Título Originals: Nastanirh
Título em Inglês:The Broken Nest
Título em Português: --
Série: --
Autor(a): Rabindranath Tagore
Editora: Asia Book Corporation of America
Páginas: 103
Data de Publicação: Junho de 1983
Título em Inglês:The Broken Nest
Título em Português: --
Série: --
Autor(a): Rabindranath Tagore
Editora: Asia Book Corporation of America
Páginas: 103
Data de Publicação: Junho de 1983
Sinopse:
This selection of Rabindranath Tagore's stories exemplifies his remarkable ability to enter the complexities of human relationships. Within seemingly simple plots, Tagore portrays with extraordinary compassion and lyricism the predicament of women in traditional Bengali contexts, moving from the loneliness of an intelligent, beautiful woman neglected by her husband in the Nobel Laureate's acclaimed novella Broken Nest, to the powerlessness of a young girl whose prized possession is taken away in Notebook, from the casual abandonment of an orphan in Postmaster, to a girl robbed of her childhood in The Ghat's Tale. Powerful, brilliant and astute, the novella and three short stories included in this collection - translated here by acclaimed fiction writer Sharmistha Mohanty, who has brought into English the music of Tagore's narratives - are Tagore's finest prose works.
Opinião:
Ultimamente, os livros que tenho entre mãos estão quase todos ligados à faculdade. É o que dá andar em Letras: leituras, leituras, e mais leituras. Não me estou a queixar, porque adoro ler (obviously!), mas às vezes as leituras obrigatórias não são muito - como hei-de dizer sem ser muito mázinha? – interessantes. O que não foi, de todo, o caso de The Broken Nest.
Confesso que no início do livro estava um pouco perdida em relação não só à história, mas também à razão que levou a minha professora a escolher este livro. O que rapidamente percebi, em relação à última questão: não só há uma adaptação cinematográfica do livro, como o próprio plot contém escrita (a cadeira para que li este livro é Cinema e Literatura, e estamos a trabalhar filmes que exploram a escrita de várias formas – e não filmes que simplesmente foram adaptados ao grande ecrã.)
Em The Broken Nest, acompanhamos uma família abastada indiana: Bhupati, o jovem primo Amal e Charu, esposa de Bhupati. Amal está a estudar e como Charu não tem muita atenção de Bhupati, devido ao seu trabalho, e porque este nunca mostra nenhum sinal de necessitar dela, começa a aproximar-se de Amal. Amal e Charu iniciam uma relação de tutor e tutorada, em que Amal lê para a cunhada e, quando começa a escrever, mostra a sua própria escrita. Isto leva a desenvolver em Charu também a vontade de escrever.
A relação de Charu e Amal desenvolve-se toda em torno da escrita. É a escrita que os une e através desta que mostram o seu desejo. Todos os desentendimentos que surgem no final da história, de uma forma ou de outra, relacionam-se com a escrita. Bhupati durante toda a história é cego ao que se passa com Charu. Só quando Amal se vai embora para casar, e Bhupati perde o seu trabalho e que se vira para Charu, é que começa a aperceber-se do que se passava. Durante todo este tempo, Bhupati deu Charu como garantida, só no final quando já era tarde de mais se apercebeu que nunca tinha dado a verdadeira atenção à mulher e que o seu coração já pertencia a outro.
Muitos estudiosos dizem que esta história pode ser quase uma biografia, ou pelo menos inspirada, na vida de Tagore e do seu irmão mais velho. Tagore passava bastante tempo com a cunhada a ler e a escrever poesia, e esta acabou por cometer suicídio depois de Tagore se casar.
Em pouco mais de 100 páginas, temos um pequeno vislumbre da cultura indiana, mas também de uma imensidão de sensações e emoções que transpassam para o leitor de uma forma extraordinária. Não achei a história o auge da literatura, mas achei muito interessante e bastante real. Todas as relações presentes da história giram à volta da escrita e esse é um dos pontos que mais gostei. Esta história mostra-nos que devemos dar valor às pessoas que gostamos e não as dar como garantidas, porque se não lhe damos atenção um dia será tarde de mais. Também mostra-nos que nem tudo é o que parece; as outras pessoas não adivinham o que pensamos ou o que sentimos. Não deixar nada por dizer. Todos os dias mostrar e dizer o quanto as pessoas que amamos são importantes para nós, e não partir do princípio que “é óbvio, não preciso de dizer, eles sabem.”
Ultimamente, os livros que tenho entre mãos estão quase todos ligados à faculdade. É o que dá andar em Letras: leituras, leituras, e mais leituras. Não me estou a queixar, porque adoro ler (obviously!), mas às vezes as leituras obrigatórias não são muito - como hei-de dizer sem ser muito mázinha? – interessantes. O que não foi, de todo, o caso de The Broken Nest.
Confesso que no início do livro estava um pouco perdida em relação não só à história, mas também à razão que levou a minha professora a escolher este livro. O que rapidamente percebi, em relação à última questão: não só há uma adaptação cinematográfica do livro, como o próprio plot contém escrita (a cadeira para que li este livro é Cinema e Literatura, e estamos a trabalhar filmes que exploram a escrita de várias formas – e não filmes que simplesmente foram adaptados ao grande ecrã.)
Em The Broken Nest, acompanhamos uma família abastada indiana: Bhupati, o jovem primo Amal e Charu, esposa de Bhupati. Amal está a estudar e como Charu não tem muita atenção de Bhupati, devido ao seu trabalho, e porque este nunca mostra nenhum sinal de necessitar dela, começa a aproximar-se de Amal. Amal e Charu iniciam uma relação de tutor e tutorada, em que Amal lê para a cunhada e, quando começa a escrever, mostra a sua própria escrita. Isto leva a desenvolver em Charu também a vontade de escrever.
A relação de Charu e Amal desenvolve-se toda em torno da escrita. É a escrita que os une e através desta que mostram o seu desejo. Todos os desentendimentos que surgem no final da história, de uma forma ou de outra, relacionam-se com a escrita. Bhupati durante toda a história é cego ao que se passa com Charu. Só quando Amal se vai embora para casar, e Bhupati perde o seu trabalho e que se vira para Charu, é que começa a aperceber-se do que se passava. Durante todo este tempo, Bhupati deu Charu como garantida, só no final quando já era tarde de mais se apercebeu que nunca tinha dado a verdadeira atenção à mulher e que o seu coração já pertencia a outro.
Muitos estudiosos dizem que esta história pode ser quase uma biografia, ou pelo menos inspirada, na vida de Tagore e do seu irmão mais velho. Tagore passava bastante tempo com a cunhada a ler e a escrever poesia, e esta acabou por cometer suicídio depois de Tagore se casar.
Em pouco mais de 100 páginas, temos um pequeno vislumbre da cultura indiana, mas também de uma imensidão de sensações e emoções que transpassam para o leitor de uma forma extraordinária. Não achei a história o auge da literatura, mas achei muito interessante e bastante real. Todas as relações presentes da história giram à volta da escrita e esse é um dos pontos que mais gostei. Esta história mostra-nos que devemos dar valor às pessoas que gostamos e não as dar como garantidas, porque se não lhe damos atenção um dia será tarde de mais. Também mostra-nos que nem tudo é o que parece; as outras pessoas não adivinham o que pensamos ou o que sentimos. Não deixar nada por dizer. Todos os dias mostrar e dizer o quanto as pessoas que amamos são importantes para nós, e não partir do princípio que “é óbvio, não preciso de dizer, eles sabem.”
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