (ou com a evolução dela, ou os seus resultados – que foi o que aconteceu n’ “O Céu existe mesmo”): como a mãe se exaltava por não poder fazer nada, como a filha mostrava a sua dor, como as irmãs de Anna perguntavam o que iria acontecer se não chegassem a tempo de a ver, como o pai destas três raparigas lutou para manter a família à tona enquanto uma das suas filhas estava com a mãe, longe de tudo o que lhes era familiar, apenas para tentarem ter uma hipótese de sucesso. Isto foi, sem dúvida, mostrado no filme, mas gostaria de o ter visto mais desenvolvido.
Foi engraçado que, depois de ver o filme, fui à página do facebook Humans of New York , e descobri que a página estava a partilhar histórias recolhidas do serviço de pediatria do Memorial Sloan Kettering Cancer Center. E lembro-me de ler a história de um senhor que dizia que o filho ter cancro devia ser culpa dele, porque o miúdo nunca tinha feito nada de mal – isto imediatamente levou-me para uma cena do filme, onde três pessoas rodeiam Christy e o marido e dizem que eles devem estar a pecar, ou não devem ter pedido perdão a Deus (não vamos aqui falar da parte religiosa – é um comentário ao filme, apenas) e que TEM de ser por isso que a filha deles está doente – porque todos rezam por ela, e se ao fim de meses ela ainda não melhorou, então deve ser culpa dos pecados dos pais dela. Isto irritou muito Christy, como se pode calcular, e faz-nos ver com outra perspectiva o pensamento de algumas pessoas. O que me agradou nessa cena, foi o pastor/padre falar imediatamente com Christy e dizer-lhe algo como “não podemos escolher o nosso rebanho, apenas podemos tentar ajudá-lo o melhor possível”, parafraseando livremente; mostrou um apoio incondicional ao casal, mesmo quando Chirsty duvidava que houvesse sequer um Deus – porque...que Deus deixaria uma criança (qualquer pessoa, na verdade – mas as crianças são as que mais mexem connosco, não é? Pelos comigo.) sofrer quando ela não fez nada de mal? Quando a criança pensa apenas em brincar e aprender..? O filme toca ligeiramente neste assunto, mas teria sido interessante vê-lo um pouco mais explorado.
Resumindo, se virem o filme, tenham uma caixa de lenços ao lado. É um filme que toca no coração, mas talvez que não fica connosco, ao contrário de tantos outros.
Já tinha visto o filme “O Céu existe mesmo”, e este é dentro do mesmo género. Em comparação, “O Céu existe mesmo”, foi um filme melhor que este, e passo a explicar porquê.
Em “O Nosso Milagre”, o filme é mais sobre o tempo que Anna Beam está doente, e menos sobre a transformação que a família sofre devido à misteriosa doença da menina. A mãe de Anna, Christy Beam (Jennifer Garner), é quem mais sofre uma luta interior (e exterior) durante todo o filme, e nesse sentido aplaudo a actriz pelo seu desempenho. Com as emoções ao rubro, este é um filme “a puxar ao sentimento”, como se costuma dizer.
Achei que faltava algo, além da luta desta mãe e filha contra um inimigo que não tinham como lutar contra, como acontece com tantas outras pessoas. Porque, sinceramente, o que interessa não é talvez a doença em si, mas a maneira como cada um lida com ela (ou com a evolução dela, ou os seus resultados – que foi o que aconteceu n’ “O Céu existe mesmo”): como a mãe se exaltava por não poder fazer nada, como a filha mostrava a sua dor, como as irmãs de Anna perguntavam o que iria acontecer se não chegassem a tempo de a ver, como o pai destas três raparigas lutou para manter a família à tona enquanto uma das suas filhas estava com a mãe, longe de tudo o que lhes era familiar, apenas para tentarem ter uma hipótese de sucesso. Isto foi, sem dúvida, mostrado no filme, mas gostaria de o ter visto mais desenvolvido.
Foi engraçado que, depois de ver o filme, fui à página do facebook Humans of New York , e descobri que a página estava a partilhar histórias recolhidas do serviço de pediatria do Memorial Sloan Kettering Cancer Center. E lembro-me de ler a história de um senhor que dizia que o filho ter cancro devia ser culpa dele, porque o miúdo nunca tinha feito nada de mal – isto imediatamente levou-me para uma cena do filme, onde três pessoas rodeiam Christy e o marido e dizem que eles devem estar a pecar, ou não devem ter pedido perdão a Deus (não vamos aqui falar da parte religiosa – é um comentário ao filme, apenas) e que TEM de ser por isso que a filha deles está doente – porque todos rezam por ela, e se ao fim de meses ela ainda não melhorou, então deve ser culpa dos pecados dos pais dela. Isto irritou muito Christy, como se pode calcular, e faz-nos ver com outra perspectiva o pensamento de algumas pessoas. O que me agradou nessa cena, foi o pastor/padre falar imediatamente com Christy e dizer-lhe algo como “não podemos escolher o nosso rebanho, apenas podemos tentar ajudá-lo o melhor possível”, parafraseando livremente; mostrou um apoio incondicional ao casal, mesmo quando Chirsty duvidava que houvesse sequer um Deus – porque...que Deus deixaria uma criança (qualquer pessoa, na verdade – mas as crianças são as que mais mexem connosco, não é? Pelos comigo.) sofrer quando ela não fez nada de mal? Quando a criança pensa apenas em brincar e aprender..? O filme toca ligeiramente neste assunto, mas teria sido interessante vê-lo um pouco mais explorado.
Resumindo, se virem o filme, tenham uma caixa de lenços ao lado. É um filme que toca no coração, mas talvez que não fica connosco, ao contrário de tantos outros.
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